Sou educadora e escritora

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

MINHA TERRA

Por Elany Morais

Não sei em que esfera
Caxias de Gonçalves Dias
é a minha terra!!
Aqui, foi onde primeiro pisei o chão, 
Dormi noites e amanheci os dias,
Mas ela sempre me negou o pão!
Não sei se nela, para mim, há algum legado.
A Princesa do Sertão sempre me fechou os olhos
E os meus sonhos aqui foram abandonados!!
Caxias,
Quando eu me for, nada te deixarei o que
For do teu agrado, porque muito te venerei
E tu me negaste o bocado!


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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O QUE TE CONSOME?


Por Elany Morais
O que te consome?
O espetáculo não para!
As palmas são como remos no mar.
Aqui, a ferida não sara,
O barco não ancora
E aquele beijo que te devora
Não te ampara nem te consola.
O que te consome?
É a vida que passa,
E o tempo nem disfarça,
Se para isso há outro nome,
Livra-te do que te consome
E agarra-te o que feliz te faça!

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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

VIDA E MORTE


Por Elany Morais
Minha ideia mais recente foi a de esbofetear esse mistério que envolve a existência ou inexistência da vida humana. A decomposição da matéria física são absurdos que me assaltam. Às vezes, visto-me de indiferença como disfarce, porém, meu escasso entendimento leva-me aos questionamentos, às perguntas, que têm como respostas apenas os ecos.
Mesmo nos meus anos de mocidade, esses pensamentos já se comprometiam em fechar as portas da alegria, da segurança e da felicidade. O medo tornou-se o vizinho primeiro, companheiro...E hoje, por que não esbofetear o que meu entendimento não pode alcançar?

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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

QUANDO A ESPERANÇA ME DESESPERAR

Por Elany Morais 

Quando a esperança me desesperar, minhas vontades hão de ficar paradas. Mas enquanto houver um fio de água, eu ainda hei de esperar, de criar, de rir e amar.
Há em mim muitos litígios, porém, a máquina não emperra. E, se vier o que me desespera, apenas observarei os absurdos, sem deixar que minha alma se transforme em qualquer coisa que seja austera.
Não está ao meu alcance o que fechará minha vida. Na minha roda viva, sempre haverá rosais, olhares profundos, abraços ardentes e amores maternais.
Independente de como seja, ou o quanto pese a tampa de um céu cinzento, não existirá nenhuma fria cor sobre a esperança desse espírito que abandonou o destino das almas que vivem cerradas em seus lamentos.
Abaixo os negros pavilhões! Corredores livres, nuvens nos céus, pés sem grilhões, jardins floridos e fantásticas visões.

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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

SUBSTÂNCIAS


Por Elany Morais
Trago em mim todas as substâncias das coisas
que passei, dos lugares por aonde andei,
das imagens convexas - dos sonhos que sonhei.
Tudo em mim canta, vibra, ri e chora...
São verdades bem possuídas comofera que nos devora!
Como hei de ser depósito de nada
se tudo que habita em mim são
como gritos na madrugada?
Eu até queria a singeleza das almas sem vida,
mas como viver sem deixar na alma as coisas
que são sentidas?

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sábado, 22 de outubro de 2016

IRREALIDADE


Por Elany Morais
Submeter-se ao irreal talvez seja uma das piores escravidão. Mas por que desvairar nas trilhas do irreal? O que pode ser irreal? Arrisco-me a dizer que o tempo não existe, portanto, é irreal. Pode ser também que a própria realidade não exista, logo, é fictícia. Há um abismo enorme entre o que se vê e o que se sente. Porém, o real das coisas é sempre diferente.

Existe uma linha tênue entre real e imaginário. Por isso, cresce a loucura por que o sonho e a realidade quase sempre se mistura. E se o imaginário for sanguinário, como se há de viver com doçura? A não ser que para esta loucura exista cura.

A força da ilusão é sempre muito forte - que fora do equilíbrio - pode levar ao breu, à escuridão, ao vazio e, consequentemente, a morte. A imaginação é pode ser aquela pedra cinzenta onde me sento e descanso, ora como estivesse em mares revoltos; ora como se em um lago manso.

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domingo, 25 de setembro de 2016

A ARTE DE OUVIR

Por Elany Morais 

Não há riqueza maior do que a de escutar. Sou ouvinte. Portanto, possuo um bem que jamais me será surrupiado. Na maioria das vezes, oponho-me a falar. Creio meus olhos falarem mais do que minha boca. Minha posição de ouvinte se dá pelo meu desejo de aprender falar. Pois, ouvir é a principal condição para a fala.
Poucas pessoas recebem de mim a minha voz, não por elas não merecerem, mas pelo desejo de oferecer a elas algo de boa qualidade. Se há quem pense que não sou de diálogo, engana-se, ouvir também é responder, é o que Pierre já havia dito. E ainda convém dizer que para muitos, não há melhor companhia do que a de um bom ouvinte.
Ouvir é um trabalho de coleta. É uma atividade que exige empatia, paciência e interesse pelo outro. Depois de muito se ouvir, é bem provável que aprendamos alguma coisa. Além disso, segundo Hubbard Kim, ouvir também é uma forma de entreter algumas pessoas.

