SOMOS UNS ASSUSTADOS
Elany Morais
Nenhum debate é necessário quando se trata de amar, como também, ninguém
deveria atrever-se a criar regras para o amor. Ao contrário, as mãos devem
estar entrelaçadas. Para que perder nosso referencial de vida? Não foi para o
amor que fomos concebidos e projetados? Por que não alardearmos a força motriz
da nossa existência? Por que não aplaudi-la? Cortar os nós e as algemas que a
prendem?
Os criativos para a morte criam normas para amar. Isso deve ser medo de
viver. Por incrível que pareça, há quem tema viver. Como existem medos
absurdos, esse é um deles. Parece que a maioria das pessoas estão contra si. É
violência aqui, é violência ali... Talvez para muitos, é difícil, para o amor,
dizer sim.
Se o amor prendesse nossos corpos,
não andaríamos pelas ruas, na incerteza da saída e da chegada. Os caminhos
seriam livres a se percorrer. Mas não, as pessoas enjaulam o peito, e o amor
voa para outras paragens, em busca de pouso firme e seguro. Por isso, vivemos
gastando tempo sendo uns assustados. Há tanto desperdício de vida! Energia é
desprendida na limitação do amor. Eu me horrorizo! Mas se me calo, na maioria
das vezes, não é por falta do que dizer.
Caxias- MA, 21 de julho de 2015.
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