Sou educadora e escritora

domingo, 31 de agosto de 2014

DECLÍVEL

DECLÍVEL
Elany Morais

Eu sou um mar, amor,
Na calmaria, minhas mãos te afagam,
Nas tempestades, minhas ondas te tragam,...
Nos dias claros, pinto o ar do sol se por,
Nos dias quentes, o manto frio eu te ofereço,
Nos terremotos, esqueço-te e não te obedeço.

Caxias - MA, 31 de agosto de 2014.

FACES

FACES
Elany Morais

Com tua língua, bendizes o dia e maldizes a noite,
Com tua boca, fazes pazes e muitas guerras,
Com tuas mãos, libertas pés e imprimes açoite,
Com teus pés, feres cabeças e pisas a terra.
 
Caxias - MA, 31 de agosto de 2014.
 
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SEGREDO

SEGREDO
 
Sempre acordo cedo
Com uma ideia bem clara
De que a vida é um segredo
Que zomba da nossa cara!

Elany Morais

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MAR DE DESEJOS

MAR DE DESEJOS
Elany Morais

Navegas sobre mim como se eu fosse o mar.
Adentra-me logo, pois serei teu barco
Para que possas em mim navegar.
Serei rio, serei mar, serei águas seguras
Para que navegues sem medo, sem pesar.

Caxias -MA, 01 de setembro de 2014.
 
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sábado, 30 de agosto de 2014

A VIOLÊNCIA E A CRIANÇA


A infância é a fase mais delicada da vida do ser humano, porque é nesse período que a personalidade dele se forma, permanecendo até a vida adulta. Por isso, faz-se necessário todo cuidado e atenção dos responsáveis, na formação da criança.

Atualmente, é possível perceber que essa atenção, por parte dos cuidadores, quase inexiste. Isso pode ser, perfeitamente, comprovado pela existência do alto índice de violência entre os jovens.

Como a violência pode afetar a personalidade da criança?

A violência doméstica é um dos fatores determinante do comportamento violento do jovem. Pois as ações agressivas dos pais são internalizadas pelos filhos. Fazendo com que estes, na maiorias das vezes, abandonem a escola para se envolverem em atividades perigosas ou ilícitas.

Outra forma de influência da violência à mentalidade da criança é o adentramento de viodeogames, da mídia...Nos lares. É muito comum os noticiários e as novelas retratarem casos de violência entres familiares, amigos, torcedores etc. Dessa forma, faz com a violência se torne algo banal.

Depois do que foi visto, pode-se constatar que é responsabilidade da família ou cuidadores proporcionar um ambiente saudável para a formação da personalidade da criança. Pois só assim, teremos uma joventude e, consequentemente, uma sociedade menos violenta.


Caxias - MA, 30 de agosto de 2014.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DESESPERO

DESESPERO

Elany Morais

Desesperança e desespero é um tormento
Que não almejo, não prevejo nem espero,
Mas vicia-me, deixando o que não quero,
Suplantando a razão do meu tormento!!!

Como buscar dessa dor o entendimento?
Se a inconsciência leva ao vil desespero?
De olhos cerrados ficar ainda não quero
Senão para viver a paz por um momento.

Ah!  Desespero, se tu não mais durares
Se fosses tu um breve e puro engano
Que tens um simples susto a me dares

Que é suportável para todo ser humano,
A vida seria um puro aroma de pomares
Banhada pelas águas cristalina do oceano!

Caxias - MA, 27 de agosto de 2014.

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PEDINTES

PEDINTES
Elany Morais

 Lágrimas rolam de porta em porta,
Sob sol e chuva, mas ninguém se importa.
Surdos estão todos os ouvidos,
Braços estendidos, mãos direitas
Pedem com vozes imperfeitas,
Porém, ninguém é ouvido!!!
Que tanta indiferença para tantos ais!!
Seres tu ou outra pessoa
Que vaga de porta em porta como gente à toa,
Com uma sorte boa que não vem jamais
E uns olhos que não lhes cabem mais no rosto
Como se padecesse de um infeliz encosto
De modo que a felicidade de nada lhe pareça
Um longínquo pensamento que não vem a cabeça.

Caxias - MA, 27 de agosto de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany morais

terça-feira, 26 de agosto de 2014

SONHO PERDIDO

SONHO PERDIDO
Elany Morais

Ela disse-me a chorar:
Vai, continua andando,
Se por ti passarem perguntando,
Dizes: todo amor um dia há de acabar.

