Sou educadora e escritora

quinta-feira, 31 de julho de 2014

O VENTO LEVOU

 
O VENTO LEVOU

Elany Morais

O vento soprava, o vento subia
Com ele, os passos dela
Sem direção, o seguia.
No coração muito amor,
Ficava a murmurar,
Olhando o vento descer e subir
Em direção ao alto mar!
Com o vento a água subia,
Seu rosto já se banhava,
Seu corpo agora afundou,
Sua vida não mais resistiu
O mar escureceu.
Ela, ninguém mais viu!

Caxias - MA, 31 de julho de 2014.

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

POLITIZAÇÃO DO MAL

POLITIZAÇÃO DO MAL
Elany Morais

Vivemos na era da politização do mal. Ele evoluiu. Hoje para praticá-lo não precisa de muito "lero, lero", basta receber uma ordem expressa, em nome de uma organização social. Quando um policial mata um band...ido não é cumprindo seu dever? Quando os professores, em movimentos grevistas, são espancados não é para manter a ordem? Ordem repressora, é claro! Os noticiários todos os dias confirmam isso. Lembro-me bem do seguinte caso: em que um vigilante estava rolando no chão, a passar mal, mas o enfermeiro apenas o olhou e se retirou, alegando que não tinha autorização para socorrer a vítima. O homem morreu, não foi socorrido porque as pessoas que poderiam tê-lo ajudado estavam cumprindo seu dever: atender somente os pacientes que tivessem dinheiro para pagar o hospital.

Que o mal vem galopando na sua evolução é fato. E como combater essa prática malévola? Certamente, arrancando sua raiz que está sendo regada a cada instante. Mas onde se encontra essa raiz? Será que nascemos mal? Será que a ordem organizacional da sociedade não propicia a essas atitudes destruidoras dos semelhantes?

Há quem diz que " o mal não provém da malevolência ou do desejo de fazer mal e sim em razão da pessoa sucumbir a falhas de pensamento e julgamento". Que o "mal não é uma categoria ontológica, não é natureza, nem metafísica. É político e histórico: é produzido por homens e se manifesta apenas onde encontra espaço institucional para isso - em razão de uma escolha política."

Assim, só nos resta tentar a perfeiçoar nosso julgamento acerca do bem e do mal.

Caxias - MA, 28 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados  a Elany Morais

domingo, 27 de julho de 2014

AMORES PERDIDOS

AMORES PERDIDOS

Elany Morais

Meus amores perdidos não regressam nunca mais,
Porém guardo escondido no peito eternamente,
Tornando-se memórias amargas e quentes
Que se fazem presentes sem dar sinais.

Foram amores embalados ao som dos pardais,
Em que o sangue nas veias fluía velozmente,
Minha viva memória saudosa ainda sente
Os beijos inocentes roubados nos beirais.

À sombra das mangueiras havia plena magia
Dos encontros amorosos que alegrava o dia,
Isso ainda acalenta minhas memórias de hoje.

Amenizando a perda que no peito dói,
A mágoa oculta que a mente corrói,
Fazendo-se lembrança presente hoje!

Caxias - MA, 27 de julho de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

INCOERÊNCIA HUMANA

INCOERÊNCIA HUMANA (Crônica)
Elany Morais

Complicar a vida é tarefa do ser humano. Carrega consigo o desejo de separar o que junto serviria de porta para a alegria. Repudia o que é seu, mesmo sem motivo para rejeitar o que lhe seria um ...bem.

O homem não quer a vida em preto e branco, deram-lhe cores, as mais variadas possíveis, além de a possiblidades de criar mais e mais outras. Mas ele teria que encontrar uma forma de se privar de todos esses elementos: "homem que é homem não usa a cor rosa." " Uma boa dama antes de crescer não deve usar azul." " A fragilidade vestiu-se de rosa." A tragédia se apoderou do preto." "A paz salvou apenas o branco." "A riqueza faz-se de amarelo." " A sorte chega de branco." O preto é o escuro, o escuro é o inferno.

Todos têm corpos. Apenas um gênero pode exibi-lo. Mulher, tu nasceste com seios? Esconde-os! Se todos verem como são teus seios, tu deixarás de ser honrada e bem-amada! Guarda tuas pernas, se tu as exibires, teu lar será injuriado, difamado, teu esposo deixará de ser homem. Uma simples contemplação de pernas e bundas banirá a sexualidade alheia(" homem que é homem não deixa a mulher mostrar a bunda para ninguém.") Veja bem, apenas o homem é senhor do seu corpo e de seu cônjuge. É assim o ser humano, junta o que é separado e separa o que deveria ser juntado.

Caxias - MA, 27 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

sábado, 26 de julho de 2014

RESGATE

RESGATE
Elany Morais

Revi casas apertadas e paisagens,
Procurando o que perdi em mim,
Sacudi as memórias da tarde,...
Onde as folhas amarelas
Denunciavam o do fim.
Busquei os pedaços de papéis,
As árvores com minhas marcas,
As grutas que colhiam meu gritos
Desferidos com pavor e raça!
Os latidos dos cães já não existiam
Nem desses ou de outros,
Eu buscava matar minha sede
E aplacar as memórias do desgosto.

