Sou educadora e escritora

quarta-feira, 4 de junho de 2014

LÁGRIMAS

 
LÁGRIMAS

Elany Morais

Desamparada, eu chorava pelos cantos,
 Sem consolo, sem amor e gestos desabridos,
 De mim os cuidados foram desprendidos,
E no mar do infortúnio, eu vivia em prantos.

Às vezes, serena  eu ficava como os santos,
Como se possuíssem ombros aquecidos,
Meus pesares constantes eram consumidos
E eu ficava a cantar ternamente pelos cantos.

A esperança me visitava de olhos enxutos,
Eu me sentia salva de uma  feroz rajada,
Mantinha-me com pensamentos resolutos,

Mas em certos momentos, eu era renegada,
Que privada do amor e do cuidado dos adultos,
Sentia no corpo e na alma o ardor  da água salgada.

Caxias -MA, 04 de junho de 2014.

Todos o direitos reservados a Elany Morais



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