Sou educadora e escritora

domingo, 30 de novembro de 2014

QUERO-TE

QUERO-TE
Elany Morais

Quero teu corpo quente,
Para sentir em mim teu sangue rubro.
Que a nossa felicidade seja resplandecente
Como as flores vivas de outubro!

Quero-te sem reservas ou pesar.
Pois tu deixas meu espírito calmo e enlevado
Como se nada mais fosse acabar,
Deixando meu mundo leve e adocicado!

Quero-te com desejo bravo e desmedido
Como se tu fosses minha única verdade.
Quero-te forte, sem maldade
Nessa vida fria e aguerrida,
Pois, és a minha única bondade.



Caxias - MA, 30 de novembro de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany morais

SOMBRAS


sábado, 29 de novembro de 2014

PUBLICAÇÃO DA COLETÂNEA ENTRLAÇOS




PUBLICAÇÃO DA COLETÂNEA ENTRELAÇOS


ENTRELAÇOS, livro de poesias publicado pela Editora Darda. Dentre vários autores e autoras selecionadas para fazerem parte dessa obra, eu sou uma delas. Minha participação se dá com os poemas Amores Perdidos, Fragilidade e Redona da Dor.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O QUE ERA JÁ NÃO É


O QUE ERA JÁ NÃO É
Elany Morais

Se algum dia vivi sobre o meio agreste,
Sem contemplar a beleza do mar
Nem se sentir acima do ar,
Mas eu sonhava com uma vida celeste.

Se meus pés corriam com agilidade,
Mesmo sem ter, na vida, algum gozo
Ou pensamento voluptuoso,
Era por muita e cruel necessidade!

Se  meus dias eram uma pura canseira
Onde no colorido já não havia mais cor,
Fazendo de mim uma figura inferior
Era por eu não fazer do gelo uma clareira!

Mas houve o dia em que ergui minha voz
Fazendo o infortúnio, enfim, retroceder,
Mesmo sem nada do mundo compreender
Ou perceber que o bom da vida vem, mas volta veloz.


Caxias -MA, 27 de novembro de 2014.

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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

FANTASIA
Elany Morais

Nas noites tediosas, triste e sozinha,
Eu tento mover peças sem molas,
Recordo os sons das castanholas,
Mas não acalmo a agonia que é só minha.

Vejo-me em plena enfermaria,
Sentindo-se uma figura folclórica ,
Em meio as imagens exóticas,
A confundir realidade com fantasia!

Que angústia essa que oprime!!
Como se eu tivesse cometido um crime
Contra os bens que Deus criou.

Não sei se terei uma vida grandiosa,
Ou serei sempre esse figura misteriosa
Que Deus na sua sabedoria gerou!

Caxias - MA, 26 de novembro de 2014.

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FRIEZA MUNDANA

FRIEZA MUNDANA
Elany Morais

Nesse tempo frio, há que vir-me uma manta,
Pois, nessa terra, chega alma tão mesquinha.
Meu medo nesse desamparo se agiganta
Como um bobo condenado pela sua rainha!

Não sei qual será meu destino nesse desenvolvimento
Com mentiras, traições e jogos terríveis,
Parece-me não haver mais nenhum bom sentimento
Como se todos se tronassem insensíveis !


Queria eu ver formas humanas gloriosas,
Com vidas cândidas e atitudes grandiosas,
Sem se embrutecer por qualquer ardente solo

Tornando-se uma figura de alma estranha
Que não se enternece nem mesmo com colo
Ou mesmo as belezas verdes das montanhas!


Caxias -MA, 26 de novembro de 2014.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ABANDONO



ABANDONO
Elany Morais

Em cada abandono, vem o abatimento,
A dor chega á galope, deixando a mente fatigada.
A vida se esvai, sobre o fio da espada
Com o corpo amortecido, totalmente desatento!

Em cada abandono, vem o sofrimento
E sobre os pés, uma penosa estrada.
Os olhos nunca veem uma rua iluminada
Nem a esperança de chegar o almejado acalento!

Em cada abandono, a vida fica escura,
Sem promessa de sonhos ou mesmo de cura,
Restando apenas semblantes tristes e cansados,

Incapazes de sentir a beleza dos prados
Porque o desfalecimento é apenas o que invade
Sem encontrar mãos que estendam a caridade!

Caxias - MA, 24 de novembro de 2014.



