Sou educadora e escritora

domingo, 12 de julho de 2015

EDUCAÇÃO BRASILEIRA


EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Elany Morais

Não se pode negar que a qualidade do ensino jamais estará dissociada dos direitos dos educadores, portanto, cabe a todos nós, que exercemos o magistério, defendermos nossa ocupação, nossa dignidade, reivindicarmos melhores condições de trabalho, além de salários compatíveis com a responsabilidade social do educador.

Ouve-se constantemente o seguinte coro: " a educação no Brasil vai de mal a pior." Infelizmente isso é verídico, e até agora nunca se viu um movimento no sentido de mudar os rumos dessa realidade. Fatos comprováveis disso são: o professor ganha mal e, para ter um salário melhor, ministra aulas em várias escolas ao mesmo tempo, a trabalhar nos turnos diurno e noturno. Na maioria das vezes, a administração escolar estar sempre a corresponder a interesses dos governantes, a deixar, em segundo plano, as necessidades dos docentes e discentes. Os investimentos públicos na educação são insuficientes para atender, com qualidade, as necessidades educacionais.  Não existem sistemas eficientes de aperfeiçoamento, capacitação e educação continuada para professores, dessa forma, é possível afirmar que o sistema educacional brasileiro não é capaz de preparar os jovens, pelo menos, para a compreensão de textos simples e elaboração de cálculos aritméticos de operações básicas....

Associado a isso tudo tem o descomprometimento da família com a educação escolar dos filhos. Vê-se que maioria dos pais não participam da vida escolar dos seus filhos, delegando toda responsabilidade à escola, sendo que o não podem simplesmente terceirizar para as escolas essa incumbência. Infelizmente, muitos cuidadores ou genitores não compreendem que a educação dos filhos se baseia no aprendizado dos exemplos dados por eles. 

Diante dessa situação, só resta a quem tem o desejo de ver mudanças positivas na sociedade, movimentar-se, reivindicar, realizar o que lhe cabe, cumprir seus deveres e exigir seus direitos, e nunca  deitar de braços cruzados, a acomodar-se no eterno faz-de-conta.

Caxias –MA, 12 de julho de 2015;      

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