Caxias - MA, 26 de julho.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

NOITE

NOITE
Elany Morais

Quando cerradas foram as cortinas da tarde,
Meu coração amargurado permaneceu
Aflito, a esperar a luz do sol...
Porque toda alegria feneceu.

Caxias - MA, 26 de julho de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

PADECER




Nas noites rumorosas meu silêncio padece!
Como quadros adormecidos fico a esperar!
Dentro de uma moldura meu corpo fenece!
Só resta a esperança do infortúnio passar!

Alguma coisa triste insiste em me dizer:
Que sou mar seco que ninguém conhece,
Sou árvore morta que jamais vai florescer,...
Que serei húmus primitivo que hoje padece!

Sozinha meus olhos andam pelos recantos,
Tentando encontrar paz no mar das alturas,
Afogando-me nas dores vindas com pranto.

Na agonia, vejo o anjo na sua linda alvura,
Ergo os braços em gritos pedindo a santo:
Proteção a alma aflita com sua armadura.

Elany Morais

sexta-feira, 25 de julho de 2014

PECADO LETAL

PECADO LETAL
Elany Morais

O sabor amargo do letal pecado
Enredou-nos em emaranhadas teias
Como se fosse irresistíveis encantos...
Que possuem as sedutoras sereias!!

Como nos livrarmos do pecado
Se nossas veias dele estão cheia?
Por isso, consome o corpo e a alma
De todos ao mesmo tempo em cadeia!

Quem não sente o sabor do pecado
Como sendo amargo e quente?
Deixa-nos frágeis diante da morte
Fazendo de nós um ser impotente!

Caxias -MA, 24 de julho de 2014.

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

DESEJO

 
DESEJO

Elany Morais

Meu desejo é ser tua veste branca

Que esse teu corpo esguio aperta,
O perfume que aromatiza teu peito
Que arfa de desejo na noite deserta!

Meu desejo é ser a tua sonhada paz
Nesse frenético mundo vil de guerra,
O teu amor ditoso que não morre
Nunca nessa triste devastada terra!

Caxias - MA, 24 de julho de 2014.

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quarta-feira, 23 de julho de 2014

QUANDO ELA PASSA

QUANDO ELA PASSA
Elany Morais

Quando ela passa, parece
Que um rochedo mudo fala
Ou a onda do mar bravio para
Quando ela impassível passa.

Meu pensamento perdido
Nos seus passos, perpassa
Todos meus frágeis sentidos
Quando ela por mim passa!

Quisera eu viver eternamente
Ouvindo os firmes passos dela
Com minha alma pobre inocente
Quando ela por mim passa!

Caxias - MA, 23 de julho de 2014.

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NEGRO DE ALMA BRANCA

NEGRO DE ALMA BRANCA ( Crônica)
Elany Morais

A caminho de casa, meus pés já denunciavam cansaço. Reclamavam descanso. Sentei no banco da Praça. Da Universidade. Não se espante, aqui, na minha Princesa do Sertão, os seres inanimados são possuidores. Tudo bem, sem mais enrolação. Eu ali como se estivesse me desfeito de sutiãs, cintas, essas coisas que apertam a gente até na alma, lancei um olhar para fora de meu corpo, onde se encontra o que não costumamos observar.

À minha frente estava um carro estacionado. Parecia que alguém sairia dele. Minha observação me levou a esquecer que eu estava ali apenas para descansar, agora meu objetivo agora era vê a Cinderela sair, sem deixar cair o sapatinho de ouro! Não, não, já dava para ver que não era um sapatinho, era um sapatão.

Saía do carro uma mulher com ar de pouca humildade. Gestos contidos. Olhar nas alturas. Toda arrumada num vestido, não parecia roupa de pobre. Com movimentos leves, levou a mão à bolsa. Vi que a bolsa era imitação de uma grife famosa. Retirou um espelho e pôs-se a olhar suas lindas madeixas. Fixei-me nos cabelos dela, logo vi que era afrodescendente, mas estava com o loiro que era de doer a vista. Daí, surgiram um fileira de interrogações em minha cabeça. Mas veja bem, eu com tantas coisas para fazer, fui querer descobrir os motivos que levaram aquela desconhecida a colorir seus cabelos de amarelo. Isso pode ser coisa de quem não tem o que fazer, mas eu tinha. As perguntas que surgiram advinham da minha lembrança da luta dos negros em se fazerem respeitados no que conferem sua cor, sua raça, sua religião, em fim, no que concerne à sua cultura. E agora que há uma luz na escuridão, há negros que querendo ser branco. Mas é " cada um com seu cada qual." Eu, pelo menos, não tenho admiração pelos meus algozes nem gostaria de imitá-lo. Porém, nessa vida, muitas cores se vai vendo, você pode somar, multiplicar, subtrair e ainda terá um dividendo. É assim mesmo. Sem lógica, sem explicação. A mente humana comanda o corpo e ainda tem gente que diz que é o coração.

Caxias - MA, 23 de julho de 2014.