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ESPERANÇA AGONIZANTE

ESPERANÇA AGONIZANTE
Elany Morais

No meu peito agoniza a esperança
Por não encontrar mais um caminho
Ou nada que valha a lembrança
Porque o passado foi só de espinho!

Queria ela, no mundo, encontrar um ninho
Pois na medida que o tempo avança,
Falta coragem, força e confiança
Ou braços que lhe deem carinho!

Assim, morrer é uma atitude sensata
Porque nada mais aqui a arrebata,
Conduzindo-a para a escuridão

Agonizar, no peito, é uma tristeza,
Mas viver, na esperança, presa
Ainda é o caminho para a salvação.


Caxias - MA, 24 de novembro de 2014.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

METADE DE MIM

METADE DE MIM
Elany Morais

Nos meus sonhos, vivo a procurar-te
Como se tu fizeste parte de minha pele.
Se fundir teu corpo no meu é sabor de mel 
Como ei de não querer abraçar-te ?

Em sonhos, vivo a procurar-te por toda parte
Pois sem ti, a vida só tem gosto amargo de fel.
Sem tua pele, meu existir só pode ser cruel
Porque sem teu amor não há nada que me baste!

Mesmo distante sinto, em mim, a tua alma
E é isso que ainda me vem uma plena calma.
Não cai em mim que tu não mais me amas

Porque meu coração  isso nunca sente.
 Vivo fundida em ti como preso em correntes
Por esse amor que jamais se apaga as chamas.

Caxias- MA, 19  de novembro de 2014.


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terça-feira, 18 de novembro de 2014

O AMOR

O AMOR
Elany Morais

O amor é a raiz da vida.
É alimento do coração,
Mas sempre causa ferida
Se revestido de paixão!
 
Feliz se é quando amamos, 
E logo se esquece do que passou
Fazemos do outro nosso pedaço
Como se algo sempre faltou.
Caxias - MA, 18 de novembro de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

DESENCANTO

DESENCANTO
Elany Morais

Se essa vida um dia já foi encantadora
É porque nela o amor muito me encantou
Mas hoje o desencanto aqui já me laçou 
E o descanso é tudo que quero agora!

O que salta os olhos são apenas intolerância,
O sexo tornou-se banal  e muito insignificante,
Meu coração não vê mais nada de gratificante
Ou qualquer promessa de ventos de bonança!

Não vejo mais razão para o meu pouco falar
Pois não sinto pureza nesse mundo a me tocar
Afim de que faça meu peito ficar acalmado

E meu desejo de viver ainda permanecer
Para que minha alma em virtude possa crescer
E me comprazer de ver o amor no mundo espalhado!

Caxias - MA, 18 de novembro de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais 

NESTE POEMA

 
NESTE POEMA

Elany Morais

 Se para ti não é problema
Quero cantar este poema.
Sinta-o, por favor
Ele fala de vida e de amor.
É assim o meu poema.
Cante-o comigo com louvor!

Neste poema há esperança
De um eterno bem-querer
Que nunca se perde nem se cansa
De amar para viver!

Caxias- MA, 18 de novembro de 2014.
 
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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

SOMBRAS

  
SOMBRAS
Elany Morais

Vejo chegar as sombras vagamente
Que viola o sono da madrugada,
Deixando minhas veias aceleradas
Sem que nada me deixe mais contente
Só apenas as sombras  tão estridentes
A deixar minha vida tão nebulada!

Pois se vais deixar-me desgastada
Como nunca se viu antigamente
Uma alma tão fria e amortecida
Num vão escuro, sem luz amortecida.
Essa é uma insana e crua verdade
Que me deixa sem sono, num torpor
Sem ao menos da vida sentir o sabor
De qualquer alegria ou novidade!

Caxias - MA, 17 de novembro de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ELA

ELA
Elany Morais

Quando você acha que seus olhos já se fartaram de tudo, a vida pode provar o contrário. Esta era a sensação que se apoderava de mim: desinteresse pelo o igual de todo dia.

Mas foi numa dessas mesmices diárias, que a novi...dade assomou, avivando todos os meus sentidos. Apenas de relance, vi que ela chegava no meu terreno quase inabitado. Era uma moça, mas para muitos seria uma senhora, talvez bela. Eu via nela um ar de certa simplicidade, uma juventude no andar. Tinha uma graça ingênua, parecia cheia de vivacidade e inocência. Mas ela era perfeitamente capaz de suscitar aquela volúpia ardente. Seus olhos eram tímidos e discretos, talvez receasse revelar seus desejos mais secretos. Quantos segredos guardam os olhos de uma mulher!....

