Sou educadora e escritora

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

AUSÊNCIA

Hoje, sem muito alento, toco suavemente no silêncio. E como anjo caído  precisando de abrigo, vago na escuridão dos corredores vazios, sem visão perfeita, vejo, nos  meus passos, todos os meus defeitos. E com um riso pisado, abafo qualquer tentativa de despertar desse mal que teima em me assomar.
Apenas uma pergunta gira em minha cabeça: onde estão os que a mim amaram de verdade? No ruir desse mundo, todos se dispersaram, deixando-me esse silêncio profundo. Será que tive apenas visões? Minha alma diz que meus amores foram ilusão, agora encontro-me submersa, nesse turbilhão de emoções.
 
Meus olhos, em colapso, só veem faces lívidas, indiferentes para a dor que, em meu peito, insistentemente, faz-se presente. E o que me resta agora? Acreditar que eu consigo fechar os olhos, e a na ilusão, os que me amam voltem a viver comigo.
 
Elany Morais
 
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