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terça-feira, 22 de julho de 2014

NÃO É PRECISO

 NÃO É PRECISO
Elany Morais

Preciso aprender coisas  que todos sabem:
Jogar a voz no abismo,
Dar flores para quem não vê nem sente,
Pensar com o que não está em mim,
Segredar o que não é meu,
Estranhar, com pavor, a verdade,
Ser pouco na noite,
Escrever apenas no papel, sem fazer uso das estrelas,
Sorrir amarelo,
Pisotear as costas da alma,
Abandonar o meu em prol do que é teu,
Coroar somente o palpável.
Não, há coisas que não se precisa saber.
Vou ali, jogar a voz para o alto
E fazer a vida valer.

Caxias - MA, 22 de julho de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais


 

LINGUAGEM DO AMOR

LINGUAGEM DO AMOR
Elany Morais

Queria que todos falassem
A linguagem do amor
E não se aconchegasse
No cenário de terror!

O amor com poder e tal
Cura tanto corpo como
A alma, nos fazendo
O bem e suplantando o mal!

Para falar a linguagem do amor
Não há muito o que fazer
Basta ser sincero consigo mesmo
E com os outros no que vai dizer!

Caxias - MA, 22 d julho de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais




 

A PERSISTÊNCIA DA DOR

A PERSISTÊNCIA DA DOR
Elany Morais

Que dor é essa que não se dar por cansada!
Faz-me chorar  ao som em melopeia,
A deixar-me nessa veste amassada
Como se eu fosse um intruso em colmeia! 

Quanto tempo me deixará prostrada,
Sem ver ao menos um grão de areia,
Mesmo estando com a mente povoada
Com as delícias fantasiosas de uma sereia?

Caxias - MA, 22  de julho de 2014.

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INJUSTIÇA: NÃO TE AMAR

INJUSTIÇA: NÃO TE AMAR
Elany Morais

Quantas injustiças nessa vida há?
É tudo injusto...
Dentre tantas injustiças:
Não poder te amar,
Não poder te sentir,
Não poder te tocar
São as maiores injustiças
Que não posso calar!!!

Quantas injustiças nessa vida há?
É tudo injusto...
Meus olhos sem te ver,
Minha pele sem te sentir
Meus braços sem te envolver
São as maiores injustiças
Que não posso conceber!

E o que mais dizer?
É o que me resta falar:
É injustiça não poder te amar!!

Caxias - MA, 22 de julho de 2014.

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segunda-feira, 21 de julho de 2014

O QUE É A VIDA?

O QUE É A VIDA?
Elany Morais

A vida é um passo apressado,
No meio do deserto,
É um grito amargurado...
A busca do caminho certo.

A vida é um bêbado de porre
No calçada alagada,
É a vontade que não morre
No meio de granada!

A vida é a palavra obscena,
Em cima do altar,
É o desejo que acena
Em todo paladar.

A vida é um fardo pesado
Sobre as frágeis costas,
É a casa fechada
Sem as frestas das portas!

Caxias - MA, 21 de julho de 2014.


Todos os direitos reservados a Elany Morais

DÁDIVA

DÁDIVA
Elany Morais

Foi dádiva dada a mim
Esteve entre mim e ti, sim!
...
Ninguém saberá o que é,
Que me leva a ti como uma maré.

Chegou a mim a dádiva doida.
Era teu estigma tatuado em mim.

Caxias - MA, 21 de julho de 2014
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

BASTA

BASTA
Elany Morais

Basta de destino pronto,
De tragada em minha face,
De falho conto,...
De falso passe!

Basta de lágrimas brancas,
De raízes mortas na alma,
De mentiras francas,
De forçada calma!

Basta de medo tóxico,
De espinhosas palavras,
De confuso foco,
De injúrias bradadas!

Caxias - MA, 21 de julho de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

PEDIDOS

PEDIDOSElany Morais

Se eu morrer amanhã,
Não quero flores nem reza,
Quero o silêncio dos mortos,
Onde a hipocrisia não se preza.

 Se eu morrer amanhã,
Como poeira serei levada,
Não quero lamento por mim
Como se fosse alma penada!

Se eu morrer amanhã,
Verão meu futuro ser nada,
Não quero a vela dos vivos
Por toda a madrugada!

Se eu morrer amanhã,
Jamais se verá meu olhar,
Não quero que reze comigo
Nem meu passado enredar!

Caxias - MA, 21 de julho de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

domingo, 20 de julho de 2014

QUANDO EU MORRER

QUANDO EU MORRER
Elany Morais

Quem me dará flores
Se eu morrer de amores?
...
Haverá alguém em meu
Funeral que ainda de mim
Falará mal.

Será que alguém chorará
Em voz alta?
Quem sentirá minha falta?

Será que existirá alguém que
Lançará a seta na minha alma
De poeta?

Não sei se haverá quem chorará
Timidamente dizendo coisas
Que só a alma sente.

E os covardes?
Ah, esses me maldizerão
Nas belas tardes!!

Só sei que ficarei no escuro
Sem ouvir as ideias dos que
Ficam em cima do muro.

