Sou educadora e escritora

sábado, 26 de dezembro de 2020

 

Á Espreita Entrevista: Elany Morais


Autora fala sobre seus trabalhos, suas preferências literárias e projetos em andamento.

A entrevistada de hoje é a professora, escritora e entusiasta da leitura, Elany Morais.

Evan – Você é formada em letras/literatura e pós graduada em literatura brasileira. Só por isso já podemos imaginar que você é uma pessoa apaixonada pelos livros. Como foi que você passou de leitora à, também, escritora?

A autora Elany Morais e seus livro “Luz e Sombra”.

Elany – A escrita – por ser uma consequência da leitura – surgiu em minha vida depois de muito ler os clássicos da literatura brasileira, inglesa, francesa, russa… Essa passagem aconteceu de forma tão automática, até mesmo quase imperceptível por mim.

Evan – Quais são seus livros ou autores favoritos?

Elany – Crime e Castigo, do escritor russo Fiódor Dostoiévski, Memórias Póstumas Brás Cubas (Machado de Assis), A Hora da Estrela (Clarice Lispector), Eugénie Grandet, (Honoré de Balzac), O Crime do Padre Amaro (Eça de Queiroz) O Cortiço (Aluízo de Azevedo), Anna Karenina (Tolstoi)…

Evan – Como educadora no estado do Maranhão, você criou o projeto “Caminhos da Literatura”. Conte para nós um pouco sobre o projeto.

Elany – “Caminhos da Literatura”, na verdade, é o nome de um trabalho que realizo com os alunos das redes municipal e estadual, nas quais exerço minha profissão de professora. São atividades que envolvem leituras e escritas de textos literários, que posteriormente são sempre compartilhadas com a comunidade escolar, através de exposições, sejam teatrais, musicais, declamatórias, etc. O objetivo desse tipo de trabalho é desenvolver nos alunos o gosto pela leitura, por meio do texto literário, além de humanizá-los.

Evan – Muito legal. Fica de exemplo aí para outras escolas do Brasil. A leitura e a criação literária precisam ser divertidas para se ganhar novos adeptos. Você começou no mundo literário, utilizando as redes sociais. Que conselhos você daria aos colegas escritores, muitos deles iniciantes, sobre como usar as redes para compartilhar seu trabalho?

Elany – As redes são excelentes veículos condutores da matéria-prima do escritor, contudo, é preciso coragem e maturidade para lidar com elas. Como o desejo de todo escritor é ser lido, é indiscutível que as redes sociais são importantes ferramentas que podem ser usadas para atingir esse objetivo – de forma mais rápida e democrática. Então, a criação de Blog e Fanpage é uma opção para o compartilhamento das produções literárias.

Evan – Você escreve diversos gêneros literários: contos, poemas, memórias, etc. Como surgem as ideias ou inspirações para escrever o seu próximo trabalho?

Lançamento do livro Luz e Sombra na Feira Literária de Caxias.

Elany – A partir das imagens diárias, ou seja, surgem dos acontecimentos do cotidiano. Dependendo do tipo de emoção que vivencio diante de um episódio ou uma circunstância, que pode até não ser importante para muitos – a vontade ou mesmo a necessidade de escrever se achega a mim.

Evan – Seus trabalhos já foram selecionados para diversas coletâneas literárias. Conte-nos um pouco sobre essas coletâneas e seus trabalhos que fazem parte delas, assim como seus livros solo.

Elany – Felizmente, tive a honra e o prazer de ser convidada a participar de várias coletâneas literárias. Foi uma experiência bastante gratificante e, não deixa de ser mais um percurso rumo ao objetivo de quem se envereda no mundo literário. Quanto aos meus livros solo, primeiro publiquei e lancei “Muitas de Mim”, que é constituído por prosa poética, filosófica e psicológica, depois, “Luz e Sombra”, livro de poemas.