Nunca sentei nos auditórios aguardando a vez de falar. Mas, sim, para ouvir os rumores de dentro e de fora. E descobrir que de fora também há vozes que nos consolam, como por exemplo uma música.

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sábado, 17 de setembro de 2016

ONDE ESTÁ A TRANQUILIDADE


Por Elany Morais
Que mundo nos dá tranquilidade? Lá fora tudo é atribulado, convulso e desgovernado. E nos lares? A família foi dissolvida, virou papel picado. Onde se pode sonhar? Existem passeios públicos, por aonde, com segurança , se possa passear? Será que ainda posso fazer minhas preces? Quase tudo já se foi pelos ares. Para aonde foram os lagos serenos e os pássaros a cantar? Qual o destino das árvores frondosas, onde a solidão, ali, podia descansar? Só vejo a profusão dos enlatados. Enlata-se tudo: comidas, plantas... Não há mais espaços para a ponderação, reflexão... Há que se descobrir no meio do caos um novo santuário. Infelizmente, não há mais tempo nem luar para se calcular. E como não se desesperar? Não se pode mais introspectar. Como se segredar? Ninguém pode mais ser na paz e na calmaria. Houve uma explosão da zona se sossego. Já não posso me examinar. Minha fisionomia se confunde. As glórias tornaram-se rápidas, fúteis e vãs. É a nossa degradação física e anímica? Esse filme que passa, por meus olhos, causa-me desgosto e desprezo. É sempre uma lição de decadência presente e a incerteza de um tempo vindouro, porque ainda não existe nenhum método eficaz de combate às feras - que a si próprios se devoram.
Minhas indagações não se dão por medo, mas por desgosto. Um desgosto de forma grande. Eu até me esforço para aceitar o que não entendo, ou tudo o que se inventa. Daí, vou ficando egoísta, mais amargurada do que amedrontada com o que fazemos de nós.

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sábado, 10 de setembro de 2016

AS LEIS NÃO SE CUMPRIRÃO


Por Elany Morais
Em que época haverá juízo?
Ainda haverá idade senil?
Ou teremos que prostrar
Aos pés do imbecil?
Chegamos ao ápice da loucura!
O belo de ontem, hoje virou feiura!
Caímos em um covil!
Atônitos, vivemos a guerra civil!
Não há mais proibição,
Mentir virou lei do coração!
Quem comporá a letra da canção
Se as leis não se cumprirão?
Não há mais respeito
Para o que é direito!
E se o mundo ficou desse jeito
Pode também ser o meu defeito!

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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

QUASE


Por Elany Morais
Parece-me que a vida me reservou um quase para quase tudo. Quase fui dali ou daqui. Por muito tempo, tive um quase riso de meio coração. Por isso, tornei-me uma pessoa quase comum, com uma lucidez fracionada. Nem meu entendimento sobre a vida é completo. Não sei se esse quase me serve, mas consisto e insisto nesse viver de quase.
Quase tudo que existe não me tranquiliza, não se solidariza comigo, porque secretiza o que me seduz. Então, quando penso no motivo pelo qual sou quase, convenço-me de que isso é preciso para que eu não esqueça a minha imperfeição e finitude.
Às vezes, julgo truculento esse quase que me persegue. Porém, pode até ser compensador em algumas aspectos. Ser meio canibal me dá panos brancos e finos. A minha meia coragem, de matar o que se vive, salva-me da petrificação cardíaca.

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sábado, 27 de agosto de 2016

NOVA PUBLICAÇÃO

Há quem pergunte: Por que se escreve? Eis algumas respostas: " Para viver melhor" e, mais ainda -" para não morrer.
Tudo nessa vida é mistério, e a poesia é o mistério de todas as coisas.
INSPIRAÇÕES é um livro, de POEMAS, recém publicado pela Darda Editora, do Rio de Janeiro. Dele, é um prazer e honra, participar com algumas de minhas produções poéticas.

