CANSAÇO
Elany Morais
Estou inerte, estou
passível, estou cansada
Como, do sino, as
últimas notas pungidas.
Eis-me aqui com
minhas dores indefinidas
Que assolam essa alma
aflita e fadigada!
Agora o que me resta?
O crepúsculo gelado
Que me acompanhará
por toda esta vida?
Já não tenho mais
vigor para vozes gemidas
Nem remédio para este
coração dilacerado.
Prostro-me com a
cabeça grávida de fadiga!
A morte ronda-me como
uma eterna amiga
E o desânimo, todo o
meu ser, ele governa.
Horas de dores,
finalmente, vem o delírio.
A alma cansada não
resiste mais martírio,
A ansiar o fim da
agonia que parece eterna!!
Caxias - MA, 19 de
abril de 2015.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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