Sou educadora e escritora

quarta-feira, 27 de julho de 2016

ME DESBANCO

      Por Elany Morais 

Não me ocorre de quando perdi o rastro
 do bem-viver.
Se ontem, ou quando as tuas idas
eram cheias de lonjuras.
E o que ficou?
O vaso vazio de tinta.
Como colorir agora uma vida primorosa?

Não me ocorre de quando perdi o rastro
do bem-viver!


Nada mais me é disponível.
Cada passo são os cacos de uma taça.
Desgasto-me sem tempo de reconstrução.

Como desenhar uma vida primorosa?

Já não me desconheço.
E no solavando, me desbanco
e não me desmereço.

Todos os direitos reservados a Elany Morais


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