Sou educadora e escritora

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

GOVERNANTES, SOU INOCENTE

GOVERNANTES, SOU INOCENTE
Elany Morais

Estou presa. Mas sou inocente. Não cometi crime algum. Encontro-me entre lajes e grades, mas não sou ameaça de nenhum. Jogaram-me aqui, privaram-me do direito de ir e vir, de sentir o sol com a mão, ...porém sinto-me obrigada a assim permanecer para preservar meu bem mais valioso, ou tão logo não morrer.

Estou presa! Sob o céu, atentam contra minha integridade. Lá fora, meu peito é atraído por uma bala, minha face é esbofeteada, minha cabeça é um escudo frágil e, dessa forma, a insegurança me abraça de corpo e alma. Governantes, devolvam minha liberdade! Permitam que eu desfrute de minha vida, pois ela tem prazo de validade.

Minha ingenuidade acredita que só vocês, governantes, algo podem fazer, pois todos vivem reféns da violência e com a terrível certeza de que, nas mãos dos criminosos, a qualquer momento, o nosso destino é morrer.

Governantes, não quero que meu sangue inocente jorre entre os dedos dos desalmados. Respondam-me: como viver um pouco mais, nesse mundo, com o espírito sossegado?

Caxias - MA, 01 de novembro de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O BICHO HOMEM

O BICHO HOMEM
Elany Morais

Algoz dos seus!
Alimento dos vermes....
Sente sem sentir o coração.
A maldade tem nome.
Meus Deus, esse bicho é o homem.


Que pena! Há um triste pesar:
Ele vocifera sem pensar.
É medonho em seu prazer.
Alimenta-se da desgraça
Que o outro consome,
Meu Deus, esse bicho é o homem!

Nunca olha o outro direito.
Destila, entre os dentes, o preconceito.
Indiferente, quando os seus sofrem fome,
Meus Deus, esse bicho é o homem.

Caxias - MA, 29 de outubro de 2014.

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

A ALMA HUMANA

A ALMA HUMANA
Elany Morais

Desconheço a obscura alma humana,
Dela já não muito mais espero,
Não há mais um bem-querer sincero.
Hoje quem ainda encontra seu nirvana?

Não é que eu seja uma schopenhauereana,
Mas da alma humana pouco espero,
Pois a escuridão criou seu império
E a maldade, no mundo, é soberana!

Mas essa imundice não é de agora,
O fel sempre verteu de mundo afora
Principalmente nas vidas plebeias .

Os males do mundo a todos consomem
Talvez seja este o destino ínfimo do homem
Ou quem sabe tudo seja apenas ideias!

Caxias - MA, 28 de outubro de 2014.





 

MOÇA DO LAÇO DE FITA

MOÇA DO LAÇO DE FITA
Elany Morais

Tinha um vestido de pobre pano
E uma mísera rede para dormir....
A simplicidade dela é o que amo,
E sua alegria faz a gente sorrir.


Nela, havia um encanto escondido
Que nenhum poeta jamais o cita.
Parece um sonho já prometido
Em que há uma deusa com laço de fita!

Nas mãos, revelava toda sua prenda
Com lenços brancos de puro algodão,
Onde fazia a mais rica renda
Revelando a sua tranquila razão.

Nada nela há de extremo profano
Nem que engesse a fantasia da gente
Mesmo que se vista de pobre pano
O que há nela é pureza simplesmente.

Caxias - MA, 28 de outubro de 2014.

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INTOLERÂNCIA

INTOLERÂNCIAElany Morais

Antes não era em branco
As cartas não eram sobre a mesa
De tudo havia na cabeça
Mas se faziam de falso santos.

Agora ainda fazem uso da hipocrisia,
Não se importando com quem chora tanto
Mesmo que na mesa a taça esteja vazia
E a sua vida seja um mar de pranto!

Caxias - MA, 28 de outubro de 2014.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

BEIJO ROUBADO

BEIJO ROUBADO
Elany Morais

Num ensejo, te dou um beijo
Sem pudor de te roubar,
Mas é tanto desejo
Que tenho de te beijar!

Veja, eu te quero de verdade
Em qualquer ensejo, eu te beijo
Mesmo que seja contra tua vontade!

Difícil é te ver e não te ter
Ou mesmo não poder te beijar
Assim posso até enlouquecer
Se um beijo teu eu não roubar!

Caxias - MA, 22 de outubro de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PESADELO

PESADELO
Elany Morais

Fitei-a com um riso franco,
Sem me comover com nada.
Meu coração estava vazio
E a minha boca calada! 

Chorei, apenas em silêncio
Por toda a madrugada
Mas não sei se dormindo,
Ou eu estava acordada!

Com o coração frio e sozinho
Numa tristeza sem tamanho,
Fui por um estreito caminho
Para um mundo vil e estranho!

