Sou educadora e escritora

sábado, 28 de fevereiro de 2015

AMOR SEM LIMITE

AMOR SEM LIMITE
Elany Morais

Nosso amor salvador dois anos faz
E na sua bondade é maior que tudo.
Nosso amor que é tão santo, contudo,
Pensei que não me salvasse jamais!

Nosso amor é um tanto inesperado
Que em prazer e dor um pouco se faz.
Nosso amor que na cova, enfim, jaz
Meu medo para sempre sepultado!

Nosso amor é como um infinito rio,
Manso, forte, interminável e cardio,
Mas que em horas mortas fica enfermo

A cortar o caminho seguro que me leva
Da luz salvadora à paixão com treva
Para um amar sem limite e sem termo!


Caxias- MA, 28 de fevereiro de 2015.

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

CHATICE

CHATICE
Elany Morais

Sou tudo aquilo que se chama de chato. Pensando bem na forma concreta do objeto chato, vejo que me faltam as formas arredondadas. Não sei se me comprimiram ao me fazerem ou ao me conceberem, o certo é que me jogaram no mundo, com um tamanho diminuído ou comprimido. Mas tudo bem, sou pequena e chata. Gosto de tudo no lugar, mas no meu lugar. O seu lugar pode ser um mar de confusão para minha mente complexa. Este  meu lugar pode não ser aqui, ali ou acolá, mas existe, é o meu lugar.

Por um descuido qualquer me jogaram excessos, deve ser por isso que sou muito chata. É excesso disso, excesso daquilo. É isso mesmo, sou extremamente excessiva. "Vixe Maria"!! Quanto excesso de SSS, são muitos, mas ainda não estou saciada.

Se eu me chamasse Chatolina, talvez eu não me sentiria tão chata, embora fosse. Mas não é  só a chatice a minha principal marca, ela disputa terreno  acirradamente, com a esquisitice. A minha normalidade pode ser, para muitos, o  fora do comum. E daí? Eu não preciso me encaixar no achar os outros. Vou indo, seguindo... De forma esquisita e chata.


Se por ventura, alguém quiser sentar comigo, fará muito bem em ser leve, louco e rápido. Que não  demore em meu espaço, nem repita as notas da canção, pois meu coração de supetão pode ficar cansado, entediado e correr para nunca mais ser alcançado.

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

ROGATIVA

ROGATIVA
Elany Morais

O mal, meu Deus, não tem alma
Para a nossa paz, ele é empecilho,
No seu intento não há pai, mãe ou filho
Nem permite nosso fim com calma!

Deus meu, por que não há mais calma?
O mal tirou, do mundo, qualquer brilho,
Quase não há mais pai, mãe ou filho
Que alimentem de ti as impuras almas!

Deus meu, tu ouves minha rogativa?
O que pode haver para que eu viva
Nesta agonizante e triste terra?

Que venha sobre nós um manto branco!!
Para evadir-me do mal sempre me tranco
A privar-me da liberdade aqui nessa terra!


Caxias - MA, 24 de fevereiro de 2015.

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

AZUL PROFUNDO

AZUL PROFUNDO
Elany Morais

Quando  me falta o azul do céu profundo,
Sinto um cheiro tétrico sobre a triste terra,
Qualquer esperança, enfim, se encerra,
Devastando as benesses desse mundo!

O mundo olha-me com olhos  fitos de fera,
Lançando-me na amplidão dos frios ares,
Logo sinto o abismo profundo dos mares,
A encerrar minha passagem nessa terra!

Embora, eu almeje com fervor o infinito,
Receber a eternidade é apenas um mito
Que não se oculta da minha consciência!

Sem o azul do céu profundo não me acho,
A fé se desintegra da existência de astro,
Sem acreditar sequer em qualquer ciência!


Caxias -MA, 25  de fevereiro de 2015.

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domingo, 22 de fevereiro de 2015

MEDO PERSISTENTE

MEDO PERSISTENTE
Elany Morais

Cada espasmo que espuma é o medo que mora
No eu, e atrofia a possibilidade que nasce,
Alimentando tudo que funda e apavora
Quem dera se o medo na face não se estampasse!

Se pudesse e viesse sobre o espírito agora
A coragem com máscaras altiva na face,
Talvez essa alma covarde que chora,
Do medo cativo, enfim, se curasse!