Elany Morais 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

EU NÃO CONTROLO


Por Elany Morais
Como controlar?
A vida me come todos os dias, devagarinho, mas ela me come. Porém, a mim, não basta apenas fazer parte do infinito. Eu quero mais. Quero dias e dias até perder de vista. Mas haverá dias que me escaparão. E o que fazer? Eu não controlo. Então, minha alma se rompe e cabe muito e cabe tudo. Cabe até sofrimento. Aquele sofrimento processual. Sem que eu possa fazê-lo diminuto. E se assim é, deixarei de regar minha insistência, não posso controlar. A finitude está plantada em minha carne. Minha resistência é delicada. Porque o tempo me dobra, me quebra, me finda. E o que fazer? Só me resta lavar meu pensamento, acariciar a perda, fazer com ela não se torne tão feia e, sem dor, deixar vida me comer, mas me comer toda, completamente. Mas se meus pensamentos ficarem limpos, em vez de a vida me comer, eu posso comer a vida, comer com tudo, o prato completo, com direito a todas as iguarias até o doce estragado.
Por que me corroer? Eu não controlo. A finitude tem e vem. Do que vale a intensidade do meu desejo de moldar, de ficar? Nada se ajustará a meu favor. Não há o que me caber. Só me cabe lavar o que me vem sujo. Mudar, sofrer e partir pode não ser sujo e feio. Isso pode ser comido com aceitação. Faz parte de tudo que se tem.
Todos os dias é despedida. Eu não posso controlar. A vida é um prato que não esfria nem apodrece. Mas não se pode demorar.
Caxias- MA, 19 de agosto de 2016.

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sábado, 13 de agosto de 2016

INCONFESSO DESEJO


Por Elany Morais 

Há  desejos que se acovardam. Calam-se. Amedrontam-se diante de qualquer ponte levadiça. Existem espaços que são odiosos para seu desabrochar. Onde a malícia veste, sem pudor, os atos mais inofensivos. E como ganham vulto os desejos irrealizados! Tornam-se nossos criminosos. Perturbam a gente, sem cessar. Tudo fica nevoento aos nossos olhos. É o que sempre nos acompanha. É uma rede infinita. Não há essa de se desviar daqui ou dali...
Desejos calados são choques que nos atordoam. Quando mudos, são hostis. Nem é preciso realizações elásticas, mas é necessário respeito ao seu ato de ser. E os desejos que tentam se economizar? Eles não existem para isso ou para aquilo... Se assim for, a pessoa andará sempre com aquela cara de ferrugem. A covardia habitual deles é uma sentença condenatória.
Nenhum desejo é ignorante, incapaz de conversa ou defesa. Então, por que se acovardar? Por que emudecer? Esgoelar-se é desnecessário, mas calar a voz é um tiro no pé. É desgosto na alma pregado a martelo.

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quarta-feira, 27 de julho de 2016

ME DESBANCO

      Por Elany Morais 

Não me ocorre de quando perdi o rastro
 do bem-viver.
Se ontem, ou quando as tuas idas
eram cheias de lonjuras.
E o que ficou?
O vaso vazio de tinta.
Como colorir agora uma vida primorosa?

Não me ocorre de quando perdi o rastro
do bem-viver!


Nada mais me é disponível.
Cada passo são os cacos de uma taça.
Desgasto-me sem tempo de reconstrução.

Como desenhar uma vida primorosa?

Já não me desconheço.
E no solavando, me desbanco
e não me desmereço.

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sábado, 23 de julho de 2016

ABRINDO FENDA

Por Elany Morais 
Adicionar legenda
Um olhar para dentro. Quase tudo que fica fora da gente, pode escapar, mas dentro; há que se verificar.
Este desejo de desmisteriar o que ocorre nas veias empurra a gente para dentro da gente mais ainda! Talvez essa necessidade de se varrer por dentro seja para que a vida não nos esmague com muita força.
Os absurdos aqui dentro saltam! Sempre querem vingança. Eles são os criminosos que nos matam . Nunca desejam perdão. Por isso, cuido para vê-los e compreendê-los. Mas quem tem talento para dentro? Quem se espia em silêncio? Quem não deve a si mesmo? Abestar de si é ignorância e condenação. Há fortes armaduras em volta do Eu. O autodesconhecimento é um mar infinito e viver sem entender é caminho perigoso.
Um olhar para dentro. Os absurdos aqui dentro saltam. Que recusa é essa de envelhecer? Para que insistir em endurecer com a morte? Isso é luta vencida. Nenhum órgão nos é fiel eternamente. E essa de fazer de tudo para que os outros nos amem? De correr de si próprio, de enganar-se? Tudo inútil.
O que há dentro da gente pede companhia, socorro. É preciso coragem para envergar-se para dentro. É assim que se cria uma vida, que é nossa, que nos foi concedida... Que a felicidade está escondida dentro da gente é prova inequívoca. É descobrindo-se nesse caminho que se pode ser o que se quer. Não se pode ter desinteresse pela inquietação. Não dá para se perder na insatisfação de uma vida única e breve. O peso de nossa alma tem que ser de música, de flores e poesia. O fardo da solidão, do medo, da angústia é menino mimado querendo peito, carinho, atenção... Por isso, estou procurando, procurando, com luz na mão e encontrando fenda no túnel, porque não quero mais ficar com o que vivi.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

