DESCONFIGURAÇÃO
Elany Morais
Em dias de chuvas, fico desorganizada. Encho-me de toda covardia possível. A coragem me acena de tão longe que quase não a vejo. A...ssim, ponho a me juntar devagarinho. Tento recompor-me daquilo que me falta. É tarefa difícil. Doidamente, perco-me nesse dias. Meu ritmo nesses momentos é eternamente vacilante. Minha tessitura torna-se vulnerável. A fraqueza invade a camada mais profunda do meu ser. É apenas isto que sobra de mim: o grito da covardia.
Elany Morais
Em dias de chuvas, fico desorganizada. Encho-me de toda covardia possível. A coragem me acena de tão longe que quase não a vejo. A...ssim, ponho a me juntar devagarinho. Tento recompor-me daquilo que me falta. É tarefa difícil. Doidamente, perco-me nesse dias. Meu ritmo nesses momentos é eternamente vacilante. Minha tessitura torna-se vulnerável. A fraqueza invade a camada mais profunda do meu ser. É apenas isto que sobra de mim: o grito da covardia.
Com a chuva, vem minha temível sentença: escolher entre continuar tentando achar-me ou alimentar-me do veneno que brota dos meus pensamentos. Parece até do fim do mundo. Mas é apenas o meu desintegrar. Isso pode até ser supérfluo, entretanto, se minha morte súbita for, então o é. Tarefa fácil é me desconfigurar nos dias chuvosos.
Caxias - MA, 12 de agosto de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
Caxias - MA, 12 de agosto de 2014.
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