Sou educadora e escritora

sábado, 22 de fevereiro de 2014

AMOR EM FLOR

Era noite, sobre a mesa, uma vela agonizava.  A janela aberta deixava entrar o cheiro de mato molhado. Com os olhos perdidos na escuridão, ela via, na planície de sua memória, desfilar todo seu passado.

As risadas nas tardes de sol, as confidências íntimas trocadas, apertos de ombros, abraços despretensiosos, olhos curiosos, o balançar de saias pelo ousado vento de maio, tudo era felicidade. Dora fazia de suas lembranças um pincel, com tintas coloridas para pintar os seus melhores tempos passados.

Suponho que o leitor não irá se constranger com minha nostálgica personagem. Mas essa mulher guardava uma verdade que só era dela. Sempre tivera medo de pensar em tal experiência  vivida.

Leitor curioso, paciência é uma virtude. Ponha suas pernas sobre a cadeira e espere pela tempo de Dora, aos poucos, ela compartilhará sua verdade inquietante.

Elany Morais

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