terça-feira, 19 de julho de 2016

SOMOS CANIBAIS


Por Elany Morais

Quando penso na euforia
com que a língua maldiz
o ausente,
dou-me conta da nossa maldade
latente, presente a cada dia.
É preciso saber: somos canibais.
Se tua roupa molha no varal,
aquela paixão, que foi de carnaval,
torna-se uma força truculenta,
que te arrebenta e te joga no
lamaçal.

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sexta-feira, 15 de julho de 2016

FALSA


Por Elany Morais

Não vês que teu sorriso é falso, desalmada?
Assim, pensas que estar a enganar alguém?
Antes, eu via tua face pura e consternada,
Mas hoje, já não enganas mais ninguém!
Tens olhar duro, cortante e persistente,
Com sombras tristes e vis abstrações,
Abrigas tanto fel no peito, diz o que não sente,
Soam falsas todas as tuas expressões!
E eu que já dei a vida por cada teu suspiro
Era amor de mocidade, cheio de crenças vãs
Hoje eu vivo e talvez até prefiro
Acreditar que eu não tinha uma mente sã!

Todos os direitos são reservados a Elany Morais

sábado, 9 de julho de 2016

FUNK





É de conhecimento de todos que o funk é um “ritmo musical” bastante popular no Brasil, principalmente nas favelas do Rio de Janeiro. Mesmo tendo surgido nos EUA, mas foi nas periferias que ele foi se modificando, fundindo-se com outros estilos, como Axé, Forró, Rap, Hip Hop, até se tornar no formato que é hoje.
Infelizmente, o funk também tem assumido o papel rebaixar a cultura musical brasileira, pois muitas vezes, usa a banalização do sexo, da droga e da violência para fazer sucesso, além de se valer de letras que desvalorizam o gênero feminino. As danças, na maioria das vezes, são encenações puramente pornográficas. O estilo musical difunde a ideia de que viver de bem com a vida é beber, relacionar-se sexualmente com vários homens ou com várias mulheres, abrangendo não só a população pobre, periférica, mas também os grandes centros urbanos, vestindo a capa de música e dança moderna.

Elany Morais

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

O CIÚME MAL EDUCADO


Por Elany Morais


Denuncio o horror alucinante de me consumir. E o que me consome tem nome: é um querer insatisfeito, é um ter menos do que se quer, é um querer mais do que se tem. É a dor do imaginar. É a azia da alma.
Foi isto que aconteceu: o amor em mim adoeceu. Laçou-me o ciúme, com seus tentáculos da vaidade, da insegurança, do controle, da posse, do pertencimento...Em vão as tentativas de desvencilhar-me. Nasceu e cresceu, em mim, um querer apressado, afobado, solitário, tirano, mártir e martirizador... Faz-me andar na corda bamba. Imerge-me na vulnerabilidade. Joga-me na incivilidade, pois é um ciúme mal educado. As censuras são instantâneas, as perguntas são à queima-roupa. O interrogatório é sucessivo - não para nem respira. O fiasco é parceiro. A cobrança é imediata. A conta não tem juros. Não há tempo para premeditação nem para dissimulação. Nada fica para depois.Tudo é delírio. Flores já não há mais. Braços e abraços, os da sombra. O peito, lugar de blasfêmias e injúrias. Um desespero sem fim. Até o riso é pavoroso. É um show de miséria e embriaguez.. É o mal que nasce. A carência vira crime e a felicidade é apenas sonho.
Denuncio o horror desvairado que me traga. Os dias tornam-se sombrios, e as noites; lentas. E me desgasto no outro. Viro cinzas só. As fantasias são ridículas e cruéis. A mente aliena-se. A desvalia ganha força e sombra. O rebaixamento; altura e forma. Enquadrar-se na idealidade do outro não é possível. Encolher-se parece ser destino. A desvantagem moral não perde a vez.. O temor da comparação não se faz ausente. As suspeitas crescem. A desconfiança envelhece. É o verme que não some e me consome. Como disse Machado de Assis:" é o ciúme gerado no lodo mortal".
O ciúme é isso, mas também é aquilo. É aquilo que te morde, que te rasga, que te sangra, que rouba teu alento, tua vida, é o que te corrói o mais profundo da alma.

