APRENDIZAGEM DA ALEGRIA
Elany Morais
Nem sempre haverá outros verões, portanto, é preferível esquecer os
momentos irrelevantes. Mas como esquecê-los, se eles se fazem tão importantes?
Nas fatias de vida, existem flagrantes felizes, porém, logo são jogados no limbo
do esquecimento, enquanto que a ponta de um pequeno infortúnio ganha forma
gigantesca, desestruturando a casa de nossa alma.
Se por mais tempo, a felicidade se estabelecesse na intimidade do nosso
coração, a tristeza seria fogo morto, perdido no deserto, sem nenhuma esperança
de qualquer salvação. É preciso reter,
sobre si, jardins férteis, porque lançar mão do que somente nos faz bem é
deixar para trás todos os nós que nos fazem refém.
É obsceno alimentar-se de lamentações pelos grãos de areia que o vento
jogou para trás. Por que jogar gelo sobre o incêndio da alegria? Por que se
valer de truques para sabotar a felicidade? Deve-se viver como se pode,
portanto, é perfeitamente possível aprender a se desvencilhar da lama que polui
nossos pensamentos e, consequentemente, nossos pensamentos.
A vida é um processo de aprendizagem. Precisa-se aprender tudo, menos a
chorar, se já nascemos chorando, dessa forma, chorar é condição nata do
indivíduo. Então, por que usar de subterfúgios para forçar o embaçamento da luz
dos nossos olhos, com lágrimas pesada de sal? Agarremo-nos aos momentos
gloriosos, de felicidades, de alegria, de satisfação e de reconhecimento de si
mesmo, assim, aprende-se e acostuma-se a ser feliz.
Caxias - MA, 03 de abril de 2015.
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