ARQUITETO
Elany Morais
Sem amor, sem beijo, sem teto,
Sem abrigo, sem colo, sem amigo,
Visto como frágil e fácil objeto,
Sem cuidado como o joio no trigo!
Quem foi esse indiferente arquiteto
Que me lançou ainda viva no jazigo?
Sou carente de amor e analfabeto,
A vaguear pelas ruas como mendigo!
Não me deram ouro nem pano,
Nem o som mais surdo de uma lira,
Não sei se sou louco ou santo...
Só vejo aqui um abismo profundo,
E o resto tudo mais é mentira
Que povoa esse cruel mundo!
Caxias - MA, 29 de dezembro de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
Nenhum comentário:
Postar um comentário