Caxias - MA, 20 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

MAR DE SEGREDOS

MAR DE SEGREDOS
Elany Morais

Hoje, pus-me a ouvir meus segredos
Pela boca do mar:

Falhou teu destino pequenino,
Não é tua a sepultura dos teus,
Teus olhos roxos brilharão,
Tua voz amarga ficará muda.

Agora canta uma canção molhada,
Pois tu não és tu.

Agora estás a abandonar o que nunca
Foi teu.

Assim, afastei o sol da agonia e o mar
Saiu calado, deixando saudade
Da voz da verdade.

Caxias - MA, 20 de julho de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

sábado, 19 de julho de 2014

AQUECE-ME

AQUECE-ME
Elany Morais

Aquece-me com o corpo e teu lençol
Que é para mim chama abrandada,
É luz da manhã do vivo sol...
Que aquece tudo sem cobrar nada!

A ausência do teu calor é tempestade,
Tua pele, teu corpo é o que anseio,
Sem você padeço do frio da cidade,
onde o medo e a chuva sobreveio!

Venha me aquecer brevemente,
Meu espírito de ti está se vestindo
Para suportar aqui toda gente
Que não mais amor está sentindo.

Caxias - MA, 19 de julho d 2014.
Todos os direitos reservados  a Elany Morais

ALMA SOMBRIA

ALMA SOMBRIA
Elany Morais

Quando a mim encontra a sombra,
Minha visão fica turva,...
E não enxergo quase nada,
Minha alma sai cambaleando,
Na planície fria, escura,
Deixando-me completamente
Perdida e desolada!

Caxias - MA, 19 de julho de 2014
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

EFEMERIDADE EXISTENCIAL

EFEMERIDADE EXISTENCIAL
Elany Morais

As esperanças e a vida morrem
E sob a eternidade nada ficará
Tudo se esfacelará como pólen
No bico fremente de um sabiá.

Aqui o eterno não se consente,
A restar-nos somente sombras,
Se desdizer isso deveras mente
Porque o real já lhes assombra!

Assim como num sono profundo
Mergulhar-se-á no esquecimento,
São essas as verdades do mundo
Sem enfeites nem arroubamento!

Caxias - MA, 19 de julho de 2014.

 Todos os direitos reservados a Elany Morais

DESCOMPASSO

DESCOMPASSO
Elany Morais

Falam!
Não fazem.
Prometem?...
Esquecem.

Cantam!
Surdos são.
Dinheiro
Falta pão.

Esperam!
Há cansaço
Pernas
Faltam espaço!

Caxias - MA, 19 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

AGORA NÃO

AGORA NÃO
Elany Morais

Agora não
Agora não há partida dessa vez,
Não há espaço escuro para ficar,...
Não há mais sangue frio na veia
Que possa fazer a tristeza chegar.

Agora não há um grito na boca
Para os que estão de passagem,
Porque agora existe paz na alma
Por ter deixado a dor à margem.

Agora não há errado ou direito
Ou como tudo na vida deve ser,
Haverá lágrimas muitas vezes
Mas fará o desejo de vida valer.

Caxias - MA, 19 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados  a Elany Morais

FRAGILIDADE

FRAGILIDADE
Elany Morais

Se tua fragilidade te entristece,
Irrita, amargura-te e humilha,
Ela não será para ti boa filha...
Pois não te guarda nem te merece!

Se tua fragilidade não te enobrece
Nem te protege na estrada que trilhas
Se te priva da vida e das maravilhas,
Então, cuida daquilo que finges e esqueces!

Se tua fragilidade não te larga
A fazer de ti uma mendiga
Onde tudo para ti amarga

Abandona-a e acorda para a primavera,
Viva a vida plena de rapariga,
Pois o futuro será sempre uma quimera.

Caxias - MA, 19 de julho de 2014
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

PASSARINHO DO RUFINO

PASSARINHO DO RUFINO
Elany Morais

Este é o passarinho
De fico fino
Que toca o sino...
Da casa do Rufino
Que já foi Divino
Mas agora é ferino,
Malino, traquino.
Deixa que um dia
Eu te ensino
Como ser latino
E cantar o hino
Com todo fascínio
Como faz todo menino.

Caxias - MA, 17 de julho
 
Todos os direitos reservados a Elany Morias

quinta-feira, 17 de julho de 2014

INFÂNCIA

INFÂNCIA
 Elany Morais

Criança fui, mas nunca muito pedi,
Pois a vida para mim era vazia
Nas fantasias sozinha me perdi,...
Quando a noite escura e fria caía!

À noite, eu ouvia vozes e imagens
Que sempre assim me diziam:
A vida é uma finita passagem
Mas todos nela sempre se viciam.

Criança confundida que eu era
Não conhecia a vida de uma fada
Pois vivia nas garras de uma fera,
Onde amor não valia quase nada.

O céu para mim era um espanto
Pois o mundo de agonia era coberto,
Eu só nadava em mares de pranto
Mas o fim de tal sorte estava perto!

