Sou educadora e escritora

sábado, 14 de setembro de 2013

ARREVANCHE

Não amo o estreito.Sou de um sonho que o desejo padece.A correria do vento me basta.Não almejo galopar em nuvens sombrias.A seta da culpa já não mais me flecha.Eu era dos outros.Abandonei a caverna.Meus pés não estão submersos na areia.Ele...s agora flutuam.Minha memória apagou os salões escuros.Já não me alcaçam.Meu corpo é alado.
Hoje deito na relva,sem o peso do sapato.Meu olhar verde se alargou,sem limite,sem direção autorizada.Minhas unhas não mais me ferem.Não grito mais de frio.Eu sei cuidar do meu eu.
Contemplo as mãos,dos algozes,aflitas na minha distância planejada.Minhas garras me sustentam no alto.Levanto voo na hora certa.Flutuo sobre o vento e sobre a água.Sobrevivo na montanha invisível.Não quero sinais.Ninguém enovelam meu destino.Eu corto as asas nos dentes.O mundo corre comigo.Não sou mais bola parada.A estrada não é mais triste.A noite não é vadia.Não espero a morte.Eu molho as cores.Sujo as mãos de tintas sem temor.As flores nascerão em mim.O tempo não me cutuca.Estou em PAZ.

Elany Morais

Todos os direitos reservados a Elany Morais

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