Caxias - MA, 13 de novembro de 2014.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

SOLIDÃO

SOLIDÃO
Elany Morais

Gosto das pessoas. Elas me encantam, enriquecem-me... Mas amo solidão. Nela, eu fico grande, minhas asas crescem, meus pés ficam leves, minhas mãos gozam o descontrole. Tudo em mim rufa. Meu corpo se permite o despudor. Não há tempo marcado. Todos os relógios são quebrados. Não existe limite para meus ouvidos, para minhas palavras, para meus desejos ou para minhas vontades. Sozinha, posso ser tudo, posso rei ou rainha, a vontade que impera é somente a ...minha.
Na solidão, digo sim, digo não, canto alto, canto baixo, confesso verdades que são só do meu coração. Qualquer música me convida para dançar. Minha cabeça faz papel de pés, estes piruetam no ar, rodo por todo lado, sem medo de qualquer voz, pois na solidão, não há nada para me julgar.


Caxias - MA, 12 de novembro de 2014.

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INSEGURANÇA

INSEGURANÇA
Elany Morais

Quem pode passear no escuro
E não correr a barulho ouvi-lo?
Ninguém pode mais sentir o ar puro
Ou desbravar qualquer beco tranquilo.

Voltarás nu, isto eu te asseguro,
Pois malfeitores irá  persegui-lo,
Tu terás que pular altos muros
Sem ouvir o cantar de um grilo.

Não se pode mais sentar em calçada,
Nem ser protegido pela braveza do cão
Já não  há segurança em nada

Muito menos a certeza do pão
Não se sente mais a madrugada
Sem o medo de tal assombração!

Caxias - MA, 12 d novembro de 2014.


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terça-feira, 11 de novembro de 2014

MEMÓRIAS
Elany Morais

Lembranças difíceis de serem dissolvidas. Não sei se primavera ou verão, as águas da chuva sulcavam as veredas estreitas, de tal forma que se tornavam impraticáveis pelos pés sovinas. Isso era um inconveniente, mas apenas para aqueles que já tinham suas almas maculadas pelas manchas do mundo. Quantas vezes, recordando aqueles dias de chuvas, deixo-me, com o peito apoiado na janela - esta já não é mais de palha de babaçu - mergulhar nos córregos que ainda habitam em mim.
Nunca encontrei coisa alguma, naquela época, para eu censurar. A não ser a maneira bárbara com que os adultos recebiam as nuvens carregadas de pingos de chuvas. As vontades das pessoas eram despóticas( Isso eu não compreendia). Todos queriam se apoderar dos produtos da Natureza, sem serem retrucados por ela. Eu gostava de sombra e águas correntes, enquanto eu fazia festa com esse espetáculo natural, via os que já tinham saido, de seu campo de inocência, tentar se desfazer daquilo que tanto me aprazia.
Por um lindo dia de outono, eu andava por essas mesmas veredas impraticáveis, de mãos postas sobre a cabeça, enquanto escutava o cantar de um pássaro, eu fazia associação da música com o amarelo das folhas. Ali, eu fiz minha primeira interpretação poética. Eu já era sensível ao belo.


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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

OS MOVIMENTOS DA VIDA

OS MOVIMENTOS DA VIDA
Elany Morais

A vida semeia espinhos sobre nossos pés para que desistamos no meio do caminho. Nunca veremos desaparecerem as contradições que ela nos impõe. Não há nenhum indício de que ela nos mostrará um caráter diferente. Nossa liberdade será sempre limitada. Além disso, haverá, em nosso meio , almas que nunca as compreenderemos.

A vida é como uma máquina que espalha vários movimentos que parte de um único motor. Entender esses movimentos, eis o nosso grande desafio. Chegamos aqui com um orgulho excessivo, adquirimos ideias sombrias, tornamos -nos intensamente irritados contra os outros e implacáveis conosco.

Nessa vida, nunca se fica com os olhos fixos em si mesmo. Quem não se ocupa de violentar a si próprio e aos outros? De ocultar suas fraquezas e julgar as alheias? De censurar ações e emoções diferentes das suas?

É aqui, nessa vida, que nos lançamos nos piores perigos do medo. Nunca podemos permanecer na nossa originalidade. Somos uma massa passiva diante dos mistérios da vida. Todos querem sair de suas humilhações e pequenez, porém, a cada passo, submergem mais ainda.

