RETIRANTES
Elany Morais
É noite. O sol, como
fogo sem lenha, morre,
Os dedos trêmulos,
logo, cuidam da novena,
A lágrima, em fé
cega, na face pálida, escorre,
Num cenário árido
como o solo seco de arena.
Nem em sonho, vê-se
lagos de águas prateadas.
Nos olhos, há desfile
de perfil, esquálido e esguio
Como ossos secos
abandonados nas estradas,
Sem promessa de
descanso à beira de um rio.
Cabelos tímidos,
presos com escuro lacinho,
Implora, para as
almas que ali vão passando,
Proteção, como
pássaro clama pelo ninho,
Na ausência da mãe,
quando o deixa piando.
Caxias -MA, 26 de abril de 2015.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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