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sexta-feira, 1 de julho de 2016

ELA


Todos os dias, em público, um falso sorriso de serenidade. Era um número repetido. Nunca era um viver de gente de verdade. Talvez faltava a si ou mais uma gente dentro dela mesma. Parecia que alguns de seus pedaços voavam pelos ares. Nas suas desorganizações, o mundo não era inocente. Uma monstruosa cachoeira de desgostos jorrava no seu interior. Tudo se mostrava uma vida perdida. Possibilidades de consolo vagamente se apresentavam.
Qualquer música distante era um retorno ao passado cru. O tempo não tinha limites. Não respeitava as condições de uma vida que seguia marchando a passos lentos, curtos, presos, tímidos, inseguros... Nenhuma luz dentro de si era duradoura. Era uma caverna escura... Por isso, rir toda já não era mais possível. Como rir dançando dentro do redemoinho de sofrimento? Assim, ela só era dentro. Fora era cena. Até mesmo respirar um ar fino era jogo de aparências. Agora só existia distraída, reprimida... Talvez sua agonia vinha a conta-gota. Mas seu infortúnio não vadiava.
Seus gestos eram de muito cuidado, porém, de pouca alegria. Jamais esbravejava. Parecia nunca ir a parte alguma. Não havia espanto nem esbarro. Era de poucas ou tristes palavras. Sem tranquilidade, era serena. Com dor sempre em aberto. E, assim, era o que sempre não foi, mas resistia calada. Calada...
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sexta-feira, 24 de junho de 2016

E ERA ASSIM...



E era assim...
Gritos derrubavam portas de vidros,
Sombra pousava sobre a fumaça,
Santos ocos não eram cridos,
Mãos pálidas sujas de massa.
E era suor, silêncio, saudade,
Era a fé secreta que cai,
Eram nós sutis da maldade,
Era o amor que sempre vai.
E era assim...
Uma rainha pobre e coitada
Não era moça nem um rapaz
Do destino era uma cilada
No soluço não havia paz!


Elany Morais 

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domingo, 19 de junho de 2016

MINHA LOUCURA DE CADA DIA


Por Elany Morais

O que reza meu confinamento solitário? Medo de não dizer o que se quer dizer... O que há em mim é obstinado, é desdenhoso, é teimoso... Hei sempre de ser na minha loucura, na minha sensibilidade nervosa. Meus sustos impalpáveis fazem de mim um ser de convicção forte, persistente e até eloquente. Nunca estarei disposta a submeter-me às loucuras alheias. Como viver sem sacudir a lógica que existe dentro dos outros? Estarei sempre a desalicerçar o que plantaram em mim, sem minha escolha, sem minha permissão.
Essa minha mania de gritar na cara de todos a minha verdade, as suas verdades faz de minha loucura menos mansa. Mas isso tem um preço: a de me agradar. Minhas tolices me agradam. Assim vou progredindo na minha insensatez. Mas o que é uma pessoa sensata? Fernando Pessoa já deu a resposta: " uma pessoa sem loucura não passa de uma besta sadia." Nunca desejarei ser um cadáver adiado que procria. E se as pessoas são a medida de todas as coisas, não sei, de repente posso ser desmedida, sem medida... Essa de sanidade nunca será meu norte, meu forte... Vou indo assim até a morte. E se alguém se diverte com minha loucura é porque supõe não ser o que é.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

sexta-feira, 17 de junho de 2016

INDISCIPLINA NA ESCOLA


Elany Morais

Como não perceber que a escola parece perder poder e espaço na formação do indivíduo?
A ausência de regras e limites instituída na educação familiar e fortalecida em muitas escolas tem contribuído para a indisciplina e agressividade no ambiente escolar. Isso, além de constituir um desafio para nós - professores, representa um dos principais obstáculos ao nosso trabalho pedagógico. Como pode existir aprendizagem de qualidade em um ambiente de indisciplina e agressividade? Diante dessa situação, necessitamos de uma postura compartilhada em relação à disciplina. O que se espera é que a escola funcione através de espaços e tempos geridos, com critérios adequados.
É difícil remar contra a maré, principalmente quando se trata de educação escolar. O que se tem hoje é: pais omissos, filhos despóticos, outros interesses dentro da escola e professores à beira de um colapso nervoso. É um eufemismo dizer que o cenário educacional está deficiente. A sensação é de que o barco está prestes a fundar, e nós, professores, "estamos no salve-se quem puder."
Mas eu acredito que nós (professores) sem o medo, sem a vaidade, com a humildade e a união, podemos mudar essa direção(do barco)! Com remo coletivo, no mesmo rumo, pode ser que haja impedimento ou adiamento da submersão desse barco.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

sexta-feira, 10 de junho de 2016

A ARTE DE SER BOBO


Por Elany Morais
Nunca fui boa em receber elogios. E quando me chamam de boba? Fico toda corada. É tanta alegria... Tudo se desarruma dentro de mim. Isso porque só os bobos conseguem sentir e tocar o mundo. O bobo lambe o mundo. Sente o sal e o doce. Além disso, carrega em si a originalidade. O bobo enxerga bem, sapateia nos detalhes e lambuza-se de miudezas.

