TEMPO
Elany Morais
Quem engenha o tempo
e a eternidade?
Rasga-nos como se
fôssemos velhos vestidos,
Não importando nem
mesmo nosso desejo!
Vivente posso ser
hoje, mas amanhã eu morro
Sem sequer me
alcançar algum ensejo.
Quem para o futuro
espera um lar secreto
Sem que haja uma dor
que ao peito comprime,
Ou um torrão de paz e
de silêncio absoluto?
Vivente posse ser
hoje, mas amanhã eu morro
E nunca mais a tua
voz em meu ouvido escuto.
Tudo se expira nesta
força, isso eu reconheço,
Agora a beleza se
esvai de minha pálida face,
A selar o tempo como
meu eterno inimigo.
Vivente posse ser
hoje, mas amanhã eu morro,
Mas todas as minhas
dores partirão comigo.
Caxias - MA, 27 de
abril de 2015.
Todos os direitos reservados a Elany Morais
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