Caxias - MA, 20 de outubro de 2014.

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USO DA VERDADE

USO DA VERDADE
Elany Morais

Ser autêntico, nesse mundo, é grande ventura.
É viver e morrer em favor da verdade,...
Mas há quem diz ser isso a maior loucura
Ou uma porta aberta para toda infelicidade.


Mas viver mentindo pode ser uma tortura,
Sem poder ao menos se dispor a uma caridade.
Sem a verdade é tudo ilusão pura
Ou alimentar a nossa soberba vaidade!

Por isso eu a uso o quanto preciso
 Sem sequer me importar com alguém
Nem por espreitar no futuro o paraíso
Ou receber de todos um sorriso

 Para aliviar minha consciência também,
Mas sim para ser fiel a todos que têm juízo.
Caxias - MA, 20 de outubro de 2014.
Caxias - MA, 20 de outubro de 2014.

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domingo, 19 de outubro de 2014

ESPERA

ESPERA
Elany Morais

Ali, ao sol se por,
Sentada num banco...
Sem medo e sem rancor,
Esperava-te, numa agonia só,
O dia se despedia
E minha garganta dava um nó.
Minhas mãos esfriavam,
Passava o tempo
E meus dedos tamborilavam.
Tu não vinhas,
Meus olhos se perdiam,
Mas não morria, a esperança minha.
Eu levantava,
Disfarçava um riso,
Porém, nada me acalmava.
Essa espera foi assim:
Um dia de agonia
Que parecia não ter fim!

Caxias -MA, 19 de outubro de 2014.
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BABILÔNIA
Elany Morais

É um turbilhão de informações incoerentes, desencontradas, mentirosas, descaradas... O mundo enfureceu-se, mastiga todas as verdades, excreta- as, no lixo. A lealdade agora é apenas farejada. A liberdade se perdeu. A razão enlouqueceu e o que se profetizou não deu.

Todos estão à beira do moinho. Não há caminho certo para seguir. Os olhos se embaçaram. Não se sabe mais quem são os injuriados, injustiçados, desamados ou desalmados. Todo mundo quer. Mas há os que descansam os pés, espoliam o outro e zombam de qualquer fé.

A babilônia chegou. É uma profusão de vaidades, de quereres, de ganâncias, de maledicências e de insanidades. As virtudes se transfiguraram. A humildade se vestiu de hipocrisia, o egoísmo  e o egocentrismo antimoral na mente de muitos se solidificaram.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

sábado, 18 de outubro de 2014

UM GESTO FRIO
Elany Morais

De longe, fez-me um sinal
Com um gesto meio estranho,...
Sem dizer coisa e tal
De uma frieza sem tamanho!


Ao ver isso, eu mesma cismo
Que há um gesto a granel,
Sem uma doçura de mel
Que me leva ao abismo!!

Ela parecia uma imagem antiga
Que eu tentava esquecer
De uma impiedosa amiga
Que me fizera sofrer!

Caxias - MA, 18 de outubro de 2014.
 

IMPREVISÍVEL

IMPREVISÍVEL
Elany Morais

A inconstância do meu ser,
Esse ser que tenho que conviver...
Transformou-se em coisa mista,
Não permanece em situação qualquer,
Vive a aparecer ou a fugir de vista.


Quem ousa dizer quem sou?
Se eu nunca permaneço,
Nem a mim eu me conheço
E muito menos para onde vou.

O meu ser é imprevisível
Ora aparece, ora não é visto,
Desconhece o insensível,
Não se adapta ao imprevisto,
Quem duvida do impossível?

Caxias - MA, 18 de outubro de 2014.

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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

SE A TI IMPLORO

SE A TI IMPLORO
Elany Morais

Se a ti imploro, em cada vão momento,
Meu coração solta o mais profundo gemido
Que ecoa longe, nos ares, que leva o vento
E o espírito padece o que nunca havia sentido!

Se a ti imploro, em todo e qualquer instante,
Minha alma sangra como um coração partido
De um ser doído que anda no mundo errante,
Soltando alto o seu mais profundo gemido!

Se a ti imploro, pelo que nunca sentiu,
Meu alma cai no mais terrível borralho,
Sem receber deveras o que em ti não cabe

Nem ao menos sequer jamais sentiu
Ou houvesse esperança em um baralho,
Mas o futuro de alguém nunca se sabe!

Caxias - MA, 15 de outubro de 2014.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

PROFESSORA

PROFESSORA
Elany Morais

Sou professora por natureza,
Mas estou em construção,
Ao ver no pequeno sua grandeza
Nasce em mim satisfação.

Como professora,

Preciso me reinventar,
Pois se ouso ficar parada,
Alguém não sai do lugar. 

