SOL DO MEIO-DIA
Elany Morais
É sol do meio-dia, meu corpo fica transparente,
A visão turva, parece meio embaçada,
Os pés querem águas da nascente
Para esfriar a pele que já quase quente
Por causa dessa terra vulcanizada!
O desejo de uma existência sossegada
Parece escapar pelas frestas da veneziana ,
Onde o tempo corre, indiferente e estourado,
Deixando entre abertos os lábios ainda pintados
E uma pele fina e frágil como porcelana!
Quem sabe, por fim, pode chegar o
aconchego,
Sem que me alcance qualquer intriga,
Que eu pise no último degrau da escada,
Sem pensar numa multidão aglomerada
E que a sorte seja a única que me siga!
Caxias - MA, 11 de abril de 2015.
Todos os direitos reservados Elany Morais
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