Sou educadora e escritora

sábado, 26 de março de 2016

QUANDO EU FOR

QUANDO EU FOR
Por Elany Morais 

O que de mim há de ficar,
quando minha pele empalidecer?
Quem porá os olhos nos meus,
como sempre vi acontecer?
Quem segurará a minha mão,
quando eu me enrijecer?
Partirei, mas ninguém
me verá a porta  bater!
Não sei se vai doer, mas a
imperfeição há de perecer!
O que de mim há de ficar, quando
a minha voz  desaparecer?
Eu vou, mas não sei se vai doer!

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quarta-feira, 16 de março de 2016

CORAGEM

CORAGEM
Por Elany Morais
 

Além de mim, pode haver mais alguém, em qualquer esquina, a precisar de minha  rebeldia. Por isso, hei de trocar " o medo pelo cedo". A coragem de gritar, de agir não pode vir tarde. Urge que eu me ampare! Quem não precisa de proteção! Quem não quer ser? Ter coragem é ser. Vencer-se pelo medo é uma fatalidade, é desperdiçar a vida. É uma infâmia sentir apenas o cheiro da vida e não viver. Viver é mergulhar sempre no desconhecido e, para isso, é preciso ter coragem.

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sábado, 12 de março de 2016

O CONTRADITAR

O CONTRADITAR
Por Elany Morais

Agora, pouco me importa quem vem me contraditar. Se vem a mim com mão valente é porque falta-lhe razão. Renego as sutilezas da discórdia. Estou a desligar-me de ideias parvas e parcas. Já não me resta mais tempo para semear sementes em solos inférteis. Estou a reduzir qualquer espaço de confrontos. Antecipar o fim existencial é dá força para discórdias. Contraditar poder ser revolucionar. Mas não estou a revolucionar-me com pensamentos servis. Não me tragam ideais de servidão!

Pouco me importa quem vem questionar minha rebeldia. Agora sei me aceitar com simpatia. Não mais engulo compromisso alheio. Deixo as malas a quem pertence. Agora o que está em causa é a qualidade de mim e, não os princípios que armaram para mim. Prostro-me pelo absoluto que sou, advindo de minhas novas crenças. Nunca tive propensão a modelar minha vida de acordo com princípios interesseiros. Por isso, estou a extraviar tudo o que propõe tiranizar meus hábitos.

Jamais me furtarei do dever de ser humano: violar princípios - os tiranizadores. Há coisas difíceis de serem percebidas, não por serem incompreensíveis, mas por não serem pensadas, questionadas... Há que se apaixonar por si para não se apegar nem se desgastar no contraditar . É preciso amar-se pela única razão de ser, seja como ou o que for. Encerro o ciclo de ser embrutecida comigo mesma.


Caxias- MA, 12 de março de 2016.

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quarta-feira, 9 de março de 2016

PORQUE ESCREVO

PORQUE ESCREVO
Por Elany Morais

Quando os sentimentos me anoitecem,
eu escrevo.
Escrevo para a morte não me beijar.
Não quero beijo gelado!
Não sou da zona escura!
Não deixo que a dor me segure!
Qualquer coisa que vem pelo vento,
eu sinto.
 Quando escrevo, não minto,
apenas pinto.

Caxias- MA, 09 de março de 2016.

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