Parti, sem rir e sem chorar,
Vendo meu sonho se acabando,
Em dias de trevas e em noite sem luar,
Mas sem a mim ninguém  interrogando!

Com pensamentos vagos nos caminhos,
Andava sem se quer me perguntar
Se ainda encontraria aquele carinho
Que me fazia na vida levitar.

Caxias - MA, 26 de agosto de 2014.

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PRAZER DOS CORPOS

PRAZER DOS CORPOS
Elany Morais

Quando minha pele encontra a tua 
Parece fusão de ondas....
Mãos sobem relevos,
Línguas, braços, pernas e pelos...
Sentidos nada mais sondam.

Corpos contorcem em excessos,
Unhas vibram às escondidas
Sobre vontades quentes, reprimidas,
Gritos sem parcimônia,
Peles nuas, língua solta,
Sem pudor, sem culpa e sem vergonha.

Caxias - MA, 26 de agosto de 2014.

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O GRITO

O GRITO
Elany Morais

Da minha boca o grito sai.
Mas não sai docemente
Como uma melodia...
Que encanta a gente.
Não é um grito de alegria
Que em qualquer dia
Solta-se cheio de amor.
Mas é um grito
Que sai do coração,
Evocando lembranças
De quando eu ainda era criança
A correr na rua
Aterrorizada, quase nua
Como se fosse criança
Feliz a brincar na chuva.

Caxias - MA, 26 de agosto de 2014.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

MOVIMENTO

MOVIMENTO
Elany Morais

Senta,
Levanta,
Se movimenta,...
Mexe a cabeça,
Não esqueça a gaveta,
Sopra a poeira,
Não fica de bobeira,
Sobe e desce a ladeira.

Senta,
Abre o jornal
Veja que moral,
A lei imoral!

Senta,
Levanta
A vida agora não cessa
Mas tudo tem pressa.
Morrerá assim,
Se continuarás nessa!

Caxias - MA, 25 de agosto de 2014.
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ALMAS PRESAS

ALMAS PRESAS
Elany Morais

Almas que vivem presas, sem exceção,
Pois o sol não viu em seu clarão,
Presas estão em seus pensamentos,
Sem ao menos ousar um só movimento.
Mortos estão os seus ideias
Porque a busca não houve jamais
Ficaram oscilando para velhas coisas
Como se tudo já estivesse escrito em lousas
Para uma alma vagante e só,
Onde tudo o que lhe esperava era a poeira e pó.

Caxias - MA, 25 de agosto de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais


RELÓGIO

O RELÓGIO
Elany Morais

Relógio corre
Momentos vão
Tudo ao mesmo tempo ocorre...
Menos o alargamento da visão.

Bem que senti
Que o bem atrás deixei
Pois não vejo nada aqui
Ocorrer conforme a lei.

Ninguém, até duvido
Que desejo tenha
De amar alguém
Mas de esperança ainda
Se mantém.

 Caxias - MA, 25 de agosto de 2014.

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domingo, 24 de agosto de 2014

MARTÍRIO

 
MARTÍRIO

Elany Morais

Este é meu martírio
O meu sufoco
Porta sem retorno
Uma ida sideral.

Ele  é minha flecha
Que penetra com requinte
Sem sequer um ouvinte
Em rede nacional.

Será que é a minha sina?
Ou o meu dilema?
Ou cenário da minha cena?
Ou os muros do meu quintal?

Se tudo é apenas a metade
Não sentirei saudade
No centro do meu divã
De qualquer noite
Ou de qualquer manhã.

Caxias - MA, 24 de agosto de 2014.

 Todos os direitos reservados a Elany Morais

sábado, 23 de agosto de 2014

MEUS VERSOS A REVELAR

 
MEUS VERSOS A REVELAR

Elany Morais

Meu medo vem de berço,
Mas não revelo porque não quero.
Dissimulo quando converso,
Deixando vestígios quando faço versos.

Enfrento a vida por enfrentar,
Senão meu existir não passará disto:
Ser metade, fácil e presa de vício
E corpo na superfície sem força para voar.

E para que mais sirvo?
Sem coragem para observar
O mundo que é perverso
Revelado em meus tímidos versos
Mas sem força para enfrentar!

Caxias - MA, 23 de agosto de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

1º ANIVERSÁRIO DO BLOG DA PROFESSORA E EDUCADORA ELANY MORAIS

1º ANIVERSÁRIO DO BLOG DA PROFESSORA E EDUCADORA ELANY MORAIS

23 de agosto de 2013, foi nesse dia que
Uma certa moça dada a alma humana,
Artista, gentil e de muita alegria,
Que vive a combater de muitos a agonia (Néa Tauil),...
Quando viu minha humilde poesia ,
Disse-me, com certa euforia:
Farei para ti uma casa de poesia,
Pois lá deverás depositar todos os dias,
Tuas palavras cheia de magia.
Essa será tua missão, dia após dia,
Levar ao encontro de muitos o prazer que proporciona a poesia.

Hoje é uma data que eu não poderia deixar de evidenciar, pois é o aniversário de um (1) ano do meu blog, com a marca registrada de 137. 675 acessos. Fato esse muito gratificante para minha pessoa, pois este é o sonho de todos que escrevem: serem lidos. Além de parabeniza-lo, convém-me agradecer a amiga Néa Tauil por seu apoio, que foi imprescindível para a existência dele.
PARABÉNS...!!!!!

Caxias - MA, 23 de agosto de 2014.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

DESCONHECIDA

DESCONHECIDA
Elany Morais

Ontem eu ainda não me conhecia.
Muitos diziam eu ser o que não era,
Nunca fui como falavam deveras...
Por eu não ser clara como a luz do dia!

O que eu realmente era eu não sabia
Era engano tudo que de mim dissera
Fiz de minha vida uma quimera,
Ao me procurar, mas eu não me via!

Se não me encontro, seria triste e louca
Que ninguém decifraria num simples olhar
Ou ouvir falar de mim da minha própria boca,
Sem ao menos ter a chance de poder duvidar.

Caxias - MA, 21 de agosto 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

OUVE-TE

OUVE-TE
Elany Morais

Se tu não ouves o silêncio ondulado
Falta-te apurar os ouvidos
Para o eco que vem dobrado!...

Ouves a surda voz, curva-te para o chão
Inflama-te para enganos e risos largos,
Que não procedem do coração !!

Se tu não ouves o que ainda não conhecias,
Julgarás que és aqui ser sem ser
Sem respeitar-te com todas honrarias!

Caxias - MA, 21 de agosto de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

LIBERDADE, LIBERDADE

LIBERDADE, LIBERDADE
Elany Morais

Abram as correntes, deixem-me ir.
Dizem que estou solta, mas prendem-me
A mente. Piam-me os pés e apertam-me
A mãos.
Dizem que livre estou, porém veem perigo
Nisso.
Guilhôes, não quero mais. É peso, é bola, ...
Contudo não gira.

Caxias - MA, 21 de agosto de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

