MISTÉRIOS
Elany Morais
Quantos mistérios há
entre a morte e a vida!
Aplaudimos o riso, em
rumo certo à sepultura,
Acolhemos o incerto
que levará a cova escura
Que deixará, por fim,
a carne inerte e apodrecida.
Da morte, não restará
sequer uma margarida,
Muito menos lembrança
de qualquer ventura,
Não subsistirá nenhum
suspiro de criatura
Porque viver é uma
luta desleal e indefinida!
Do que vale guardar
carmim ou qualquer seda
Ou mesmo esconder do
próximo uma vereda,
Pois o destino em nós
uma peça sempre prega.
Chegará a hora de dar
adeus a todo risinho
Pois a morte finda, sem decreto, todo sonho,
Quem escapará, se a
morte nunca foi cega?
Caxias - MA, 25 de
abril de 2015.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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