Lançamento do livro Muitas de Mim, na Academia Caxiense de Letras.

Evan – O que você acha mais difícil na carreira de escritor. Por que?

Elany – Aqui no Brasil, a falta de leitor. Infelizmente, a nossa sociedade não é uma sociedade leitora, quando digo a sociedade, falo da maioria dos brasileiros. Temos grandes falhas na nossa Educação. As pessoas não são preparadas para cultivarem o hábito da leitura, por isso, os valores literários agonizam. É bastante perceptível que a falta de apoio – seja de quem for – a esse tipo de trabalho é evidente.

Evan – Sim, isso é bem evidente, infelizmente. Vamos falar um pouco sobre o futuro… Algum projeto em andamento? Algo que possa nos adiantar?

Elany – Sim. Um livro de crônicas pronto para a publicação.

Evan – Opa! Queremos ser avisados aqui quando esse lançamento acontecer. Existe algum gênero literário ou algum tipo de assunto ou história que você não escreveria de jeito nenhum? Por que?

Elany – Essa pergunta é muito interessante. Eu nunca tinha pensado sobre isso. Mas eu não diria que há algum gênero ou assunto que eu não escreveria, pois, não sou fechada ou imutável. Tudo depende de minha concepção, da minha necessidade, do meu desejo frente ao que se apresenta para mim.

Recebendo homenagem como palestrante da Feira Literária de Codó.

Evan – Que mensagem você deixaria para seus leitores ou futuros leitores?

Elany – “Não tenho filhos, mas leitores, capazes por si sós de defenderem a civilização contra os avanços da barbárie.”

Evan – Essa foi nossa entrevista com a querida autora Elany Morais. Desejamos todo o sucesso do mundo para você em tudo que fizer. Um grande abraço da equipe À Espreita.

PARADOXO NATALINO

 


Por Elany Morais
O Natal é um tipo de celebração que sempre teve seu lugar garantido na literatura. Charles Dickens não me deixa mentir, já que é considerado um dos maiores clássicos da literatura natalina. Em seu livro Um Conto de Natal, o autor leva-nos a refletir sobre solidariedade, generosidade, virtudes das quais muitos - da nossa sociedade atual - andam precisados.
Embora o tempo escoe indefinidamente e as sociedades se modifiquem, mas o Natal não deixa de cumprir uma de suas principais missões, que é o de nos lembrar para que fomos feitos. E para que fomos feitos? Para sermos humanos. Sim, HUMANOS!
É do conhecimentos de todos que no período natalino há - nas pessoas - um desejo preponderante de aquisição de presentes... O comércio agiganta-se. A mídia não economiza estratégias de persuasão. Nas ruas, uma profusão de indivíduos ganha destaque. Tudo parece festa. Contudo, em meio a tudo isso, é preciso que não haja um desvirtuamento ou esquecimento do verdadeiro princípio do Natal.
Quem nunca percebeu o paradoxo natalino?
O Natal é um proeminente feriado religioso. É uma das festas mais importantes do calendário cristão, onde se comemora ou se relembra o nascimento de Jesus Cristo. Ou seja, é uma simbologia cristã em referência á chegada do Filho de Deus à terra. No entanto, nesse evento, é bastante perceptível que vendas e consumos ganham mais importância. Desse modo, construir o significado de Cristo por meio de compras e vendas, não seria corromper o Natal? A troca de presentes pode até ser um símbolo de paz nas relações sociais, mas não podemos nos direcionarmos somente para os regalos.
Então, diante disso e, aproveitando nossas vivências com a pandemia do coronavírus - não podemos esquecer o verdadeiro princípio do Natal, que é resgatar o nascimento de Cristo em nossas vidas, por meio do sentimento de solidariedade, união, fraternidade, amor a si e, consequentemente, ao próximo.
Feliz Natal!! Que Jesus Cristo esteja conosco!!

