Sou educadora e escritora

sábado, 8 de fevereiro de 2014

VÁCUO

VÁCUO

Um lampião, uma paciência, amarei-os na minha saudade sem nome e sem objeto sentido. Atei as duas pontas da linha do meu infinito que jogava em minha face o gosto amargo do fel. Saldei o silêncio da lua com lábios mudos, olhos perd...idos e mãos postas para o largo sem margem e sem rumo certo. Cantai com voz rouca o hino da solidão, sem luto, sem alegria, sem prazer, sem lenço e sem me maldizer. Varri para a sombra do pensamento minhas dores, meus delírios, meus vícios e meus desamores. Joguei fora todas as esperas, as esperanças, o risos frouxos, as palavras bobas e os olhares displicentes que sempre pega a gente. Juntei as folhas secas, os troncos mortos, o desperdiçados e tudo que foi jogado no lamaçal do passado.

Elany Morais

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