Sou educadora e escritora

sexta-feira, 29 de abril de 2016

O QUE DÓI SAMBA NO PEITO



O que me cabe sem aperto? A vida esmaga-me com força descomunal. Meus olhos não esticam coisa alguma, nem mesmo o por do sol. Isso é incontornável. O que dói samba no meu peito e nada me empurra para o mar. Fui presa pelas ciladas da vida. Talvez meu hoje não seja tão sujo, mas minha visão não se dilata. Recusa tem sido meu feitio e rejeitar a magia da vida é não caber em parte alguma.

Já quis tanto precisar da vida. Deve ser bonito querer viver forte. Mas há em mim algo de covarde, a fazer-me pouco para tudo. Mas de qualquer forma, às cegas, vou sendo, mesmo que incompleta e insuspeita

Elany Morais


Todos os direitos reservados a Elany Morais

quarta-feira, 27 de abril de 2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

LUTA VENCIDA



A vida vai doendo aos poucos. A cada momento, os reveses podem sequestrar nosso ânimo. Mas com ou sem estilo, reerguemo-nos em recusa ao nada absoluto, apesar de que, nessa batalha pela existência, seremos todos vencidos. E dessa forma, a vida segue assim. Mas não é por isso que não reinaremos aqui por mais ou por menos.

Nesse remar, até ao último rastro, a vida segue desejada. Porém, tudo se findará, no cessar dos passos, no arfar sutil, no sono sem volta...  E, nós sem termos contribuído em nada para o nada, este se abaterá sobre nós.
Aos poucos, a vida continua doendo. Ouvir o som do abrir da janela parece banal, mas não mais ouvir será o grande mal. Virá para todos o dia da indiferença total. O silêncio será doído e sentindo para quem aqui ficar, a espera do bonde que somente atrasa, mas sempre chega ao seu destino final.

Ah, esse fim que há de chegar, mas eu nunca hei de esperar.

Elany Morais

Todos os direitos reservados a Elany Morais

domingo, 17 de abril de 2016

A MALDADE NO MUNDO



O que de mais há na humanidade - MALDADE!
 Nos lábios de quem me abraça - a hipocrisia disfarça!
Quem me jura amor eterno - a amizade falta!

Há, onde existe tanta maldade  - VAIDADE!
Quem zela por minha honra - desonra-me!
E em quem mente não há quem se ponha: VERGONHA!

Ah! Não há quem a ti não exponha!
Porque a maldade a si se exalta
E nesse tipo de gente somente falta
Amor, verdade, bondade e vergonha!

 Hoje, amizade de sócio é negócio!
E o que nos leva a perdição? - Ambição!
Restando em meio a tanta amargura - LOUCURA!

Aqui, viver assim muito me custa,
Nada a mim vem de graça
Nem sentar mais posso na praça
Sem que eu receba um crítica injusta!

Elany Morais
Todos os direitos reservados a Elany Morais

sexta-feira, 8 de abril de 2016

O ABSURDO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA NÃO TEM LIMITES


O ABSURDO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA NÃO TEM LIMITES

Por Elany Morais

O sistema educacional brasileiro possui feridas, sem promessas ou esperança de cura. Isso porque os métodos de ensino, os discursos pedagógicos e as propostas governamentais não têm trazidos resultados positivos.
Professores desmotivados e impotentes agonizam. Alunos desinteressados e abandonados pela família marginalizam-se.  Esta desconhece ou exime-se-se de seu papel. Os governos, em intenção e ação, não priorizam à Educação.  Então, como pode uma nação se desenvolver do ponto de vista social se desprezam a educação?
O cenário educacional brasileiro é tenebroso e justificável. Na verdade, é o terreno fértil do maquiavelismo político. É nesse solo que se planta a ignorância e se multiplica o vazio.

Há de nos cansarmos de ação demagógica, de conversas enganosas, de discursos mentirosos da maioria dos políticos, quando dizem que o professor(a) será valorizados(as), que teremos condições dignas de trabalho, etc.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

sexta-feira, 1 de abril de 2016

QUANDO HOUVER UM TEMPO

QUANDO HOUVER UM TEMPO
Por Elany Morais

Haverá um tempo em que se valerá a pena viver?
Chegará um tempo diferente desse inferno que se vive?
Quando vi o raio de sol, prometeram-me amor eterno!
Por isso, amparei-me  nesta promessa de que o amor
 nunca morreria!
Então, fiz-me gingante e poderosa!
Acreditei que nos caminhos não haveria cárcere nem resgate,
Que as canções me avizinhavam,
Que o vinho jamais me embriagaria,
Mas meus olhos viram que sonhos se partem,
Que esperanças se despedaçam,

E que a vida a si própria se aniquila.

Todos os direitos reservados a Elany Morais