Caxias - MA, 15  de outubro de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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terça-feira, 14 de outubro de 2014

O FILHO QUE NÃO VEIO



O FILHO QUE NÃO VEIO
Elany Morais

Um filho que não veio,
O medo gritou forte...
E a coragem se desfez.


Desfez-se no tempo,
Uma jura não cumprida
Da origem de um rebento.

Em sonhos em ele vem
Como outrora eu sonhara
Mas não dizia para ninguém.

Caxias - MA, 14 de outubro de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

SONHO

SONHO
Elany Morais

O sonho se perdeu,
No espelho, tua imagem,...
Eu jurava que era eu.


O sonho não vingou,
A ruga em plena face
Foi tudo o que sobrou!

O tempo se findou,
Os olhos se curvaram
Por um sonho que acabou!

Caxias - MA, 14 de outubro de 2014

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MULHER MADURA
Elany Morais

No passado ficou
Uma história que deixei...
De uma mulher madura
Como um dia eu serei!


Sonhou, clamou, desejou amar,
Mas sofreu e chorou quando
Viu seu mundo desabar.

Forte, amante e destemida,
Colheu flores, falou baixo,
Seus passos seguiram na partida
Sobre as margens de um riacho.

Caxias - MA, 14 de outubro de 2014.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O QUE SOBROU DE MIM
Elany Morais

Agora o que me resta
É apenas o que sobrou de mim....
Como córrego na floresta
Meus passos nunca têm fim .


Vaguei entre vales e arvoredos
Vesti-me de fios e de folhagem,
Sem desnudar meus íntimos segredos,
Mas a revelar uma triste imagem!

Nas pedras, paro, sinto-me e sento
Vendo apenas o que sobrou de mim,
Deixando-me guiar pela voz do vento
Numa lida que nunca tem fim!

Caxias - MA, 13 de outubro de 2014.

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CAMINHO

CAMINHO
Elany Morais

Naquele caminho
Escuro e profundo...
O que lá me espera
Que descolore mais
Este mundo?

E com olhos fundos
Vou nesse caminho
Escuro e profundo!

Em passos esquecidos,
Sozinha nesse caminho
Ensaio um sorriso!

Caxias - MA, 13 de outubro de 2014.


  

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

SONHOS VÁRIOS

SONHOS VÁRIOS
Elany Morais

Ela invadiu meus sonhos vários.
Chegava mansa, com modos castos,...
Vestido longo e um pouco gasto
E sobre as mãos, os velhos diários!

Via-a santa, com seus sacrários,
Rogava o fim dos dias nefastos.
Flutuava, leve, em mares vastos
Com seus encantos tão solitários!

Indiferente, ela invadia todo meu ser
E eu embarcava nessa aventura,
Mas sem saber que amar era sofrer

Que era uma viagem em rua escura,
Um sonho triste, indesejado e um padecer
Ou uma partida para o fundo da sepultura!

Caxias - MA, 08 de outubro de 2014.

Todos os direitos  reservados a Elany Morais


terça-feira, 7 de outubro de 2014

INCERTEZAS

INCERTEZAS
Elany Morais

Hoje, acorda-te. Vive: come, canta, ama, dança...
Tudo aqui é incerto... Nada se confirma.
Se ficarás no que tu amas, não se sabe.
Então, se há ou se houve raízes, quem confirma?
Levanta-te, a vida inteira é hoje!
Possibilidades... Possibilidades...
Hoje é tudo, amanha é nada, não sabes.
Se muito foi te dado, se de ti vai ser tirado...
Incerto... Incerto...Incertezas... E mais... Viva, viva hoje!

Caxias - MA, 07 de outubro de 2014.

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CANÇÃO TARDIA

CANÇÃO TARDIA
Elany Morais

Perdoa-me se não te sinto.
Não posso chagar a ti....
Estou presa nesse mundo
E do amor me perdi.

Para que me serve tanto amor
Se tenho preguiça de sentir?
Fizeste para mim tapete de flores,
Mas nas dores me perdi!
De que me serve teu coração
Se nunca pude arrebata-lo?
Lamentarei por tudo que não fiz.
Talvez eu ainda faça uma canção
Por não ter entrado em teu coração
E ter mantido uma vida triste e infeliz!

Caxias - MA, 07 de outubro de 2014.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

TEMPO MARCADO

TEMPO MARCADO
Elany Morais

As noites vêm
Os dias vão...
Os dias vêm
As noites vão
E nesse vai e vem
A vida acaba em vão!