Todos os direitos reservados a Elany Morais

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ONDE AS MULHERES ESTÃO SEGURAS?

 


Por Elany Morais
As mulheres não estão seguras nas ruas, no trabalho, na balada, na igreja, na escola, no berço nem na própria casa. Os meios de comunicação, sobretudo a impressa, confirmam isso ao colocar em evidência a todo momento o fenômeno social da violência contra mulheres.
Em pleno século XXI, ainda há discursos que legitimam apropriação masculina sobre os corpos (a vida também) femininos, reproduzindo, assim, a cultura patriarcal ainda vigente em nosso país. Só lembrando que a cultura patriarcal desenvolveu-se no Brasil a partir da colonização, sendo que nesse contexto, as mulheres eram privadas do acesso à educação e à cidadania política. Além disso, eram extremamente reprimidas em sua sexualidade, consideradas irracionais e incapazes, controladas em tudo.
A violência contra as mulheres existe porque houve uma construção desigual do lugar das mulheres e dos homens na sociedade . É inegável que a desigualdade de gênero é a base de onde todas as formas de violência e privação contra mulheres estruturam-se, legitimam-se e perpetuam-se, até mesmo quando há discursos que empoderam o agressor masculino e culpa a vítima feminina.
A narrativa é esta: se você estiver na rua, com seu celular na mão, e você for roubado, a culpa é sua porque não guardou o celular. Ou seja, se a mulher estiver na festa, ou na na rua, bebendo, usando roupas curtas, ela deve ser estuprada, porque ela não tem o direito ( não é livre) de fazer o que desejar. Na minha concepção, é um pensamento absurdo.
É fato que há conquistas dos direitos femininos no plano legislativo, mas, infelizmente, os moldes da soberania masculina ainda existe. A mulher ainda é posta na esfera do privado, onde a força masculina reina, fazendo uso da violência, na maioria das vezes.
No século XX, o escritor Lima Barreto denunciava a violência contra mulher em sua crônica intitulada NÃO OS MATEM, onde ele narra um caso de um rapaz chamado Deodoro, em que este quis matar a ex-noiva e, logo depois, suicidou-se, configurando-se, assim, uma revivescência do domínio do homem sobre a mulher. Em seguida, o escritor cita mais dois casos que ocorreram na época de carnaval, o primeiro noticia que um outro rapaz atirou sobre a ex-noiva, que veio a morrer dias depois com uma bala na espinha e, o segundo, em que o homem, pelas bandas do ex-futuro Hotel Monumental, alvejou sua ex-noiva e a matou.
Então, esses episódios nos remetem a alguns acontecimentos atuais? Ou esse tipo de ocorrências ficou nos séculos passados?

Todos os direitos reservados a Elany Morais

domingo, 27 de setembro de 2020

NA VIDA CABE TUDO

 Por Elany Morais


Na vida, tem destas coisas: quando a gente pensa que sabe, não sabe, quando acredita que passa, não passa, quando pensa que melhora, piora.
Na vida, tem destas coisas: há quem promete e não cumpre, mas há os que cumprem sem prometer. É uma democracia que não é, há quem diz ser crente sem ter fé, é o homem que bate em mulher "e, agora José?"
Na vida, tem destas coisas: há caboclo negando as raízes, velhos escondendo a velhice, sem enxergar que tudo isso não passa de uma grande tolice.
Na vida, tem destas coisas: há quem canta e não canta , nem os males espanta, há as que fingem ser santa... Mas, na vida existe coisa que ainda encanta!

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domingo, 13 de setembro de 2020

NO VOO, VOU

 


Por Elany Morais

Na curva do meu voo, o rastro dos meus
critérios morais são deixados, sem
nenhum recato.
Qualquer coisa com cheiro e sabor de
bondade ensina-me viver, como gente
que quer ser gente.
Os obstáculos são pesados, minhas
asas; leves.

