O DOER
Elany Morais
Meu doer, vesti-o de
bordado,
Fi-lo silenciar-se
numa cela
Tornando-o quase
imaculado
De mãos pálidas,
posta à vela.
Meu espírito sempre
fica prostrado,
De face baixa, a
contar os grãos de areia,
O pensar se excede
totalmente lotado
Como a querer o
encanto da sereia!
O dormir do dia é
sempre um agouro,
O silêncio se ergue
em mim com fervor,
A fazer tremer meu
espírito todo.
O doer para minha
alma parece ser ouro
Vive alimentar-se de
tristeza e dor,
Sobrando apenas o
poço com seu lodo!
Caxias - MA, 21 de
fevereiro de 2015.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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