terça-feira, 19 de agosto de 2014

EDUCAR NÃO É BATER

BATER NÃO É EDUCAR
Elany Morais

É indiscutível que a criança é um ser em constante desenvolvimento, em constante aprendizado. E, sendo criança, a contestação e a desobediência fazem parte do comportamento normal dela. Já no que concerne aos pais, estes têm como função e obrigação educá-las. Portanto, tem o dever de ensinar aos filhos os limites. Crianças que crescem sem limitação ou com excesso de limites, jamais serão adultos saudáveis. Infelizmente, atualmente temos muitos adultos com sérios problemas comportamentais, em decorrência da ausência de limites
e outros com excesso de limites. A questão discutida aqui é a forma como esses limites são estabelecidos. Por isso, esse é um assunto bastante
controverso. De um lado, pais que defendem "a palmada pedagógica", do outro; educadores que discordam de tal atitude.
Mas a pergunta que não quer calar: É possível educar uma criança sem castigos físicos? sim, é possível educar sem bater, mas para isso é preciso rever valores. É preciso reaprender a educar, ou seja, trocar a palmada por espaços para conversar, dialogar sem agressividade, algo que não desqualifique a criança, mas a faça refletir sobre o seu comportamento. É bom destacar que para aprender determinados comportamentos, a criança apanha, ela se habitua a aprendizagem por punição e quando há o desejo dos pais de dialogar, esse espaço já foi perdido.
Atualmente, vê-se pais bastante inseguros diante dos filhos. Isso é muito preocupante porque as crianças são capazes de perceberem esta insegurança, principalmente, no que se referem a posturas, condutas e valores. Não se pode negar que este fato é desastroso para a educação dos jovens. É necessário que os pais demonstrem firmeza e determinação na instrução dos filhos e para isso precisam questionar o próprio aprendizado. É certo que adotar tal atitude não é tarefa fácil. Mas deve-se rejeitar qualquer forma de castigo físico. Mesmo que não seja graves agressões. Jamais aceitar a justificativa e incentivo de que bater é uma forma saudável de educar. Dessa forma, os filhos poderão ter seus comportamentos melhorados pela mediação dos pais que se tornam facilitadores da aprendizagem e cuidadores que promovem o crescimento físico, mental emocional e social porque são pessoas que estão dispostas a educar com amor.
Por questões culturais, muitas pessoas não conseguem entender que o normal é educar sem violência. Penso não ser exagero considerar a palmada um ato de covardia, pois há uma imensa desproporcionalidade entre a criança e o adulto. Por isso, é possível afirmar que a surra( palmada) é uma forma de violência contra a criança. É perceptível que ela até serve como forma de controle, mas a criança entenderá que os pais sempre perderão o equilíbrio diante da desobediência dela. É nesse momento que ela perceberá a falta de conhecimento e de firmeza dos seus cuidadores. Vale ainda destacar que esse descontrole será aprendido, assimilado pelo filho e reproduzido nas futuras gerações. Em vista disso, faz-se necessário romper com esse comportamento anacrônico, desfazer-se desse vínculo cultual perverso.
Por fim, acredito ser importante uma mudança de comportamento dos pais em relação aos filhos. É preciso que os pais aprendam uma nova forma de educar que não seja pelo caminho da violência. Sou a favor do carinho, do afeto, da presença, dos cuidados constantes, do bom exemplo e da autoridade firme que estabelece limites através do diálogo e respeito pelos direitos dos filhos.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Diário de Caxias : Não acenda luz para pêlos ( Elany Morais).

Diário de Caxias : Não acenda luz para pêlos ( Elany Morais).:  Por Elany Morais -  NÃO ACENDA LUZ PARA PÊLOS - O desvario de qualquer pessoa pode começar, quando se procura pêlos em ovo. Que droga! Ess...

UM NOVO DIA

UM NOVO DIA
Elany Morais

Hoje, logo nos primeiros raios de sol, pus-me a contemplar o que há muito passava por mim totalmente despercebido, fixei-me no bater de asas de um pássaro que pousava na árvore que dava de frente para minha janel...a lateral. Percebi que eu não estava entardecendo, como nos outros dias. A vida não pesava nos ombros. Meus olhos estavam descansados. A retina estava límpida. Eu estava leve. Tudo parecia fazer sentido.

Eu sentia a dança das cadeiras em mim. Convencia-me de que a felicidade apossava-se do único assento vazio que havia. Dei por mim a compreender que não é difícil amar e ser amada. Que as flores do casamento podem suplantar os espinhos. Que viver a dois pode ser dois céus.

Hoje, nas primeiras horas do dia, eu estava em comunhão comigo. Estava plena, por saber receber o que de bom me era oferecido. Por isso, foi-me possível ver o saltitar do pássaro e sentir a melodia que era só minha. Tudo isso só foi possível porque o amor estava a me fazer feliz.

Caxias - MA, 17 de agosto de 2014.
Todos os direitos reservados  a Elany Morais

domingo, 17 de agosto de 2014

MENTES MACIAS

MENTES MACIAS
Elany Morais

O que me espera nesta vida?
Lida, morte e ferida.
O que nela vejo?...
O que não se vê, o que não veio
Nem vem.
O que aqui me abranda?
A bruma, mesmo que breve
E a bela bandeira branca
Posta pelos apaziguadores
De mentes mais macias
Que viaja sem ouvir vozes velozes.
O que mais posso querer? Não sei,
Só sei que jamais poderei querer
aquilo que querem para mim que
Não hei nunca de querer,
Pois não sou desejosa das
Posses de Aquiles.

Caxias -MA, 17 de agosto de 2014.