Meu voo não é de condor.
Mas o alçar é de alvorada, de coisa que
faz a gente soprar o BEM.
Não nasci para ser o que não é para ser.
Meu recado ao mundo não ficará preso
nem morrerá numa garganta rouca ou trêmula.
Sairá, mesmo baixinho, fazendo estreitas
curvas, sem abrir toda a inteligência do mundo.

Não estou cansada - sorridente pouco -
para isso não se pode estar cansada.
Não é hora de resignação. Ainda há lucidez!

A vida da gente há de servir para
qualquer coisa boa!

domingo, 23 de agosto de 2020

O QUE PENSO DO MUNDO AGORA?



Por Elany Morais

Sei bem o que penso do mundo agora!
Tenho a refletir sobre o mistério do mistério
de todas as coisas.
Ponho-me a pensar sobre a criação e o
fim do mundo!
Ainda sou eu um universo irrepetível?
Rezo para estar na MÃO direita de Deus,
Para meu coração descansar.

Será a segurança apenas um palácio
encantado de ilusões?
Ou alguma coisa ainda enfeita minha ignorância?
Vejo sol, selvas... Neve e um novo mundo a se olhar,
com deserto e dor.

Que eu não deixe minha esperança voar
como a pomba voa sem hora de voltar!

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domingo, 9 de agosto de 2020

PAI

 

Por Elany Morais

Tua cadeira sempre esteve vazia.
O teu recado nunca aos meus
ouvidos chegaram.
Não conheço voz forte, passos firmes
e veias grossas.
Por aonde tu andaste?
Por que nunca respondes?
Teu caminho foi o meu cativeiro.
Sempre fiz minha hora de acordar e de dormir.
Nem a sombra sequer quis desenhar
tua forma para mim.
A vida de pai fugiu de mim
antes de nascer.
Meu ser não se reproduziu no teu.
Se tu eras marinheiros, morreste
em alto mar.

A família é o princípio de todo ser humano, por isso, é indispensável que os pais estejam preparados para gerar, receber e criar seus filhos. O cuidado e o carinho dos pais para com os filhos devem acontecer desde a concepção, nascimento, bem como, crescer gradativamente durante a infância e adolescência, para que exista o estreitamento dos laços entre pais e filhos. Dessa forma, tanto o pai quanto a mãe colaboram para a formação e desenvolvimento físico, psíquico, moral e ético dos filhos.

sábado, 25 de julho de 2020

ATO DE ESCREVER ( 25/ 07/ DIA DO ESCRITOR)


Por Elany Morais
O prazer também me vem
de escrever.
Ainda não falei de tudo.
Já pintei o abismo da infância.
Das mulheres, desenhei a força e
a beleza, em comunhão com nossa
mãe Natureza!
Não poupei a mentira, a heresia,
e as palavras doces vestidas
de hipocrisia.
No centro de MEUS VERSOS estão
o homem, o menino, o cão e o FELINO.
Nada pode escapar: os troncos
brotando as folhas, o grito dos
que vivem livres, e o silêncio dos
que estão bolha.
Existem dias que sussurro sílabas
melancólicas, exalto as rosas, as margaridas
e as magnólias.
Em outros, versejo a mulher, como deusa, musa,
e formosa, mas não poupo as más línguas
das víboras, falsas e invejosas.
Ainda não falei de tudo, mas já abri portas
para a morte, reverenciei a loucura e aplaudi
prazer dentro dessa conjuntura!
Nas mãos de quem escreve, não falta
o que falar, compara o dia com a noite,
o rio com mar e o poeta com o pássaro
em seu destino ao voar.
Escrevo para sentir na veia o sabor
de viver, para ser amiga da paz e
fazer o bem prevalecer.
Ao escrever, cria-se um mundo de
possibilidades, embora nem sempre se diz
tudo o que se pensa, mas nunca se foge
totalmente da verdade da verdade.
Meus parabéns a todos os escritores. Sem escritor, não há livros, sem livros, não há leitor. E, sem isto e sem aquilo, não há fantasia, encantamento, informação e, muitos menos, conhecimento. Parabenizo principalmente meus amigos e amigas, virtuais ou não, que pintam cenários lindíssimos com palavras.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