Por que a vida não nos permite uma delicadeza sem desinteresse?

Caxias - MA, 10 de novembro de 2014.

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domingo, 9 de novembro de 2014

DIA ESCURO

DIA ESCURO
Elany Morais

O dia, com sombras escuras e abafado
Torna sempre uma face da vida mais feia,
E se dela fugir  ou mesmo salteia  
É como se nunca do sono tivesse levantado!
De nada vale com ele ficar irado
Ou procurar evadir-se em qualquer área
Como se estivesse em plena verde várzea,
Pois ele sobre nós ficará sempre pousado!

Esse dia escuro é terrível, mas aceito
Mas não por ser condenada à avareza
Porque ele de mim é muito afeito.

Como não aceitar tal evento da Natureza?
Resta-me apenas consolar meu peito
Que nesses dias fica repleto de tristeza!

Caxias - MA, 09 de novembro de 2014.


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sábado, 8 de novembro de 2014

DIVISÃO DO PAÍS

 
DIVISÃO DO PAÍS

Elany Morais

Em decorrência do contexto político atual, muitos passaram a falar novamente em divisão do país. Mas já somos tão divididos! Somos divididos  em  correntes científicas, filosóficas, religiosas,  em classes sociais, raças, culturas...Precisamos nos dividirmos mais ainda? Para que falar tanto em amor e união se o que guarda no peito é o preconceito e o desejo de separação?

Praticar o ato de exclusão é privar o outro do bem comum, é supervalorizar suas escolhas e menosprezar as que são diferentes das suas, é não reconhecer o semelhante como seres humanos passíveis de amor e dor.

Somos um todo. E como o todo é formado por partes, então, todo sem partes não é todo.  Nossas partes são os outros. Vale apena desperdiçar as partes desse todo? Será que a vida não vale uma história em conjunto, em união? Para mim chega, chega de tanta separação.

Caxias - MA, 08 de novembro de 2014.
 
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FAZ O QUE QUISER
Elany Morais

O que quiser fazer faz.
Não fica dizendo faz o que não faz
Nem  se ponha a dizer que faz
Aquilo que não te traz paz!

Caxias - MA, 08 de novembro de 2014.
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MAIS UM DIA
Elany Morais

Mais um dia daqueles que te olha de esguelha. Os olhos fixos no alto do céu, mas não veem nada além do que um  um espaço vazio. Já não há mais aquela história de pássaros livres a voar e revoar, confundindo-se com o branco das nuvens ou o azul do céu. 

Quando a visão capenga se atreve a olhar o chão dos pés, a avareza os prende num mundo cinzento quente e vil, percebendo que não existe mais nenhum vestígio daquela que florescia cores, perfumes e mel. Nesse momento, sente-se o ferrão que entra na pele sem nenhuma consideração ou piedade.

É mais um dia daqueles que a chuva não é promessa de salvação ou abundância de alimentos futuros. Os pingos que caem trazem sua ponta afiada causando dor e desolação. É mais um tempo que se espera o socorro que pode vir de dentro de si ou de fora, mas como se pode ter paciência aqui agora?

Caxias - MA, 08 de novembro de 2014.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

BOLSA FAMÍLIA

BOLSA FAMÍLIA
Elany Morais

É inegável que o programa Bolsa Família tornou-se um referencial da política social do governo . Contudo, para muitos é apenas uma prática assistencialista, ou uma esmola, como se dizem por aí. Ao meu ver, o Bolsa família é um programa de investimento nas crianças e jovens pertencentes a famílias pobres, é a viabilização de condições de esses jovens permanecerem na escola, pois, no passado, a maioria deles tinham que abandonar a escola para ajudar os pais no sustento familiar. Dessa forma, era quase impossível concluírem, até mesmo, o ensino fundamental.
O que todos devem saber é que esse programa é uma transferência de renda condicionada. Ou seja, para que essas famílias recebam essa renda, elas precisam manter os filhos matriculados nas escolas públicas. Então, convém dizer que se os jovens de hoje estudarem, certamente, não precisarão de bolsa no futuro. Pois afirmo com veemência que só é possível reduzir a pobreza e a desigualdade social, se houver condições de estudos para os menos favorecidos financeiramente. Creio que resultados positivos haverá, mas um resultado que só será obtido num período de longo prazo.
É de conhecimentos de todos que, para os pobres, o custo de permanência na escola é mais alto. Então, é por isso que essa renda é transferida só enquanto as crianças ou os jovens estiverem na escola. Portanto, a partir do momento em que o jovem deixa de estudar, a família não receberá mais o benefício.
Enfim, para quem tem muito, o Bolsa Família pode não ser nada, mas muitas crianças precisam dela para poderem ir à escola alimentadas.