Caxias - MA, 17 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

SALVAÇÃO

SALVAÇÃO
Elany Morais

Nosso amor é dois.
Tu vives de mim,
Juntas subiremos...
Aos céus,
Pincelaremos os espaços,
Cantarei a ti,
No aconchego
Dos teus braços.
Seguraremos os fios,
Sentindo o fremir da pele,
Sem pudor do cio
Que na alma fria fere.

Nosso amor é um.
Tuas vísceras são
Minhas
Meu respirar? Teu!
Estamos confundidas,
Nesse mundo de espanto,
Agora somos luz,
Nesse delirante breu.

Caxias - MA, 17 de junho de 2014
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

quarta-feira, 16 de julho de 2014

PALAVRAS

PALAVRAS
Elany Morais

Palavras cortam,
Matam,
Curam
Criam sonhos,
Afagam a alma,
Afligem o espírito
E devolvem a calma
.

 Palavras encantam,
Nomeiam,
Desencantam,
Sem rumo,
Vagueiam!
 
Palavras beijam,
Revelam,
Praguejam,
A toda vida,
Elas manejam!
 
Caxias - MA, 16 de junho de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais
 

PALAVRAS

PALAVRAS
Elany Morais

Palavras, mar aberto,
Procuram um rumo
Que não seja incerto....

Palavras, escondem-se
Na sombra
De uma boca muda
Que não conhece a vida
E tem medo do mundo
Com essa dura lida!!

Caxias - MA, 16 de junho de 2014
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

LOUCURA

LOUCURA
Elany Morais

A loucura é nossa!
E o que mais importa?
Se tu chegaste,...
Bateste em minha porta
Trazendo-me felicidade,
Iluminando minha verdade.
E o que mais posso fazer
A não ser te querer,
Sem medo de nada perder?!

Caxias - MA, 16 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

A DECADÊNCIA DA HUMANIDADE

A DECADÊNCIA DA HUMANIDADE
Elany Morais

É decadência. Decadência de tudo que há para nos salvar. Falta-me coragem para assistir ao espetáculo de mediocridades. Vejo aqui, ali a crueldade circular. E agora? O que se pode esperar?

Antes,... o domingo era dia de rezar, agora, muitos esperam a morte de pé para que o vazio possa se findar. Observe, veja os gestos vis e obscenos disfarçados de amores perfeitos, porém, tudo engano, pois para o fim da humanidade não há jeito.

É decadência de tudo que há de bom. A mesquinhez anda a galope. A dor alheia é luz em nossas salas. Lágrimas inocentes caem em nossos pés. A súplica é filme de comédia. Mãos são aquecidas nas orelhas pálidas. Os gritos são sons de guitarras. O mundo não se cansa, mas eu estou cansada para a hipocrisia insana.

Corações revolucionários choram no terreno burguês. O amor bonito é múmia esquecida. Há os que esperam sem sequer ter esperança. Prédios são desabitados, corpos, nas ruas, são largados. Como ir embora? E o vento devora quem dorme lá fora.

É decadência!!! A bagagem está pronta para partir. Jogaram na mala: a coerência, a dignidade, o respeito e a verdade. E na calada da noite, de mansinho, a ferocidade vem se instalando, sem pedir licença, mas os corações frios abrem seus portas para o que deixou de ser humanidade.

Caxias - MA, 16 de julho de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

ENTREVISTA COM ELANY MORAIS AO JORNAL DE CAXIAS

ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNAL "DIÁRIO DE CAXIAS
 
ENTREVISTA COM ELANY MORAIS
Por Gilvaldo Quinzeiro

Para além das curvas, uma mulher de letras, de palavras e atitude. Estou falando de Elany Morais, poeta, blogueira e educadora. Elany Morais é a nossa entrevistada de hoje do “Diário de ...Caxias”. Ao longo da nossa conversa, falamos de diversos assuntos: poesia, religião e a alma feminina. O que será que Elany pensa a respeito destes e outros assuntos? Leia a entrevista.

Gilvaldo Quinzeiro – Nós vamos iniciar a nossa conversa falando de um assunto muito profundo e complexo, a alma feminina. Sendo você mulher e poeta, que “ser” transcende em sua poesia?
Elany Morais: Levando em conta o aspecto psicológico, a alma humana é o ser que transcende em minha produção poética.

Gilvaldo Quinzeiro – Como é ser mulher e poeta “na terra dos homens poetas”?
Elany Morais: Sinceramente, nunca senti ou percebi algo diferenciado nesse sentido, pois não vejo a poesia como um elemento pertencente a um único gênero humano, apesar de saber que historicamente, a produção poética masculina sempre foi mais valorizada, como exemplo, temos Francisca Júlia, que foi fiel representante do Parnasianismo no Brasil, ilustrando o respeito à forma e à impassibilidade exigido pelo movimento, contudo o destaque foi dado somente para a tríade parnasiana: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

Gilvaldo Quinzeiro – A sua poesia fala de quê?

Elany Morais: Minha produção poética fala principalmente da condição humana. Condição essa que envolve a efemeridade da vida e o conflito existencial. Apesar de a maioria de meus poemas, contos, memórias e crônicas serem profundamente psicológicos, tratando de questões internas, da alma humana, também abordo questões sociais, erotismo, sexualidade etc.