CORPO, CASA DA ALMA


Por Elany Morais
Meu corpo, casa em que me hospedo.
Que tu sejas leves, pois em ti trago
pesares, amores, dores e dissabores!
Meu corpo e minha alma são vasos
quebrados, remendados, reconstruídos
alimentados e ressuscitados!
Ah, meu corpo, nessa precária terra
ainda sou tua habitante temporária.
Que meu templo (corpo) não seja minha
primeira cova nem um simples processo
de traição!!
AMÉM!!
Meu corpo, minha valiosa estalagem,
meu defensor, mas quando o aborreço,
ele grita, reclama, pede descanso e até
mesmo os mais sutis cuidados.
Todo corpo tem segredos escondidos
na alma. Os dois vivem juntos em plena
comunhão. Quando o espírito mente
o corpo refaz o trajeto.
Nenhum corpo tem liberdade para
escolher atalhos, os falsos fatos.
É na verdade do corpo que a alma
se liberta.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

A CHAMA DA ESPERANÇA


Por Elany Morais
Hoje, ao amanhecer, no meu momento mais manso do dia, fiquei a pensar na seguinte frase: a esperança é a última que morre porque é a última que nasce. Eu - comigo mesma - disse: sim, a ordem não importa, o importante é que antes que ela morra, exista uma solução para nosso problema. Daí, pus-me a tamborilar a música que diz que vivemos na esperança de que dias melhores virão, que essa corda bamba não seja para sempre.
Nesse momento, uma vacina seria para nós como luz é para a escuridão. Temos fome de proteção e de segurança. Não somos feitos para sofrer ininterruptamente. Que saudades tenho de não dá pêsames todos os dias! Todo mundo precisa de vida! Os dias, os fatos não mentem: todos os dias alguém parte para nunca mais voltar!
A cada dia preciso me acender de esperança. As abreviaturas da existência estão sendo imensas. Por quê? Talvez porque o mal está em nós. Mas, uma coisa é certa: precisamos nos reinventar para continuarmos a viver.
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sexta-feira, 1 de maio de 2020

TRABALHADOR OU ATIVO NA DOR?


Por Elany Morais
Maria lava, lava... Enxuga...
Corre e sobe escada.
Quase não desce ,
Porque Maria está cansada!
Todos dos dias Ela
Sobe qualquer escada.
Maria não dorme porque
sai de casa de madrugada!
Maria anda com pressa pelas
Calçadas, mas só chega em
Casa à noite quase fechada!
Até parece que Maria não tem
Vaidade com nada, suas roupas
Rotas é o assunto da rapaziada!
Maria não chora, nem reclama
Dessa vida desarranjada, mas
Que sina é essa de viver
subindo e descendo escada?
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terça-feira, 14 de abril de 2020

QUE VIVA O ABRAÇO




Por Elany Morais
Abraça-me!
Abraçar é fazer papel de herói
ou de heroína.
O sol pode nascer dos corpos
que se abraçam!
Abraços são como fortes barcos
sobre as ondas do mar, agita-se
mas permanece ancorado.
É num abraço que os corpos podem
vestir-se de outros e, até habitar
em outros.
Ah, um abraço!! O céu fica limpo!
A noite cinzenta é apenas
uma situação metafórica.
Num abraço, é um dentro do outro!
Sem limites e sem estranheza!
Abraço bem dado é abraço puro!
Aquele que desobedece às leis da
traição.
Em cada abraço é o amor que se
funde no mundo!
Que o abraço nos abrace!!

