Sou educadora e escritora

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

IMPROVISO

Não herdei a arte do improviso.Maldita arrumação! Deixar para manhã é eco de dores. Tudo é aqui agora! Queria eu beber água como se fosse os melhores bebidas.Péssima mania de dá nome as coisas! Nunca quero pisar em falso. Às vezes,misturo as coisas.Às vezes,tenho diálogos totalmente sem voz,mudo,mas não surdo.
  Rasgo meu papel de completude.Quero ficar aqui,ir ali,por uma vírgula onde não deveria estar,desando-me para acolá.Não quero guardar o que há em mim.Eu sei costurar sonhos.Vez por outra,perco-me.Sem improviso,junto as pontas e encontro um novo rumo,uma nova direção com nome e sobrenome.Não quero os aplausos dos coerentes.Incorência são meus espinhos.Meu coração tem ansiedade em máxima potência.Ficar quieta dói.Se me torno uma ilha,não tenho garantia de que a brisa vem ao meu encontro.Se no meu escarccel, eu me despedaço toda,junto cada parte,ponho na bolsa e carrego com ferro e força.


Elany Morais
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Um comentário:

  1. Boa noite Elany, seus versos narram uma personagem que de destroça toda enquanto se refaz, parabéns pelo seu contundente poema, um grande abraço, MJ.

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