Gilvaldo Quinzeiro – Nesta sociedade de coisas tão voláteis e descartáveis para que serve a poesia?

Elany Morais A poesia é o grito de socorro. Ainda é um meio de denúncia daquilo que não satisfaz as nossas expectativas, desejos... Além disso, ela é uma forma de brincar de ser feliz, de se libertar, de desenvolver, de despertar as emoções mais genuinamente humana que há em nós.

Gilvaldo Quinzeiro - Você teve algum poema musicado? Fale desta experiência. Quem musicou seus poemas?

Elany Morais Sim. Meus poemas ALMA VAGANTE e CÓDIGO DE ACESSO foram musicados pelo poeta, cantor e pintor português, residente na Suécia- João Leitão. Já o poema DESERTO ATRAVESSADO foi musicado por Milton Luna, cantor paulista. Além de musicados, já tive poemas que foram declamados pelo poeta Fábio Kerouac e João Leitão. Quanto à experiência, posso dizer que é muito gratificante, é bom saber que não sou uma voz solitária no deserto.

Gilvaldo Quinzeiro – Você também é blogueira. Qual o seu blog? O que você costuma postar nele?

Elany Morais: Sim. Meu blog: http://educadoraelanymorais.blogspot.com/, ele possui apenas um(01) ano, já está com 109.795 ( CENTO E NOVE MIL E SETECENTOS E NOVENTA E CINCO)visualizações. Costumo postar minhas produções, seja poética ou não. Nele, encontra-se textos dos mais vários temas.

Gilvaldo Quinzeiro – Você tem algum trabalho já publicado? Quais?

Elany Morais: Ainda não. Esse ano recebi propostas de duas editoras, mas perdi o prazo de entrega do material.

Gilvaldo Quinzeiro – Mudando um pouco de assunto. Qual a sua opinião sobre a união homoafetiva? Você também tem escrito sobre este assunto?

Elany Morais: Sou totalmente a favor. Pois a homossexualidade é uma condição humana, não uma escolha, dessa forma, jamais serei contrária àquilo que é inerente ao ser humano, apenas respeito e aceito. Muitos confundem sexualidade com gênero, enamora-se de pessoas e não de gêneros. É correto afirmar que não são os órgãos genitais que determinam a sexualidade do indivíduo, mas sim o psiquismo. Já produzi textos científicos e poéticos sobre essa temática, os interessados podem acessar meu blog.

Gilvaldo Quinzeiro - Você tem escrito algo relacionado à união homoafetiva e a religião? Há uma “nova religião”, a inclusiva, qual a sua opinião sobre?

Elany Morais: Ainda não escrevi. Na minha concepção, religião é corda. Nenhuma me convence de seus benefícios. Tudo aquilo é contra a natureza humana, não sou a favor. Quando falo de natureza, refiro-me à sexualidade, aos defeitos, às qualidades, à fraqueza, à coragem, ao medo, à tristeza, à raiva... Durante muitos e muitos anos, fui religiosa, conheci várias doutrinas e todas elas tinham como propósito repudiar, renegar, ignorar, matar o que é inerente a nós, coisa que é impossível.

Gilvaldo Quinzeiro – Você também é uma educadora. O Maranhão tem os piores índices educacionais. A quem você atribui os problemas na nossa educação?

Elany Morais: Há um conjunto de fatores que contribui para a situação da educação maranhense. Dentre esses fatores pode-se citar: descaso do poder público, a inércia e a desestrutura familiar, a falta de compromisso de muitos professores, a desvalorização dos docentes...

Gilvaldo Quinzeiro – Depois de toda esta nossa conversa, fique a vontade para deixar as considerações finais.

MORTALIDADE
Elany Morais

Tudo o que há deixará de ser um dia.
Levanto e sinto a dor que o corpo traz,
A vida quer de mim uma ecografia,...
Mas tudo para mim agora tanto faz!!

Não receberei a morte de riso largo
Nem a vejo como algo que tem que ser,
Ela me espera como um manso lago
E não há mais nada que eu possa fazer!

Quando a morte minha alma levar,
Ficarão minhas fotos e documentos,
Se houvesse como a todos a visar
Eu não perderia esse tal momento.
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terça-feira, 15 de julho de 2014

AMAR NÃO É PECADO

AMAR NÃO É PECADO
Elany Morais

Quem repudia o amor
Abomina a natureza,
Faz dos livres amantes...
Poço de impurezas!!

Há quem o amor pragueja
Mas dele há resultado
Muitos não entendem,
Que o amor não é pecado!

Por que condenar o amor
Nesse mundo malogrado
Se para sermos felizes
Precisamos ser amados?

Caxias - MA, 15 de julho de 2014.
 
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PRISÃO

PRISÃO
Elany Morais

Foste tu que me agarraste
Como cão, com presa afiada,
No meu pescoço tu pulaste,
A deixar  minha pele marcada!
 
Talvez para ti fui um enfeite,
Quando me tomou pelo passo,
Privando-me de todo deleite,
Jogando-me no mar do cansaço!

Fui casca oca e folha submissa
Quando alimentei minha preguiça
Para no mar não navegar
Para de ti me libertar!

