Elany Morais
O extremismo é
sempre um grande perigo. Saudável é transitar pelo caminho do meio. Percorrer o
centro é a receita para se viver bem ou melhor. Terroristas e jornalistas
franceses perderam-se nessa guerra bestial. Atacar um jornal e matar seus
produtores é o extremo do ódio e da vingança, como também é extremismo ferir,
depreciar, inferiorizar, discriminar preceitos, crenças, ou valores culturais
alheios.
Não se pode olhar
para qualquer direção com visão única. Pois não existe número exato para o erro
e para o acerto, para o certo e para o errado, se assim fosse, poderia se dizer
que haveria perfeição na humanidade. Tudo em nós é dois, se não houver três ou
mais. Para não roubar o peso da balança é preciso ter sensibilidade, senso de
justiça e imparcialidade. Assim, temos que acionar os dois olhos, que devem ter
a mesma função: olhar a mentira e a verdade.
Nessa história
trágica, não existem moças e vilões, ovelhas e lobos maus. Existem seres
humanos, com seus ódios, orgulhos e suas insensibilidades diante daquilo que
para eles é a verdade. Essa ocorrência de puro fel, sobressaiu-se a
aprendizagem desvirtuada de ambas as partes.
Nada justifica o
extermínio de nossos desafetos. A preservação da vida deve ser o valor maior em
qualquer sociedade. Porém, não se deve também exterminar nenhuma pessoa em
vida. Por isso, digo: se temos dois olhos em cada lateral, certamente, é para
olhamos nas direções dos dois lados, não para justificar um fato em detrimento
de outro, mas para a visão ser completa, para não incorrer no erro de julgar de
forma tendenciosa, parcial, partidária, ou seja, de forma extremista. Bom mesmo
é viver no meio, extremidade é ponto morto, é peso pesado, nesse lugar, podemos
pender até o chão.
Todos os direitos reservados a Elany Morais.
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