Sempre de olhos inclinados para o chão, nas tentativas de me reerguer a cada queda, a cada torpeço. Aos poucos, fui perdendo o interesse pelas coisas. Tudo parece-me desimportante. Nunca foi possível adaptar-me ao um mundo que não é meu. Meus sonhos foram vencidos. Minhas repulsas perderam nomes. Minhas forças sofrem hiatos. Estou cortando laços que me prendem pela ilusão.
É repugnante sentir-me vencida. Sinto-me indigna de credo. Nem sei se já fui vibrante. Estou resignada. Minha calma denuncia despedida. Envelheci. Agora só exijo de mim isto: partida. Minha missão não foi cumprida. Não me permitiram amar acima de qualquer coisa. Não compreendi o sentido da vida. Não encontrei o riso frouxo. Não molhei os pés na água límpida. Não contei as estrelas. Não fiz animais de nuvens. Nada eu fiz.
É repugnante sentir-me vencida. Sinto-me indigna de credo. Nem sei se já fui vibrante. Estou resignada. Minha calma denuncia despedida. Envelheci. Agora só exijo de mim isto: partida. Minha missão não foi cumprida. Não me permitiram amar acima de qualquer coisa. Não compreendi o sentido da vida. Não encontrei o riso frouxo. Não molhei os pés na água límpida. Não contei as estrelas. Não fiz animais de nuvens. Nada eu fiz.
Elany Morais
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ResponderExcluirBoa noite eminente poetisa Elany Morais, esta sensação de inutilidade que nos invade com tamanha frequência. é propícia destas nossa natureza dual, na qual hora somos o topo dos valores, e hora não passamos dos vermes que nos degustam após a morte física, mas o importante são as melhorias que construímos em nosso ser nestes intervalos onde estamos na média entre ser ou não ser, porque na dúvida fazemos sempre a opção da melhoria espiritual, parabéns pelo seu eloquente poema, um grande abraço deste seu fã de sempre, MJ
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