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terça-feira, 4 de novembro de 2014

AZUL DO CÉU

AZUL DO CÉUElany Morais

Se um grito vier até nós
Com seus mais variados tons,
Não ignore o desespero dessa voz
Que  pede socorro em  sons!

Se um anjo de túnica branca
Descer, às pressas, dos céus azuis
Com gesto santo e face branda
Tudo iluminará com sua luz!

A vida não é uma joia de mil brilhantes
Nem possui uma varinha de condão,
Mas ainda existe espírito radiante
Como a viver  em nuvens de algodão.

O que nos sobra é o azul do céu
E toda a natureza ao nosso arredor,
Onde a reproduzimos  no papel
Sempre a fazer um produto menor.

Caxias -MA, 04 de novembro de 2014.


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ACHEGA-TE

ACHEGA-TE
Elany Morais

Achega-te!
Diz-me ao ouvido
Que teu pulsar ainda é meu!
Rende-te a mim!
Sorve o mel que verte de meus lábios hirtos.
Ah! Minha inocência escorre
Por entre os dedos!
Salva-me com teu amor. Leio-te nos gestos tímidos.
Espalma tuas mãos nos meus ombros largos.
Não fuja na ponta dos pés.
Abraça-me com nosso amor que é dois.

Caxias -MA, 04 de novembro de 2014.
 
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domingo, 2 de novembro de 2014

PALAVRARIA ESCRITA

PÁGINA PALAVRARIA ESCRITA

Queridos amigos e amigas, com imensa alegria comunico que nasceu a minha página Palavraria Escrita. Nessa página, serão publicados os mais vários gêneros textuais de minha autoria, como poema, crônica, conto, opinião... É um espaço democrático, onde todos podem opinar e fazer festas com palavrarias escritas. É uma casa de show, mas de palavras... Agradeço às amigas e amigos que já fazem parte de minha página. Aproveito para convidar aos demais amigos para interagir conosco lá, pois certamente, serão bem recebidos.
Elany Morais

MANSO LAGO

 
MANSO LAGOElany Morais

De olhos fixos no manso lago,
Não sei quem por fim o tece,
Sem pensar que lá anoitece
Fiquei quieta com o olhar vago!

Imaginei um grande mago
Que do mundo nunca esquece
Quando a luz enfim desfalece,
Eu sentia o seu imenso afago!

Embevecida via raios dourados
Que refletia em ramos brocados
Com todo seu grande esplendor!

Chegando as tardes silenciosas,
A pensar nas noites voluptuosas
Em que eu deliraria só de amor.

Caxias - MA, 02 de novembro de 2014.

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CHUVA DE ESTAÇÃO

CHUVA DE ESTAÇÃO
Elany Morais

Sou  chuva santa
Que esfria sua cabeça,
Que molha sua garganta,
Mesmo que não mereça!

Sou chuva boa
Que rega seu coração
Que banha qualquer pessoa,
Sobre esse sagrado chão.

Sou chuva de estação
Que os livra da prisão,
Mas não cobra por isso nada,
Mesmo desejando ser tão louvada.

Caxias - MA, 02 de outubro de 2014.


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sábado, 1 de novembro de 2014

VISÃO

VISÃO
Elany Morais

Enganei-me, estava apenas sonhando
Que estava em uma terra abençoada,
Onde eu não via olhos chorando
E a verdade era imensamente amada!

Não havia, nas pessoas, silenciosas mágoas,
As almas eram transparentes, livres e nuas,
Todos cantavam serenata á luz mansa da lua
Com os pés descansado sobre as doces águas.

Crianças como pássaros alegres cantavam
E eu embevecida e encantada com tudo ria,
Feliz em vê as faces de todos que ali dançavam
Com grande liberdade e infinita alegria!

Pena que tudo era de um sonho uma aventura!
Mas por não saber disso, minha face era celeste
Eu via todos numa brancura de finas vestes
Onde o cenário resplandecia em plena alvura!

Caxias -MA, 01 de novembro de 2014.


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