O CONTRADITAR
Por Elany Morais
Agora, pouco me
importa quem vem me contraditar. Se vem a mim com mão valente é porque
falta-lhe razão. Renego as sutilezas da discórdia. Estou a desligar-me de
ideias parvas e parcas. Já não me resta mais tempo para semear sementes em
solos inférteis. Estou a reduzir qualquer espaço de confrontos. Antecipar o fim
existencial é dá força para discórdias. Contraditar poder ser revolucionar. Mas
não estou a revolucionar-me com pensamentos servis. Não me tragam ideais de
servidão!
Pouco me importa quem
vem questionar minha rebeldia. Agora sei me aceitar com simpatia. Não mais
engulo compromisso alheio. Deixo as malas a quem pertence. Agora o que está em
causa é a qualidade de mim e, não os princípios que armaram para mim.
Prostro-me pelo absoluto que sou, advindo de minhas novas crenças. Nunca tive
propensão a modelar minha vida de acordo com princípios interesseiros. Por
isso, estou a extraviar tudo o que propõe tiranizar meus hábitos.
Jamais me furtarei do
dever de ser humano: violar princípios - os tiranizadores. Há coisas difíceis
de serem percebidas, não por serem incompreensíveis, mas por não serem
pensadas, questionadas... Há que se apaixonar por si para não se apegar nem se
desgastar no contraditar . É preciso amar-se pela única razão de ser, seja como
ou o que for. Encerro o ciclo de ser embrutecida comigo mesma.
Caxias- MA, 12 de
março de 2016.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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