Sou educadora e escritora

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O CANTO


Por Elany Morais
O canto das muitas águas
que me chegou,
O vento dos altos que me tocou
Trouxe, pelas mãos, meu furor
Terno, manso, justo, embevecido.
Uma vida, nada mais, a contar
Com os verdes, com os prados,
Com o óbvio invisível.
Esse canto embriagado lança-me
no silêncio, no acorde, no céu,
e no sonho do impossível!
Eu, agora, aconchegada, nas mãos
Quentes do meu destino,
Presa, enraizada, sem dádiva,
Num futuro pequenino.
Sim, como se fosse uma folha
Sob rajada do vento, inclino-me
Aos pés de quem me brotou
Cativa, submissa a um sonho
Que cessou!!

Todos os direitos reservados a Elany Morais

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