Caxias - MA, 15 de julho de 2014.
 
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É A VIDA

É A VIDA
Elany Morais

Trilhamos, nos caminhos das tristezas e dos enganos,
Guardamos mágoas e angústias no passar dos anos,
Rendamos ilusões,...
Choramos traições
Que se atravancam em nosso caminho
Fincando as dores na pele como espinho,
Deixando a vida seca e escura.

E vem mais outra amargura,
Na companhia da crueldade
Que cega a mocidade,
Fazendo nada valer a pena
Nem mesmo a poesia de um poema
Limpa o peito da alma que se envenena,
Por uma crise forte
Advinda de certeza da morte,
A renegar a vida
Por causa dessa triste lida
Que nos causa tanta fadiga.

Caxias –MA, 15 de julho de 2014.
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Sou Poema de Elany Morais


sábado, 12 de julho de 2014

FALSAS PROMESSAS

FALSAS PROMESSAS
Elany Morais

Meu coração está constrangido com falsas palavras, com falsas promessas. Meu riso está amargurado com a hipocrisia dos falsos olhos que me contemplaram. Meu espírito se apavora com a ferocidade a falsidade qu...e me rodeiam.

Estou numa selva de lobos ferozes? Há raivas ansiosas para me esmagarem como se eu fosse pedras. Quem haverá de me proteger? Minha verdade é nua. Talvez o dia do meu nascimento foi riscado do calendário. Querem fazer casaco de minha pele. Onde protejo minha cabeça? Meus ouvidos querem acreditar em tudo, mas quase tudo é falácia, é embuste...

Minhas esperanças foram rasgadas e feridas. Minhas vontades estão paradas como barco sem vela. Meus braços estão sem força, minhas pernas estão cansadas de tédio. As palavras mentirosas desfibraram a camada mais profunda de minha pele.

Talvez eu esteja vivendo apenas de enredo, pois não há perdão para meu pouso aqui, na terra dos falsos amores. Pedras em minha direção são lançadas. Faltam-me escudos. Minhas forças estão dispersas. Fui condenada ao eterno rodopio das mentiras sedutoras. Ó estranha existência!!

Estou num reduto de tormento eterno. Não há mais caminhos limpos. Minha face já exibe os vincos da exaustão. O sol está embaçado nos meus olhos. O amor em meu viver são raízes mortas e arrancadas. Desistência agora é sinônimo de um pensamento e sentimento que habita na penumbra do meu ser.

Caxias -MA, 12 de julho de 2014.



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sexta-feira, 11 de julho de 2014

IN- RECIPROCIDADE

IN- RECIPROCIDADE
Elany Morais

Teu coração leviano pisoteia minhas crenças, levando-me a muitos enganos. Agora, meu sono magoado não apaga minhas cicatrizes, minando, assim, meu espírito sossegado. Tu te achegas a mim, com linhas sem limites, limpando minhas lembrança que na minha cama tu dormiste.

A treva lançou o véu sobre nós, quando fechaste teus braços para meu corpo em desalento. Minhas esperanças foi a deslizar sorrateiramente para o abismo sem fim. Foi então que a noite cresceu no nosso mundo. Meu olhar não invadiu tuas paredes. Minha luz estar a agonizar.

Quanto desejo meu! Mas não apertaste meu peito contra o teu. Minha vontade desvairada buscou teus gemidos, mas volteou em vão, palavras ,que provinham de tua boca, vinham sempre carregadas de nãos. Foi uma desventura, pois tornaste uma densa neblina, nessa minha vida de amargura.

Meu vigor agoniza. Minha espera em cinzas se torna. Tu não vens, tua indiferença ultrapassa o além. Nenhuma luz mostra teus desejos. Tua frieza desafortunou meu amor. Na solidão noturna, tu fechaste os caminhos que me levariam até a ti. Resta-me, apenas, lavar meus desejos nas águas correntes do rio.
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quinta-feira, 10 de julho de 2014

IRRECUPERÁVEL

IRRECUPERÁVEL
Elany Morais

O que perdeste
voa aos ares.
...
Será eterno
Em ti, deserto.

Mas deve-te acostumar
Com o que não virá mais.

Tua alma gemerá
Pelo que não virá.

Tua boca mal dirá
o que não é teu.

Não terá para ti
o que eternamente morreu.

Caxias – MA, 10 de julho de 2014.
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PERDEMOS

PERDEMOS
Elany Morais

O cenário de nossa existência é pincelado com muitas cores, entre elas está a da "derrota", a da perda. Sim, nessa vida, perdemos, isso durante todo o tempo em que nos consideramos vivos. Existem perdas que podemos impedir ou adiar, contudo, há outras que nada podemos fazer para suprimi-las desse desafio, que é viver.

Quem põe arreios na derrota para galopar sobre ela? Queremos sempre estar acima do sem-fim, do além e, jamais, agasalhar nossos travesseiros sobre o aquém. Apesar disso, a perda vem, abre os braços para nós, sem reserva, porém, nós não a recepcionamos, porque com ela- a perda- ficamos como tronco sem ramos, barco sem porto, ficamos somente com a dor molhada.