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NÃO ACENDA LUZ PARA PELOS

NÃO ACENDA LUZ PARA PELOS
Elany Morais

O desvario de qualquer pessoa pode começar, quando se procura pelos em ovo. Que droga! Essa de inventarem que divisão de amores é infidelidade, traição...
...
O negócio é o seguinte: traição não é amar mais de um coração. Mas se você puser em prática essa teoria, seu sonho de casamento, de namoro, de paz, de qualquer coisa que permite o sono dos justos.... Acaba, não sobrará nada, nem mesmo essa crônica cansada, de domingo. Pois esta será a primeira a voar pelos ares. Por falar nisso - acabo de ler que mais uma mulher foi assassinada por ter amado demais e mais - desta vez ela só queria ser desejada por mais de um homem. As pessoas só querem dividir coisas ruins, como: problema, dor na canela... Mas dividir o... Deixa para lá...
Voltando ao pelo em ovo. Há pouco tempo, aconteceu que um casal desfez o casamento deles, de trinta(30) anos, por causa de um rato. Em virtude disso, alerto-os para o que direi subsequentemente: quando se arma uma ratoeira, você pode ser a própria vítima. (Não sei quem foi o desgraçado que inventou essas armadilhas). Mas, o fato é o seguinte: guarde seus segredos no fundo do mar, pois nem todo mundo sabe amar, nem entender o que estou tentando falar, mas se o leitor não estiver entendendo, deve ser porque não sou boa nessas coisas de contar. E por não ser mestra nisso, é que minha crônica, aqui , vou encerrar.

Caxias - MA, 17 de agosto de 2014.

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sábado, 16 de agosto de 2014

DESEJO VULCANIZADO ELANY MORAIS


MARINA

MARINA
Elany Morais

Sentes esse amor de luzes coroado?
Em poesia, nossa lua convertida?
Vês nossas vidas aqui guarnecida?...
Sentes nosso amor de flores adornado?

Esse mundo deixaremos; vês aquele lago,
As flores ficarão esmaecidas?
Essa sina por nós será presumida?
Ou nosso bem-querer por todos lisonjeado?

Esqueça o futuro, venha cá, minha amada;
Sentes na pele esta água cristalina
Que torna tua face lavada?

Vês que sou como tua pele fina?
Sentes o que me faz bem? Ou não vês nada
A tua frente, senhorita Marina?

Todas os direitos reservados a Elany Morais


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ERA PARA SER

ERA PARA SER
Elany Morais

A vida era para ser bela
Igual se vê nos livros
Ou nas cenas de novela. ...

Quem se preocupa com ela
Corta a alma em partes,
Sem conhecer a verdade dela.

A vida era para ser bela
Igual se quer viver
Ou nos sonhos que se
Tem com ela.

A vida é como uma aquarela
Se demasiada for a água,
Não haverá nenhuma cor bela.

Caxias - MA, 14 de agosto de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

OLHA-ME

OLHA-ME
Elany Morais

Na retina dos meus olhos,
Verás que meu riso é teu,
Ainda há desejos ocultos...
E revelar não é destino meu.

Olha-me nos olhos meus
Que verás um manso mar,
Onde dentro hás de perder-te
Como fazes em meu olhar.

Caxias - MA, 13 de agosto de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

TEU OLHAR

TEU OLHAR
Elany Morais

Em mim, teu olhar fez-se alvorada,
O teu corpo fez-se meu belo ninho
E por ti fiz-me louca apaixonada...
A deixar meu corpo em desalinho!

Tu vives a embriagar-me como vinho,
E a fazer de mim uma tela a pincelada,
Pões-te a perder nas mechas desatadas
E a me levar por todo o teu caminho!

Amacia-me com as cores de verbena,
Deixando-me mais doce e mais serena,
Se foi para o amor que hoje renasci,

Abraçar-te-ei com mais puro desejo,
Pois em mim, só és tu que sempre vejo,
Mas que no passado eu sei que te perdi!

Caxias - MA, 13 de agosto de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

terça-feira, 12 de agosto de 2014

DESCONFIGURAÇÃO

DESCONFIGURAÇÃO
Elany Morais

Em dias de chuvas, fico desorganizada. Encho-me de toda covardia possível. A coragem me acena de tão longe que quase não a vejo. A...ssim, ponho a me juntar devagarinho. Tento recompor-me daquilo que me falta. É tarefa difícil. Doidamente, perco-me nesse dias. Meu ritmo nesses momentos é eternamente vacilante. Minha tessitura torna-se vulnerável. A fraqueza invade a camada mais profunda do meu ser. É apenas isto que sobra de mim: o grito da covardia.
Com a chuva, vem minha temível sentença: escolher entre continuar tentando achar-me ou alimentar-me do veneno que brota dos meus pensamentos. Parece até do fim do mundo. Mas é apenas o meu desintegrar. Isso pode até ser supérfluo, entretanto, se minha morte súbita for, então o é. Tarefa fácil é me desconfigurar nos dias chuvosos.

