É
TEMPO DE MUDANÇA
Por
Elany Morais
Tudo
que pesa, estou jogando no lixo. Eu não sabia que um dia poderia ser assim.
Nuca substitui os desgostos por goles de bebidas. Mas os carreguei na manga. As
lembranças já me afogaram. As ilusões já foram minhas esperanças. Já fui refinamento da carência. Agora, jamais
terei o que não quero. Sempre fiz parte da maioria silenciosa. Mas chega o
momento de jogar os cacos para o ar. Nem mais um semblante amargo. Há alguma
forma de existência sem máscara? Nada de vexação passada. As sombras serão
desfeitas. O que pesa afunda. Desafogar qualquer aborrecimento é lei máxima.
Minha cabeça não é tribunal. Quem sabe já não foi?
Mudança
é necessário. É preciso abandonar pesos mortos e enxergar novas matizes da
vida. Quem disse que não podemos ser o que gostaríamos que fôssemos? Podemos,
sim, desfazermo-nos de nossas confusões íntimas e nos reorganizarmos
interiormente.
Mutação
é vida, é confrontar-se consigo mesmo e com as aparências do mundo. E como não
dizer que há desavenças nas mudanças? Agora estou como Érico Veríssimo,
construindo moinhos no vento. Minha crença na imutabilidade foi-se. A vontade
de permanência na estaticidade findou-se. Mudar é caro, mas pode ser lucrativo.
Não mais me obrigo a carregar malas desnecessárias. É inadequado viver sob
fardos. E por que não dizer que a inadequação nos impulsiona para mudanças? lugar
para É sábio ceder o novo. A mudança pode restaurar tudo aquilo que o passado
não pode consertar. Por isso, agora me penso mudando.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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