A razão do bobo nunca tem razão e, como não gosto de ter razão, cabe bem em mim ser boba.
Uma das vantagens de ser bobo é que os espertos estão sempre desatentos diante do bobo. Quem cede a vez ou voz a um bobo? Quase ninguém ouve um bobo, mesmo que esse bobo seja um Dostoievski.

Como as vantagens nunca andam desacompanhadas das desvantagens, eis a desvantagem de ser bobo, na terra dos espertos: os bobos tendem a comprar o estragado, o fel, o amargo dos falsos espertos. Mas, em contrapartida, os bobos nunca dormem pensando em vencer, por isso, as úlceras nunca serão suas fiéis companheiras..

Todos os direitos reservados a Elany Morais

sexta-feira, 27 de maio de 2016

ESTUPROS



Por Elany Morais 



Estupros, estupros... Estou mole por dentro. O mal de muitos homens farejam as mulheres o tempo todo. Estes seres( somente os praticantes da violência) estão sujo, errados e ruins por dentro. Homem desse tipo sabe judiar com precisão da gente (mulheres). Na alma dele, não há verde nem rios ensolarados, mas somente sombras e ódio enclausurados.

Estupros sempre houve, quando vão parar? Eu não dei essa liberdade. Elas não deram essa permissividade. A vítima apanha um decreto: sentimento dolorido, que a acompanha a vida toda por diante.

Estupro é ir longe, com violência, no outro. Nesse ato, o homem, em sua leviandade, fere o que há de mais abstrato em uma mulher, daí, é um doer sem parar. Dificilmente, ainda serão vistas estrelas absolutas. Nesse estado, como lutar ferozmente pela eternidade? Na mesmice dos dias, as lembranças sombrias tendem a se contorcerem. A loucura quase nunca tem descanso. É dor que não para de doer. A estranheza dessa verdade é de estremecer.

Estupros acontecem porque há homens sem faísca de amor no espírito. E onde não existe amor, acontece coisas vergonhosas de se vê. Eu compro de trazer para cá a verdade de que é preciso ser amado, desde o nascimento, para poder amar a si os outros. Há sempre um padecer de quem pratica e sofre o mal. Ninguém é, torna-se.

Caxias- MA, 27 de maio de 2016.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

VERDADE


Não quero meias palavras
Para duras verdades!
Quero uma linguagem que corte,
Que queima e incendeia .
Vislumbro uma verdade pura,
Sem mancha, sem mácula.
Nada de palavras arredias
Para o véu escuro que
Cobre o que não perdura.
Quem sabe, de repente
Haja palavras que roa  as
Mentiras como o verme
Que come a gente.

Elany Morais

Todos os direitos reservados a Elany Morais

sábado, 21 de maio de 2016

DEPENDÊNCIA


Uma das formas mais odiosa de negação da própria existência é a dependência. Ao nascermos, foram-nos concedidos poderes, para que sejamos, sem que ninguém seja por nós. Por isso, não há que habituar-se, do contrário, a fragilidade nos deixará de pernas no ar.

Depender é apegar-se sem limite. É perder o voo da independência. É desalicerçar-se. É viver sob a mira da flecha. É ameaçar-se. É submeter-se ao jugo da agonia, da solidão... Isso porque não há completude, existindo apenas uma parte, do ser dependente, que respira.

Há quem sobreviva apenas de muletas, embora as pernas sejam sãs. As muletas do dependente é o outro. O ser nessa condição jamais negocia sua zona de conforto, que é reduzida, por sinal. Por isso, depender ou apegar-se é cortar qualquer possibilidade de voo, porque qualquer turbulência a estrutura tende a deteriorar-se.


Dessa forma, resta-me apenas dizer que depender nunca será uma forma de tornar a vida mais fácil. Porém, é perfeitamente possível encontrar a solução para o medo da vida, desde que não seja procurada fora de quem teme, mas sim, dentro de quem sente.

Elany Morais

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sábado, 7 de maio de 2016

QUANDO EU AINDA NÃO ERA

Quando eu ainda não era, dentro da noite, em tudo não se pensava. Não havia verdades inconvenientes, propostas indecentes, acordo forçado, abuso pretendido nem socorro negado.

