Sou educadora e escritora

segunda-feira, 27 de abril de 2015

TEMPO

TEMPO
Elany Morais


Quem engenha o tempo e a eternidade?
Rasga-nos como se fôssemos velhos vestidos,
Não importando nem mesmo nosso desejo!
Vivente posso ser hoje, mas amanhã eu morro
Sem sequer me alcançar algum ensejo.

Quem para o futuro espera um lar secreto
Sem que haja uma dor que ao peito comprime,
Ou um torrão de paz e de silêncio absoluto?
Vivente posse ser hoje, mas amanhã eu morro
E nunca mais a tua voz em meu ouvido escuto.

Tudo se expira nesta força, isso eu reconheço,
Agora a beleza se esvai de minha pálida face,
A selar o tempo como meu eterno inimigo.
Vivente posse ser hoje, mas amanhã eu morro,
Mas todas as minhas dores partirão comigo.


Caxias - MA, 27 de abril de 2015.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

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