Caxias - MA, 12 de agosto de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

CORAÇÃO X RAZÃO

RAZÃO X CORAÇÃO
Elany Morais

Por que tanto espaço para razão
Se cabe nele também o coração?
Sem consentimento não haverá ...
Lugar para sentimento.

Se abrigarmos somente a razão
Morreremos a mendigar amor
Como um cão.

Então, para não viver em vão
É preciso ouvir a voz do coração,
Mesmo que não ele tenha razão!

Caxias - MA, 12 de agosto de 2014.


Todos os direitos reservados a Elany Morais


domingo, 10 de agosto de 2014

MUDANÇAS

MUDANÇAS
Elany Morais
 
Não sou a de ontem.

Mudo todos os dias.
E a vida, sem pressa
Vira-me do avesso.

Viro as gavetas do
Meu ser, vou laçadas
Nas mudanças.
Como lua passo
E como sol, todos
Os dias, renasço!

Mudo de pele todas
Horas, e como rio que
Corre, sigo para  as
Mudanças com pressa
E sem demora!

Caxias -MA, 10 de julho de agosto.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

DESENCONTRO

DESENCONTRO
Elany Morais

Tu podes dizer que tudo foi pouco,
Menos o silêncio, o frio dos lençóis
O deserto do quarto, as lágrimas...
E as despedidas despropositadas!
Houve muito mais que isso.
E as palavras gastas inutilmente?
O amor escapava dos nossos corações,
Olhares não eram sentidos.
Eu estava nas entrelinhas.
As rosas se fechavam para nós.
As noites nunca foram nossas.
Nossas coragens não se excediam,
Nossos caminhos se cortavam,
Qualquer palavras era constrangedora,
E assim, tu foste com apenas a sombra
Do que poderia ter sido, mas nunca seria!

Caxias - MA, 10 de agosto de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

Aquece me


REDOMA DA DOR

VERCENDORA DO CONCURSO ( PÁGINA QUERO PUBLICAR UM LIVRO)

REDOMA DA DOR
Elany Morais

Minha dor é uma redoma ideal...
Com solidão cortante e sombria,
Onde um abraço nada mais faria,...
Num destino escuro e sepultural.

As paredes desenham as agonias
Com gemidos por um súbito mal,
Prevendo a triste vinda do funeral
A bater na porta em qualquer dia.

Minha dor é um cofre de martírios,
Onde não há a felicidade dos lírios
Nem a esperança e paz de alguém.

Nessa redoma onde sempre moro,
Não existem dias que eu não choro,
Mesmo assim não aparece ninguém.

sábado, 9 de agosto de 2014

POSSE


POSSE
Elany Morais
 
Experimentei teu amor, calada!
Debrucei-me sobre teus seios
Que sob mim arfava.
Sorvi o mel dos teus lábios,
Cantei nossa canção
Em ritmo de um simples fado.
Chorei em teu ombro,
Em soluços eu lamentava por
O tempo ser esse eterno assombro.
Abracei-a com os braços hirtos
E possessivos,
Com a boca lúgubre de desejo
Como nunca se tinha visto.
Caxias - MA, 09 de 2014.
 
Todos os direitos reservados a Elany Morais

OLHOS TRISTES

 
OLHOS TRISTES

Elany Morais
 
Tua voz no coração,

Teus passos no silêncio
E a esperança ecoando em mim.
De olhos tristes e mãos violentas,
Eu erguia os braços no espaço,
Sem nenhuma visão de vida.
Assim, abri as cortinas com
Um riso frouxo,  de medo e de desprezo
Pela sombra que ocultava meus amores.
Eu molhava os pés com as lágrimas  de uns
Olhos tristes e verdes da cor do mar.

Caxias - MA, 09 de agosto de 2014.


Todos os direitos reservados a Elany Morais

 

CONCURSO: QUERO PUBLICAR UM LIVRO

Minha participação do concurso: Quero Publicar um Livro, foi com bastante êxito. Só tenho a agradecer aos leitores de meus textos literários. Isto é a glória de qualquer pessoa que escreve: ser
lido. ( Elany Morais)
PARABÉNS A TODOS OS GANHADORES.