Agora, eu sou, e não há equilíbrio que me consinta. O mundo e eu estamos em desacordos. Ele me impõe regras, mas eu sou as regras. Então, como ser sem ser? Por isso, vivo no engasgamento, que me laça e me emperra. Talvez esse seja o preço de não ir para a cova na ignorância. Por enquanto, continuo sendo, mas sem esperança de algum indício elucidativo. Creio deitar-me na eternidade sem viver completamente.

Quando eu ainda não era, a liberdade alheia não me era oferecida. Não havia valor desconcertante, não havia filosofia de velhice nem excessos. Não existia nobreza na tristeza, o coração não pulsava, o corpo não era submisso, as mães não eram de ventos nem de mares. A vida não era pequena nem enorme, tudo era nada... Como algo poderia me jogar no chão? Não havia sentidos intelectuais ou primários, não havia movimento ou fúria silenciosa e minuciosa, a chuva não era de lágrimas ou de pedras... Eu não tinha que sobreviver em alguma direção.

Todos os direitos reservados a Elany Morais
                                                                                                                  





sexta-feira, 29 de abril de 2016

O QUE DÓI SAMBA NO PEITO



O que me cabe sem aperto? A vida esmaga-me com força descomunal. Meus olhos não esticam coisa alguma, nem mesmo o por do sol. Isso é incontornável. O que dói samba no meu peito e nada me empurra para o mar. Fui presa pelas ciladas da vida. Talvez meu hoje não seja tão sujo, mas minha visão não se dilata. Recusa tem sido meu feitio e rejeitar a magia da vida é não caber em parte alguma.

Já quis tanto precisar da vida. Deve ser bonito querer viver forte. Mas há em mim algo de covarde, a fazer-me pouco para tudo. Mas de qualquer forma, às cegas, vou sendo, mesmo que incompleta e insuspeita

Elany Morais


Todos os direitos reservados a Elany Morais

quarta-feira, 27 de abril de 2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

LUTA VENCIDA



A vida vai doendo aos poucos. A cada momento, os reveses podem sequestrar nosso ânimo. Mas com ou sem estilo, reerguemo-nos em recusa ao nada absoluto, apesar de que, nessa batalha pela existência, seremos todos vencidos. E dessa forma, a vida segue assim. Mas não é por isso que não reinaremos aqui por mais ou por menos.

Nesse remar, até ao último rastro, a vida segue desejada. Porém, tudo se findará, no cessar dos passos, no arfar sutil, no sono sem volta...  E, nós sem termos contribuído em nada para o nada, este se abaterá sobre nós.
Aos poucos, a vida continua doendo. Ouvir o som do abrir da janela parece banal, mas não mais ouvir será o grande mal. Virá para todos o dia da indiferença total. O silêncio será doído e sentindo para quem aqui ficar, a espera do bonde que somente atrasa, mas sempre chega ao seu destino final.

Ah, esse fim que há de chegar, mas eu nunca hei de esperar.

Elany Morais

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domingo, 17 de abril de 2016

A MALDADE NO MUNDO



O que de mais há na humanidade - MALDADE!
 Nos lábios de quem me abraça - a hipocrisia disfarça!
Quem me jura amor eterno - a amizade falta!

Há, onde existe tanta maldade  - VAIDADE!
Quem zela por minha honra - desonra-me!
E em quem mente não há quem se ponha: VERGONHA!

Ah! Não há quem a ti não exponha!
Porque a maldade a si se exalta
E nesse tipo de gente somente falta
Amor, verdade, bondade e vergonha!

 Hoje, amizade de sócio é negócio!
E o que nos leva a perdição? - Ambição!
Restando em meio a tanta amargura - LOUCURA!

Aqui, viver assim muito me custa,
Nada a mim vem de graça
Nem sentar mais posso na praça
Sem que eu receba um crítica injusta!

Elany Morais
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sexta-feira, 8 de abril de 2016

O ABSURDO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA NÃO TEM LIMITES


O ABSURDO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA NÃO TEM LIMITES

Por Elany Morais

O sistema educacional brasileiro possui feridas, sem promessas ou esperança de cura. Isso porque os métodos de ensino, os discursos pedagógicos e as propostas governamentais não têm trazidos resultados positivos.
Professores desmotivados e impotentes agonizam. Alunos desinteressados e abandonados pela família marginalizam-se.  Esta desconhece ou exime-se-se de seu papel. Os governos, em intenção e ação, não priorizam à Educação.  Então, como pode uma nação se desenvolver do ponto de vista social se desprezam a educação?
O cenário educacional brasileiro é tenebroso e justificável. Na verdade, é o terreno fértil do maquiavelismo político. É nesse solo que se planta a ignorância e se multiplica o vazio.

Há de nos cansarmos de ação demagógica, de conversas enganosas, de discursos mentirosos da maioria dos políticos, quando dizem que o professor(a) será valorizados(as), que teremos condições dignas de trabalho, etc.