Caxias - MA, 06 de outubro de 2014

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sábado, 4 de outubro de 2014

MEU SERTÃO

MEU SERTÃO
Elany Morais

Desde pequenina,
Vi meu sertão ser castigado.
Morria o arroz, morria o feijão, morria o gado.
Esta era a sina da minha sofrida terra: 
Morrer crianças, subir poeira, secar o rio, 
Enquanto o gado berra.
Hoje trazemos como tatuagem no peito
O preconceito e a violência de quem
Não sabe pensar direito, 
Ou até mesmo a indiferença de quem
Não tem o amor no peito!
Caxias - MA, 04 de outubro de 2014.
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MUDANÇAS

MUDANÇAS
Elany Morais

Olhos cansados de tantas exposições.
Apenas a curva das águas
E o cantar do pássaro são secretos.
O Nascer do Sol, de Monet, não mais
Impressiona.
No romper da manhã, vibram os sons
Urbanos, cheios de fadigas.
Ouvidos estão mortos para a sonata de
Beethoven.
Grunhidos humanos povoam  o cenário
Fétido e nefasto.
O namoro com a vida parece que findou.

Não se cresce mais para dentro.
É show de banalizações...
Nenhuma canção se toca mais na hora errada.
A honestidade foi jogada na estrada.
E agora já não há mais dois lados
Para bater os corações.

Caxias - MA, 04 de outubro de 2014.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O SABIÁ

O SABIÁ
Elany Morais

A festa do sabiá
Pelo dia, pelo sol,
Pelas rosas, pelo acasalar,
Pelas árvores frondosas
Vibrantes, à beira mar.

O canto do sabiá
Festeja a mata, o rio,
A sombra, as pedras
E as flores que brotam
Do pé de maracujá!

Se o sabiá não mais cantar
É pelo fogo, é pela morte
É pela seca, é pelo jogo
Que corta os pés de jacarandá.

Mas se o sabiá um dia acordar
É pela vida, é pelo amor,
É pela fé... É pela força
Que a natureza tem de ressuscitar!

Caxias - MA, 03 de outubro de 2014.


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NO MATO

NO MATO
Elany Morais

E foi assim:
No meio do mato,
Pus-me a embalar,
Com a voz do pássaro
Que parecia uma canção.
Sonhei acordada, sob as águas
Do rio, que nada mais
Mancharia meu coração! 

Um barulho, um silêncio, um silvo...
Assomou-me de uma forma qualquer
Como se eu fosse uma presa fácil
De bichos, cobras e jacaré...

Caxias- MA, 03 de outubro de 2014.

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FACES

FACESElany Morais

Talvez eu não seja mulher de fases,
Mas sou de múltiplas faces!
Como ser única em um mundo múltiplo?
Posso não ser completa,
Mas sou  esperta,
Quando deixo certas normas com tanta pressa!
Normas que me punem, que amarram minha liberdade,
Que me privam da leveza ou de toda e qualquer verdade!

Tenho faces, sim!
 Elas são compostas de multiplicidades,
Pois de tudo nelas há:
O amor, o ódio, a castidade, a sedução...
Mas acima de tudo, a imperfeição!
Assim,  não hás de pensar
Nem querer de mim aquilo que não posso dar.

Caxias - MA, 03 de outubro de 2014.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CAMINHOS

CAMINHOS
Elany Morais

À minha frente,
Desfilam infinitos caminhos:
Floridos,
Santos,
Tortos
E de prantos!
Meus passos indecisos
Vacilam, correm, voltam
E com retornos indecisos,
A mim sempre me forçam!
Se pudesse eu apalpar cada caminho,
Meus olhos veriam infinitos destinos
De permanência ou retorno certo,
Sempre tendo como aviso o sino
De que em qualquer caminho há
Um futuro aberto!

Caxias - MA, 01 de outubro de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais



 

IMORTAL

IMORTAL
Elany Morais

Como árvore hei de morrer, mas minhas folhas
Permanecerão verdes, vívidas e luminosas.
Minhas raízes não apodrecerão, fincadas 
Subsistirão a ação do tempo que não para.
Do meu caule, brotarão lágrimas que banharão
As pedras, sob o sol escaldante, em terra seca.
O tronco sustentará  as folhas enfeitadas de fitas
Verdes, prontas para dançar a dança da chuva 
matinal.
Sobre a copa, ainda restará a melodia dos pássaros
Que festejarão minha presença em vida e em poesia.
Assim, não morre quem não quer deixar a vida.

Caxias - MA, 01 de setembro de 2014.

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A DOR

A DOR
Elany Morais

A dor que aperta o peito
É como espinho quando faz um furo...
Para quem não sente tudo está perfeito,
Mas para o sofredor não há mais futuro!


A dor que aperta o peito
É como ramo que só tem espinho
Por mais que se pegue direito,
Mas há quem não sofra um furinho!

A dor que aperta o peito
É como pescador que abandona o mar
Esquecer do que sentiu não há jeito
E muito menos do motivo não lembrar!

Caxias - MA, 01 de outubro de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais