Hoje deito na relva,sem o peso do sapato.Meu olhar verde se alargou,sem limite,sem direção autorizada.Minhas unhas não mais me ferem.Não grito mais de frio.Eu sei cuidar do meu eu.
Contemplo as mãos,dos algozes,aflitas na minha distância planejada.Minhas garras me sustentam no alto.Levanto voo na hora certa.Flutuo sobre o vento e sobre a água.Sobrevivo na montanha invisível.Não quero sinais.Ninguém enovelam meu destino.Eu corto as asas nos dentes.O mundo corre comigo.Não sou mais bola parada.A estrada não é mais triste.A noite não é vadia.Não espero a morte.Eu molho as cores.Sujo as mãos de tintas sem temor.As flores nascerão em mim.O tempo não me cutuca.Estou em PAZ.
Elany Morais
Desde a infância, somos condicionados por várias influências e,desse condicionamento, dessas influências muitas vezes limitadas ficamos estreitos devido à mente condicionada, amarrada a crenças, dogmas e teorias. Mas "não almejo galopar em nuvens sombrias" nem quero continuar acreditando em certas ideias porque percebo que não "amo o estreito" e a "seta da culpa já não mais me flecha". "ARREVANCHE" traduz mudanças nos sentimentos, na percepção de si e no comportamento porque as repetições enraizadas no inconsciente se tornaram consciente e por isso o "olhar verde se alargou, ,sem limite, sem direção autorizada", sinalizando o momento de romper com essa mente fortemente amarrada em crenças mentirosas geradoras de infelicidade. O fato é que necessitamos compreender que para enfrentar a vida com seu movimento contínuo é preciso ter uma mente livre, flexível e não amarrada a um sistema de crenças equivocadas que impedem que a pessoa descubra que pode cuidar de si e, não mais permanecendo como"bola parada."
Néa Tauil
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