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sexta-feira, 1 de abril de 2016

QUANDO HOUVER UM TEMPO

QUANDO HOUVER UM TEMPO
Por Elany Morais

Haverá um tempo em que se valerá a pena viver?
Chegará um tempo diferente desse inferno que se vive?
Quando vi o raio de sol, prometeram-me amor eterno!
Por isso, amparei-me  nesta promessa de que o amor
 nunca morreria!
Então, fiz-me gingante e poderosa!
Acreditei que nos caminhos não haveria cárcere nem resgate,
Que as canções me avizinhavam,
Que o vinho jamais me embriagaria,
Mas meus olhos viram que sonhos se partem,
Que esperanças se despedaçam,

E que a vida a si própria se aniquila.

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sábado, 26 de março de 2016

QUANDO EU FOR

QUANDO EU FOR
Por Elany Morais 

O que de mim há de ficar,
quando minha pele empalidecer?
Quem porá os olhos nos meus,
como sempre vi acontecer?
Quem segurará a minha mão,
quando eu me enrijecer?
Partirei, mas ninguém
me verá a porta  bater!
Não sei se vai doer, mas a
imperfeição há de perecer!
O que de mim há de ficar, quando
a minha voz  desaparecer?
Eu vou, mas não sei se vai doer!

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quarta-feira, 16 de março de 2016

CORAGEM

CORAGEM
Por Elany Morais
 

Além de mim, pode haver mais alguém, em qualquer esquina, a precisar de minha  rebeldia. Por isso, hei de trocar " o medo pelo cedo". A coragem de gritar, de agir não pode vir tarde. Urge que eu me ampare! Quem não precisa de proteção! Quem não quer ser? Ter coragem é ser. Vencer-se pelo medo é uma fatalidade, é desperdiçar a vida. É uma infâmia sentir apenas o cheiro da vida e não viver. Viver é mergulhar sempre no desconhecido e, para isso, é preciso ter coragem.

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sábado, 12 de março de 2016

O CONTRADITAR

O CONTRADITAR
Por Elany Morais

Agora, pouco me importa quem vem me contraditar. Se vem a mim com mão valente é porque falta-lhe razão. Renego as sutilezas da discórdia. Estou a desligar-me de ideias parvas e parcas. Já não me resta mais tempo para semear sementes em solos inférteis. Estou a reduzir qualquer espaço de confrontos. Antecipar o fim existencial é dá força para discórdias. Contraditar poder ser revolucionar. Mas não estou a revolucionar-me com pensamentos servis. Não me tragam ideais de servidão!

Pouco me importa quem vem questionar minha rebeldia. Agora sei me aceitar com simpatia. Não mais engulo compromisso alheio. Deixo as malas a quem pertence. Agora o que está em causa é a qualidade de mim e, não os princípios que armaram para mim. Prostro-me pelo absoluto que sou, advindo de minhas novas crenças. Nunca tive propensão a modelar minha vida de acordo com princípios interesseiros. Por isso, estou a extraviar tudo o que propõe tiranizar meus hábitos.

Jamais me furtarei do dever de ser humano: violar princípios - os tiranizadores. Há coisas difíceis de serem percebidas, não por serem incompreensíveis, mas por não serem pensadas, questionadas... Há que se apaixonar por si para não se apegar nem se desgastar no contraditar . É preciso amar-se pela única razão de ser, seja como ou o que for. Encerro o ciclo de ser embrutecida comigo mesma.


Caxias- MA, 12 de março de 2016.

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quarta-feira, 9 de março de 2016

PORQUE ESCREVO

PORQUE ESCREVO
Por Elany Morais

Quando os sentimentos me anoitecem,
eu escrevo.
Escrevo para a morte não me beijar.
Não quero beijo gelado!
Não sou da zona escura!
Não deixo que a dor me segure!
Qualquer coisa que vem pelo vento,
eu sinto.
 Quando escrevo, não minto,
apenas pinto.

Caxias- MA, 09 de março de 2016.

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domingo, 21 de fevereiro de 2016

MEU ÚLTIMO POEMA



Por Elany Morais 

Se hoje eu ainda compusesse
um poema,
Falaria da vida,
Das águas, dos ventos,
Das profundas feridas,
Das dores, dos lamentos...

Seria meu canto
De alegria, de funeral,
De glória, de repouso,
De alto temporal,
De angústia, de gozo...

Se hoje eu ainda compusesse
um poema,
Seria um embalo no berço,
Tecerá um céu azulado,
Os olhos seriam de repouso
E o grito seria de cansaço!


Caxias - MA, 21 de fevereiro de 2016


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