 A CLASSIFICAÇÃO FOI DE ACORDO COM O NÚMERO DE CURTIDAS DAS SINOPSES.(como foi avisado antes.).

*A primeira colocada peço que entre em contato com a página pelo inbox.( mensagem.)
 
Minha participação do concurso: Quero Publicar um Livro, foi com bastante êxito. Só tenho a agradecer aos leitores de meus textos literários. Isto é a glória de qualquer pessoa que escreve: ser lido. ( Elany Morais)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

MEU PRIMEIRO AMOR

MEU PRIMEIRO AMOR
Elany Morais

Que bom que o primeiro amor  não determina o futuro dos que ocuparão o maior número possível  das posições ordinais!

Meu primeiro amor foi um vendaval no deserto. Todos os grãos de areia procuravam abrigo em meus sensíveis olhos. Lembro perfeitamente quanto tempo durou. Mas enquanto durava, eu guerreava com a dor. A decepção nocauteava a admiração. É incrível esse poder que nossa mente tem de guardar somente aquilo que lhe convém.

Quando eu cursava a sétima série do ensino fundamental, eu não sabia que, no nosso estômago, ocorria festa ácida, e que meu coração se tornaria especialista cego em amar. Era aquele amar sem pressa de acabar. Pois bem, vamos ao que interessa. Nesse período, percebi que o amor era uma sentença de morte lenta. O castigo maior era sofrer e não querer retroceder. Não desistir do espinho que furava a pele até os ossos. Sentir saudades do grito. Reivindicar o fel. Enfim, autorizar o padecer.

Quando esse primeiro amor estava se despedindo á sua maneira, meus olhos já estavam prontos para brilharem novamente. O coração já se ajustava. Vestia-se com vestes novas. Arrumava o salão, floria a passagem para novos convidados.

Um certo dia, quando acordei, vi que este amor de asas escuras, havia aberto a janela e voado pelos ares com toda sua escuridão, com todas as suas flechas envenenadas, ah, ah!! E assim, findou-se o primeiro amor.

Caxias - MA, 07 de agosto de 2014.

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

MEDO

MEDO
Elany Moais

O medo exigiu que
Do seu fel provasse
E eu indefesa...
Deixei que ele de mim
Se apossasse!

Mas de tudo eu faria
Para lançar pela boca
O medo que deixou
Essa vida oca!

Ainda com essa emoção
Mal lavada,
Não posso voar aos montes
Nem beber a vida leve
Que brota da límpida fonte!

Caxias - MA, 06 de agosto de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais


E AGORA?

E AGORA ?
Elany Morais

E agora?
Estou a repudiar o amargo dos infelizes,
A contemplar o soturno mar,...
A desfiar a teia da escuridão,
A lançar a mão para o brilho
Dos meus olhos capturar!
E agora?
Estou a recuperar meu riso singular,
A colorir o cinzento do céu,
A desvelar a esperança,
Abandonar os dias tormentosos,
E a me encantar com a fênix a revoar!

Caxias - MA, 06 de agosto de 2014.


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VOLTA

VOLTA
Elany Morais

Hei-de logo voltar,
Por enquanto estou
Presa no medo de retroceder....
A velha cadeira ainda
Embalará meus sonhos
Adormecidos.
O teto ainda será o aparador
De meus olhos quietos a
Espera do bem-querer!

Caxias - MA, 06 de agosto de 2014
 
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terça-feira, 5 de agosto de 2014

AQUELA CONVERSA

AQUELA VELHA CONVERSA
Elany Morais

Conversávamos sobre o assunto de sempre: o medo! Mas naquele momento, veio-me à lembrança de que eu já não temia mais a nada. Independente de qualquer situação. Os horrores desses tempos já havia anestesiado meu temor. Não existia medo de perder felicidade, pois não havia essa de mais feliz ou menos feliz. Então, eu não tinha medo de nada. Nem do grito noturno, nem sequer da flecha envenenada da pessoa amada.

Nem do abandono no meio do nada. Já foi aquela batida do coração receoso de ver o bem, o prazer voar pela janela sem promessa de volta. A ausência já foi meu bicho-papão. O prejuízo da perda secava meus olhos, por noites a fio. Mais isso, era no passado.