quinta-feira, 9 de abril de 2020

SOLIDÃO FORÇADA


Por Elany Morais
O que iria pontificar a história da humanidade? Um vírus? Qual seria o sentido da vida? O nosso valor é tão limitado assim?
Eis que a sorte agora é dada, e cada um deve ter interesse pelo o que há dentro de si. Temos instantes superiores que acontecem na solidão de nossas casas. Há quem - nesses momentos - afundam-se por não suportar o que existe em si próprio. Os muros da solidão crescem diante de nós. O que fazer diante disso? Não se aborrecer nem se sentir mal por estar na própria companhia, ou até mesmo aprender a povoar sua solidão. Nesse momento, há a oportunidade de desenvolver a arte de conviver consigo mesmo, para - só depois - poder desfrutar da companhia dos seus semelhantes. Sempre foi necessário que cheguemos dentro de nós mesmos. Mas quem tinha tempo para isso?
Essa solidão forçosa não é de toda negativa. Quem tinha o privilégio de estar sozinho consigo mesmo? Quantos não eram submergidos pelas multidões? Não seria o vírus um modo pelo qual o destino encontrou de nos levar para dentro de nós mesmos?
Essa solidão pode não ser bonita, mas de repente, pode modificar nossas vozes nesse mundo terráqueo.

Todos os direitos reservados por Elany Morais

sábado, 28 de março de 2020

O INIMIGO INVISÍVEL


Por Elany Morais
Um inimigo invadiu o mundo
E a humanidade parou num silêncio
profundo!
Uma desgraça na terra aconteceu
Deixando a gente atônita e abalada.
Será que o coração de muitos amoleceu
Com o futuro de uma sina mal desenhada?
Coronavírus - vírus impiedoso - "zangado
contra a vida", causou-nos alvoroço,
jogando-nos no calabouço!
Há quem antes de palavras ter se cansado,
Agora, sozinho, em silêncio, descansa
ameaçado!
Sem beijos, sem abraços, ou ao menos um
aperto de mão, só resta toda a gente
fazer a sua oração!
Guerra sem amas, inimigo invisível
O desejo de vida não parte. E agora?Deitar em seu universo, é perigoso
quem o descarte!

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sábado, 21 de março de 2020

ANTOLOGIA: PASSA NA PRAÇA QUE A ARTE TE ABRAÇA


Por Elany Morais
A Literatura é o paraíso do poeta, que vive perdido no caos. É através da palavra que o desejo dele é expresso e o sonho; alimentado. E, nessa busca interminável do encantamento, da vida humanizada, a palavra não poderia ser outra coisa para ele, além de uma poderosa bússola.
Um dos principais papéis da literatura é nos abrir portas, segurar a nossa mão e dá sentido a nossa existência. Dentre tantas filhas da linguagem, ela é a mais talentosa - na tarefa de humanizar.
A literatura tem construído a minha identidade, é por isso, e por motivos vários que estou a expressar minha gratidão a quem me convidou e selecionou minha produção literária para fazer parte dessa importante Antologia Poética! É um prazer e uma honra, para mim, estar entre inúmeros poetas que contribuíram para a composição desse importante trabalho artístico-literário. Entre eles, cito aqui a minha estimada poeta Cidinha e o poeta Benedito Carlos!
Agradeço também aos meus(minhas) leitores(as), pois sem eles(as), seriam só eu e a literatura! Vocês têm papel na minha história literária!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

PARTIDA DÓI


Por Elany Morais
Toda partida dói.
Meu peito desfigurou-se
com tua partida e, agora?
O que será de mim, sem ti,
sem nada?
No dia em que os céus
abriram os braços para
te abraçar, para te alcançar,
meu coração chorou, feriu,
sangrou...
A vida sem ti ficou
desenhada numa linha
severa para quem tem
coração dentro do peito.
Aos prantos, chamo por ti,
mas não me respondes.
E o que me sobra agora é
apenas o terror desse vazio.


Todos os direitos reservados Elany Morais