Sou educadora e escritora

sábado, 12 de março de 2016

O CONTRADITAR

O CONTRADITAR
Por Elany Morais

Agora, pouco me importa quem vem me contraditar. Se vem a mim com mão valente é porque falta-lhe razão. Renego as sutilezas da discórdia. Estou a desligar-me de ideias parvas e parcas. Já não me resta mais tempo para semear sementes em solos inférteis. Estou a reduzir qualquer espaço de confrontos. Antecipar o fim existencial é dá força para discórdias. Contraditar poder ser revolucionar. Mas não estou a revolucionar-me com pensamentos servis. Não me tragam ideais de servidão!

Pouco me importa quem vem questionar minha rebeldia. Agora sei me aceitar com simpatia. Não mais engulo compromisso alheio. Deixo as malas a quem pertence. Agora o que está em causa é a qualidade de mim e, não os princípios que armaram para mim. Prostro-me pelo absoluto que sou, advindo de minhas novas crenças. Nunca tive propensão a modelar minha vida de acordo com princípios interesseiros. Por isso, estou a extraviar tudo o que propõe tiranizar meus hábitos.

Jamais me furtarei do dever de ser humano: violar princípios - os tiranizadores. Há coisas difíceis de serem percebidas, não por serem incompreensíveis, mas por não serem pensadas, questionadas... Há que se apaixonar por si para não se apegar nem se desgastar no contraditar . É preciso amar-se pela única razão de ser, seja como ou o que for. Encerro o ciclo de ser embrutecida comigo mesma.


Caxias- MA, 12 de março de 2016.

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