Caxias - MA, 10 de julho de 2014.

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Alma Vagante Elany Morais


quarta-feira, 9 de julho de 2014

ADEUS, COPA

ADEUS, COPA
Elany Morais

A Copa ainda não se foi, isso é muito mal.
Adeus esperanças, gritos e alegria,
Não se vê mais faces em euforia....
A gente não pode, é o final.
Vamos voltar aos nossos problemas:
Violência aqui, corrupção ali...
Ao sistema que nos engole de fato...
Não sei se ainda haverá torneio,
Mas dessa Copa já estou de saco cheio.

Caxias -MA, 09 de julho de 2014.


O Deserto Atravessado


INCENCÍVEL

INVENCÍVEL
Elany Morais

Naquele dia
Sofri
Por deixar minha casa saudosa...
Das lutas que vivi
E da minha coragem vitoriosa!

Naquele dia
Parti
Dali, com muita pressa
O passado estava perdido
E meu desgosto vencido!

Naquele dia
Vivi
O que me era sensível
Por vir estava o novo
Abandonei o desgosto
Porque o futuro era visível!

Caxias - MA, 09 de julho de 2014.
 
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O DIA DA PAZ

O DIA DA PAZ
Elany Morais

Quando será que chegará do dia,
O dia que por muito é desejado?!
Nesse dia será o sol que alumia...
O que por muitos foi desperdiçado!

Esse dia não mais será de agonia,
O bem não será mais incendiado,
Será um dia luminoso de calmaria,
Sem angústia e clamor cansado!!

Quando este ditoso dia chegará?
Há muito tempo foi prometido,
Mas até hoje não foi cumprido.
Quando a paz em fim reinará?

Caxias -MA, 09 de julho de 2014.

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O DESERTO ATRAVESSADO

O DESERTO ATRAVESSADO
Elany Morais

Uma mulher seguia lentamente
Por uma estrada fria e perigosa,
Onde a noite caía pesadamente...
Numa cidade que era rumorosa!

Seus pés vacilavam pelas rotas,
Com o rosto sombrio e abatido,
Não havia ali nenhuma porta,
E nem mesmo um só bramido!!

A estrada deserta era pavorosa,
A deixar seu futuro impotente,
Por ver ali mancha senguinosa
Como se fosse o fim do poente!

Sozinha em pé ergueu os braços
Como um amante nunca amado,
Numa visão o olho foi arrebatado
Para o deserto daquele espaço!!

Caxias - MA, 09 de julho de 2014.
 
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segunda-feira, 7 de julho de 2014

CANÇÃO DA TARDE

CANÇÃO DA TARDE
Elany Morais

Casinha amarela no campo,
As plantas do campo são verdes.
Não tão breve é a estrada
Cercada de flores e palmeiras,
 Morro azul e água gelada.

Canto sozinha na janela
De onde olho longe o vale,
Cheiro uma flor amarela
Que não deixa que me cale!

Saio colhendo flores pela terra
Fazendo-me sentir a vida,
Numa tarde  vazia e bela,
Mas sem me sentir perdida!

Não sinto meus passos
 No caminho,
De tão leve como a lua
Ando lenta, cantando
A canção que é tua!

Caxias - MA, 07 de junho de 2014.
 
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domingo, 6 de julho de 2014

SAUDADE

SAUDADE
Elany Morais

Como não dizer que a saudade é tanta
Parece-me que jamais haverá jeito
Para aliviar a tua ausência aqui no peito
Que de tanto doer minha alma não levanta!

Não sei se esse meu estado é defeito,
Mas talvez o teu espírito se espanta
Com meu lamento preso na garganta
Sempre quando sem ti eu me deito!

Tua ausência é minha tormenta noturna
Porque vivo presa em eternos delírios
Com tuas formas brancas como a bruma

Que nunca se mostra de maneira diurna
Em largos campos, com lindos lírios
Para que possa te sentir como pluma!

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LUZ DA LUA

LUZ DA LUA
Elany Morais

A loucura não é sua
De cantar a luz da lua
A passos lentos pela rua
Completamente nua!

A estranheza não é tua
De cortar a carne crua,
E contar o segredo a lua
No silêncio da fria rua!

O sabedoria não é sua
De cantar a luz da lua
Enquanto a alma flutua!

Esta alma não se situa
Com que compactuas
 Se não for cantar na rua
Completamente nua
Sob a lívida luz da lua!!

Caxias - Ma, 06 de julho de 2014.

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LUTA INTERNA

LUTA INTERNA
Elany Morais

Há um bravo mar em cada peito,
Como também luz resplandecente
Que pode levantar a alma do leito,
Fazendo nascer sonhos florescentes. 
O que dentro há merece respeito
Para não imergir em vis enchentes
Porque a não aceitação tem feito
Reviver as impotências reincidentes!

Essa mar no peito cultiva os sonhos
A deixar as ideias na mente revoando
Para abandonar a morte escura e fria

Desse mundo de delírios medonhos
Onde o medo feroz fica se arrastando
Na alma aflita, temerosa e sombria!

Caxias - MA, 06 de junho de 2014.
 
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