Prende-me e desdenha, mas um dia eu consigo
Fazer do medo meu companheiros amigo
E, não mais uma dor presente cancerosa!

Pode ser que na alma de todos ele exista,
Mas talvez perpetuar-se não persista
Como uma chaga aberta e dolorosa!

Caxias - MA, 22 de fevereiro de 2015.

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

MEU DOER

O DOER
Elany Morais

Meu doer, vesti-o de bordado,
Fi-lo silenciar-se numa cela
Tornando-o quase imaculado
De mãos pálidas, posta à vela.

Meu espírito sempre fica prostrado,
De face baixa, a contar os grãos de areia,
O pensar se excede totalmente lotado
Como a querer o encanto da sereia!

O dormir do dia é sempre um agouro,
O silêncio se ergue em mim com fervor,
A fazer tremer meu espírito todo.

O doer para minha alma parece ser ouro
Vive alimentar-se de tristeza e dor,
Sobrando apenas o poço com seu lodo!


Caxias - MA, 21 de fevereiro de 2015.

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

VOU INDO

VOU INDO
Elany Morais

Vou, num sonho, divagando,
Num passado que revolta
Meu eu, vou, sim, chorando!

O que me bate é indecente ,
Invade o secreto da alma
Como se não houvesse gente
Contando punhados de calma.

Isto cava a cova da tristeza,
Sacode o que me entristece,
Lavando tudo que enriquece,
Sem deixar o fio que me tece.

Sim, o que em mim chora,
Alentando a ansiedade,
A amarrar o que em mim mora
É o passado, sem saudade!!


Caxias - MA, 20 de fevereiro de 2015.

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

EM CADA IDA TUA

EM CADA IDA TUA
Elany Morais

Em cada ida tua, eu hei de voltar
Para mares, mas com ânsia louca
De no silêncio, não me soterrar
Com gritos surdos saído da boca.

Em cada ida tua, desarrumada
Fico, a querer o que puder e vier
Com face de alma apaixonada,
Mas sem uma esperança sequer!

Em cada ida tua, indelicados
Ficam meus gestos apaixonados,
Cheios de espinhos reversos...

Pela incerteza de ainda lá fora,
Encontrar-te acalmar a que chora
Quando para ti faz íntimos versos.

Caxias - MA, 18 de fevereiro de 2015.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

MUNDO VIL

MUNDO VIL
Elany Morais

Essa vida não é feita de combates raros,
São muitas intrigas, é isso que quero dizer.
Há palavras ferinas e desejos avaros,
Quem ainda tem amor a oferecer?

Viver nesse mundo vil é muito caro,
Não bastasse a batalha perdida doer,
E qualquer momento feliz ser muito raro
Ainda se tem guerras mentais ao anoitecer.

A qualquer tempo minhas feridas sangram ainda,
Nesse covil, embora eu veja a imagem mais linda,
Minha lágrima rola, na face, mas não diz

Nem dirá o que dizem hoje e que um dia falei...
Mas não pedirei desse mundo o que nunca dei
E muito menos exigir dele o que jamais fiz!!!

Caxias- MA, 17 de fevereiro de 2015.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

AINDA HÁ MORADA NOS CÉUS

AINDA HÁ MORADA NOS CÉUS?
Elany Morais

A existência de um mundo de espinhos não é crença,
Há rumos tortuosos, tormentos, mares sem águas mansas,
Dor, desconsolos e caminhos por onde os maus fugiram...
 Ainda há horizontes brilhantes nos olhos de qualquer criança?

Quantas hostilidades há nas mãos de toda essa gente?
Será que no Reino de Deus ainda existe alguma morada?
Há um mundo de hipocrisias e risos que não é de gente santa,
É um habitat de fome, misérias, intrigas e mais nada!!

Nesse mundo, os risos escondem falsidades e dor
Onde a maldade se prolifera, desativando o amor,
Será que ainda existem alguma morada nos céus?

Há muitos planos secretos de gente que não é santa,
Com tantos falsos cidadão, o que mais me encanta?
Será que ainda existe alguma morada no Reino de Deus?

Caxias - MA, 15 de fevereiro de 2015.

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domingo, 15 de fevereiro de 2015

TEU AMOR


 
TEU AMOR
Elany Morais

Dias solares ouço que sou querida,
Meu afável coração por ti foi eleito,
Minha alma aninha-se em teu peito,
A tirar-me das angústias dessa vida.

Em teus braços, fica leve minha lida,
Os buracos, em mim, encontra jeito,
Meus amores do passado desfeitos,
Com teu amor hoje, faz-me redimida.

Sob teus cuidados jamais me afundo.
Revigoro-me com suas doces ternuras,
A restabelecer meu espírito moribundo.

Elevas-me como os ares da montanha
A sentir na pele, da Natureza, a frescura,
A resguardar-me de toda dor estranha.


Caxias- MA, 14 de fevereiro de 2015.

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sábado, 14 de fevereiro de 2015

PARTES

PARTES DE MIM
Elany Morais

Quem diria que uma
 parte de mim é furação
e a outra; calmaria??
Que minha alma repouse
em lugar certo, em plena
alvorada, porque
uma parte de mim é despedida
a outra; é chegada.
Que minha coragem
crie asas porque
uma parte de mim é medo,
a outra; desdém.
Que meu espírito
seja costurado com fios
firmes porque uma
uma parte de mim é dor,
a outra; também.
Que não haja hora para
o fim da festa porque
uma parte de mim é solidão,
a outra; multidão.
Que a fraqueza não pegue
pelos braços porque
uma parte de mim é distância,
a outra; é abraço.
Que meu equilíbrio
não role pelo ralo porque
uma parte de mim é o que falo
a outra; é o que calo.

Caxias - MA, 13 de fevereiro de 2015.

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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

PAIXÕES BAIXASt

PAIXÕES BAIXAS
Elany Morais

Quando dizes que, em ti, não há paixões baixas, mentes,
Deveras, esse mundo de deformidades não é meu,
Loucuras ambiciosas é o que em teu peito sentes
Este vale de fealdade física é um desejo teu!

Facilmente a nobreza dos animais entre os homens distingo,
As perversidades da raça humana é a mais fria realidade,
Por muitos dessa raça, não palpita meu sensível coração,
Nem suas ausências enche meu peito de qualquer saudade!

Que os animais são mais dignos de amor, eu acredito
Os homem são cofres de moedas um tanto desleais
O consolo que a maldade deles é uma guerra finita

Não sobrarão as ambições desprezíveis em qualquer canto
As expressões morais deformadas não verei jamais
Nem dos inocentes os doloridos e ocultos prantos!

Caxias- MA, 13 de fevereiro de 2015.


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SANTO É ESSE AMOR

SANTO É ESSE AMOR
Elany Morais

Santo é esse amor que, em nós, gerou
Santo é nosso coração que o faz crescer
Santa é a canção que nos embalou
E o teu querer que ainda me faz viver!!

Santo é esse amor que, em mim, gerou
Que cresce mais a cada amanhecer
Santa é a tua alma que me inundou
Fazendo-me a cada dia mais viver!

Santos serão os corações que te amarem!
Se um dia teus desejos lhes faltarem,
Meus amores a deixarão quente e louca!

Para as noites voluptuosas que me quiser
Tu farás de mim tua doce  mulher,
Fazendo-me gemer com beijos na boca!!

Caxias - MA, 13 de fevereiro de 2015.


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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

DECADÊNCIA

DECADÊNCIA DO AMOR
Elany Morais

Será que nesse mundo, é vão o amor de alguém?
Será que não vale, de alguém o sentimento?
Até quando vem para o amor só o desdém?
Amar hoje parece jogar poeira ao vento.

Só por milagre, o amor a esse mundo vem
E atrás de um prazer, não virá mais o tormento
Nem morte, dor ou qualquer lamento
Que nesse espiral de tragédia tem!

Só se ouve o grito quando a alegria se desfaz,
Com a certeza de que no prazer a dor renasce
Considerando, por fim, essa batalha perdida!

Será que diferente essa vida humana não podia
Ter pelo menos a esperança de que um dia
Se pudesse ter amor e paz nessa efêmera vida!

Caxias - MA, 12 de fevereiro de 2015.


