Sou educadora e escritora

segunda-feira, 21 de abril de 2014

TOCA-ME

TOCA-ME
Elany Morais

Encostam-me, mãos suaves, tocam-me sem
Muita pressa. Junta a mim as folhas
Secas para abafar as degeneradas lembranças
Que na minha alma não têm cerca.

Toca-me, doce voz, aplaca-me sem rapidez,
Apieda-se da prisão desse ser que vaga no
Deserto em busca do amor, com tamanha avidez!

Venha a mim, corpo nu, aquece a minha pele fria,
Os sentimentos já estão velhos, nesse cântaro
Abandonado, pela face  já sombria.

Pousa aqui, beijo seu, dê me uma doce melodia,
Meus caminhos estão vazios, nesse misterioso
Vagar, paz eu busco no amor para essa vida vadia.

Aperta-me, abraço ávido, toca-me com emoção,
Minhas canções estão vazias, nesse existir aflito
Que me conduz para a tirana solidão.

Caxias - MA, 21 de abril de 2014.

 Todos os direitos reservados a Elany Morais

Um comentário:

  1. Boa tarde Eminente poetisa Elany Morais, os solavancos da vidas, vão nos deixando vazios, e debilitados, restando-nos como consolo a compaixão do Divino, que por vezes é muito fria e distante,nos deixando com a firme impressão de abandono, por quem imaginamos nunca nos abandonaria, um forte abraço MJ.

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