Assim é a vida: compensar-te-á com muitos dias, se um pouco de medo tiveres. Que sarcasmo! Ela gosta de te ver tremer, de engolir amargo, com olhos na máxima extensão. Mas solto minhas larvas de rebeldia, secando-me de qualquer medo ou devoção. Agora sim, não tenho medo de nada nem mesmo da solidão.

Caxias - MA, 05 de agosto de 2014.

IMPERFEIÇÃO

IMPERFEIÇÃO
Elany Morais

Se te pareço leviana ou por demais
Imperfeita,
Mira-te.
Porque sou apenas teu reflexo
Torto, deformado,
Inconformado!

Caxias - MA, 03 de agosto de 2014.

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DESEJO VULCANIZADO

DESEJO VULCANIZADO
Elany Morais

Tu trazes a mim esta desordem
De querer-te a todo instante!
Que meu destino seja sorver-te...
Até o amanhecer, sem essa
Culpa dos seres pensantes!

Desejar-te é a eternidade
Que arde interminavelmente,
Como as lavas vulcânicas
Que rompem sem pressa,
Sem medo de ser imprudente
Ou Indecente!

Caxias - MA, 04 de agosto de 2014.

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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PELEJA



PELEJA
Elany Morais

Que este medo não me turve  nem me siga.
E que o outro nunca disso se aperceba,
Que me salve de ser perseguida,
E que jamais eu perca essa peleja!

Caxias -MA, 04 de agosto de 2014.

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domingo, 3 de agosto de 2014

PEGA-ME

PEGA-ME
Elany Morais

Pega-me. Ponha tua boca macia sobre a minha boca
Sedenta.  Pega-me hoje. Esqueças o ontem.
Venha! Antes do disfarce do amor.
Pega-me! Crava teu corpo no meu, sem demora.
Suga-me. Respira meu sopro feroz!
Pega-me. O tempo do meu desejo é este.
Há fome aqui dentro. Acorda tuas mãos para mim.
Pega-me. A teia do mundo está urdida para nós.

Caxias - MA, 03 de agosto de 2014.
 
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MUDARAM-SE OS TEMPOS

MUDARAM-SE OS TEMPOS
Elany Morais
 
Não me caem bem os gostos lá de fora. Não compactuo com os deuses dessa gente.  Não descanso nessas praças incivilizadas. Estou em busca de outro caminho. Meus olhos querem pousar nos verdes naturais. Não engolirei o vômito da hipocrisia. Estou a galopar para outras paragens.

Não articulo com os interesses alheios unilaterais. Por isso, meu grito urge na garganta. Muda não serei jamais. Urrarei nos becos imundos. Acenderei uma luz em cada esquina. Não, as ideias lá de fora não me adormecem. A mim? Não me convencem.

Como por, em minha mão, uma pedra mortal? Sobreviver honesto consigo mesmo,  lá fora, é tarefa árdua. E por que não dizer que a vida assim é crua? Vejo tudo despencar. Há ninhos de víboras. Quero me lavar dessas nódoas. A podridão anda como bico de corvos. Os insultos perderam a sutileza. Há um encharcamento de horrores. O sinistro do tempo se aproxima. Não vou sussurrar. Grito alto: não me caem bem os gostos lá de fora.

Caxias -MA, 03 de agosto de 2014.
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sábado, 2 de agosto de 2014

FALSOS SANTOS

FALSOS SANTOS
Elany Morais

Qualquer que seja desses falsos santos,
Devemos precaver dos seus corações frios,
Pois eles nos trarão muitos enganos...
Sem esperar por alguns estios!

Há de se abafar o que sonhamos
Por transbordar neles só o vazio,
Se com alguns deles nos identificamos
É melhor se afagar no frio!

Caxias - MA, 02 de agosto de 2014.

SOU AQUELA

Sou o que de todos sobraram: o desejo do impossível, a verdade depois da mentira, a força verbal, a vida sem muros, a visão flecheira da ausência.(Elany Morais)

VISÕES

VISÕES
Elany Morais

Noites longas, profundas e caladas
Feitas de silêncios frios e ardentes,
De medos insanos e horas quentes,
Onde há dor na alma desfigurada!

Vejo imagens contritas esfaceladas
Como almas vagantes e dementes,
Com bocas hirtas e languescentes
Pelos caminhos escuros e estradas!

Eu via sombras mansas como lago
Como se viesse em busca de afago
Com palavras profundas e puras
Gritando alto a minha procura!

Caxias - MA, 02 de agosto de 2014.
 
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