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

TUA AUSÊNCIA

TUA AUSÊNCIA
Elany Morais

Se tu te ausentas, pego-me fria e calada
Feito lábios frios que já foram ardentes
Que fez estremecer corpos hirtos e quentes,
Deixando face flácida imóvel e desmaiada!

Se tu te ausentas, morrem as gargalhadas
Fico muda e imóvel como louca e demente,
Num mundo que sofre, aprisiona e mente,
Sem destino certo ou fiéis estradas!!!

Se tu te ausentas, morro em mansos lagos
Pela falta de teus beijos e doces afagos
Como virgem santa, imaculada e pura!

Se tu te ausentas, torno-me pálida e misteriosa,
Morrem meus desejos e vontades voluptuosas
Como cadáver em plena sepultura!

Caxias - MA, 11 de fevereiro de 2015.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

CONFISSÃO

CONFISSÃO
Elany Morais

Silenciosamente, confesso às estradas
E aos mares fortes como teu olhar
Que em teu corpo quero rabiscar
Vestes finas como das antigas fadas.

Falo baixo ás aves tigreiras e aceleradas
Com gestos simples, sempre acenar 
Como se estivesse esperando o luar
Com olhos fitos e alma apaixonada!

Pinto às ocultas o meu estranho desejo
Sem esperar um momento de glória
Em que meus lábios sentirá teus beijos!

Mas fico cruzando, em mim, algum espaço
Na esperança de, talvez, uma vitória

De que meu eu não seja apenas um pedaço!

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

AMANTES

AMANTES
Elany Morais

Se tu estivesses comigo à tardinha,
Sem amargura, dureza ou cansaço
Para ali, onde o sol se avizinha
E me acalmasse com fortes abraços

Eu enfeitaria aquela simples casinha,
Esperando, atenta, ouvir os teus passos,
Querendo morrer feliz em teus braços
Com tua boca sobre a boca minha!

Se me quiseres como santa e louca,
E perde-te na fantasia de um beijo
Encontro-me ainda com gesto de rir,

A esperar palavras que saem de tua boca,
Proclamando o mais insano desejo,
A querer que eu não me perca de ti.

Caxias - MA, 08 de fevereiro de 2015.

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sábado, 7 de fevereiro de 2015

SEM TI

SEM TI
Elany Morais

Como viver
Se não te ver,
Se perder
Teu olhar
Doce, manso,
E a tua fala
Que acalma
Minha alma?
Como viver
Se te perder
Por todos os dias,
Por todos os anos,
Ou saber
Que teu amor
Foi puro engano?

Caxias - MA, 07 de fevereiro de 2015.

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

NUDEZ FEMININA

NUDEZ FEMININA
Elany Morais

Bendita forma bela!!!!
Não há mais delícias
Entre as coisas,
Macia, suave e redonda...
A nudez nunca deixarei
De ver, pois os olhos
Meus não assombra.
Minhas pupilas repousam
Em contemplar essa forma nua
Que é plena de beleza
Vindo de forma terna e crua!

Como água entres a flores
Molha meus lábios de desejo,
É uma harmonia formada
Para superar as coisas
Abstratas da natureza,
Chegando até a mim
De forma leve e doce,  saciando
Meu desejo!

Caxias - MA, 06 de fevereiro de 2014.


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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

POEMA

POEMA
Elany Morais

O poema não sossega,
 O contrário do romance!
Não dorme, nem sequer
Pode cochilar,
Joga tudo num só lance,
Não repousa em cada linha
Porque não pode demorar!



Caxias - MA, 04 de janeiro de 2015.

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ABATIMENTO

ABATIMENTO
Elany Morais

Como rei impiedoso sobre o trono
Chega sobre mim um frio abatimento,
Sem a leveza das  folhas de outono,
Lança-me ao chão como as flores pelo vento!

Jogo-me no escuro, em total abandono,
Atordoada com um único pensamento
Que me leva por fim ao aniquilamento,
Sem ao menos me deixar pegar o sono!

No mundo, nem cores não mais vejo,
Meu corpo se congela e a carne esfria,
A voz, de fraqueza, sai velada,

No peito, agoniza algum desejo
A alma, de regozijo, se esvazia,
A ficar nesse mundo abandonada!


Caxias - MA, 02 de fevereiro de 2015.

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