Sou educadora e escritora

domingo, 22 de fevereiro de 2015

MEDO PERSISTENTE

MEDO PERSISTENTE
Elany Morais

Cada espasmo que espuma é o medo que mora
No eu, e atrofia a possibilidade que nasce,
Alimentando tudo que funda e apavora
Quem dera se o medo na face não se estampasse!

Se pudesse e viesse sobre o espírito agora
A coragem com máscaras altiva na face,
Talvez essa alma covarde que chora,
Do medo cativo, enfim, se curasse!

Prende-me e desdenha, mas um dia eu consigo
Fazer do medo meu companheiros amigo
E, não mais uma dor presente cancerosa!

Pode ser que na alma de todos ele exista,
Mas talvez perpetuar-se não persista
Como uma chaga aberta e dolorosa!

Caxias - MA, 22 de fevereiro de 2015.

Todos os direitos reservados a Elany Morais


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