Sou educadora e escritora

quarta-feira, 16 de julho de 2014

ENTREVISTA COM ELANY MORAIS AO JORNAL DE CAXIAS

ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNAL "DIÁRIO DE CAXIAS
 
ENTREVISTA COM ELANY MORAIS
Por Gilvaldo Quinzeiro

Para além das curvas, uma mulher de letras, de palavras e atitude. Estou falando de Elany Morais, poeta, blogueira e educadora. Elany Morais é a nossa entrevistada de hoje do “Diário de ...Caxias”. Ao longo da nossa conversa, falamos de diversos assuntos: poesia, religião e a alma feminina. O que será que Elany pensa a respeito destes e outros assuntos? Leia a entrevista.

Gilvaldo Quinzeiro – Nós vamos iniciar a nossa conversa falando de um assunto muito profundo e complexo, a alma feminina. Sendo você mulher e poeta, que “ser” transcende em sua poesia?
Elany Morais: Levando em conta o aspecto psicológico, a alma humana é o ser que transcende em minha produção poética.

Gilvaldo Quinzeiro – Como é ser mulher e poeta “na terra dos homens poetas”?
Elany Morais: Sinceramente, nunca senti ou percebi algo diferenciado nesse sentido, pois não vejo a poesia como um elemento pertencente a um único gênero humano, apesar de saber que historicamente, a produção poética masculina sempre foi mais valorizada, como exemplo, temos Francisca Júlia, que foi fiel representante do Parnasianismo no Brasil, ilustrando o respeito à forma e à impassibilidade exigido pelo movimento, contudo o destaque foi dado somente para a tríade parnasiana: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

Gilvaldo Quinzeiro – A sua poesia fala de quê?

Elany Morais: Minha produção poética fala principalmente da condição humana. Condição essa que envolve a efemeridade da vida e o conflito existencial. Apesar de a maioria de meus poemas, contos, memórias e crônicas serem profundamente psicológicos, tratando de questões internas, da alma humana, também abordo questões sociais, erotismo, sexualidade etc.

Gilvaldo Quinzeiro – Nesta sociedade de coisas tão voláteis e descartáveis para que serve a poesia?

Elany Morais A poesia é o grito de socorro. Ainda é um meio de denúncia daquilo que não satisfaz as nossas expectativas, desejos... Além disso, ela é uma forma de brincar de ser feliz, de se libertar, de desenvolver, de despertar as emoções mais genuinamente humana que há em nós.

Gilvaldo Quinzeiro - Você teve algum poema musicado? Fale desta experiência. Quem musicou seus poemas?

Elany Morais Sim. Meus poemas ALMA VAGANTE e CÓDIGO DE ACESSO foram musicados pelo poeta, cantor e pintor português, residente na Suécia- João Leitão. Já o poema DESERTO ATRAVESSADO foi musicado por Milton Luna, cantor paulista. Além de musicados, já tive poemas que foram declamados pelo poeta Fábio Kerouac e João Leitão. Quanto à experiência, posso dizer que é muito gratificante, é bom saber que não sou uma voz solitária no deserto.

Gilvaldo Quinzeiro – Você também é blogueira. Qual o seu blog? O que você costuma postar nele?

Elany Morais: Sim. Meu blog: http://educadoraelanymorais.blogspot.com/, ele possui apenas um(01) ano, já está com 109.795 ( CENTO E NOVE MIL E SETECENTOS E NOVENTA E CINCO)visualizações. Costumo postar minhas produções, seja poética ou não. Nele, encontra-se textos dos mais vários temas.

Gilvaldo Quinzeiro – Você tem algum trabalho já publicado? Quais?

Elany Morais: Ainda não. Esse ano recebi propostas de duas editoras, mas perdi o prazo de entrega do material.

Gilvaldo Quinzeiro – Mudando um pouco de assunto. Qual a sua opinião sobre a união homoafetiva? Você também tem escrito sobre este assunto?

Elany Morais: Sou totalmente a favor. Pois a homossexualidade é uma condição humana, não uma escolha, dessa forma, jamais serei contrária àquilo que é inerente ao ser humano, apenas respeito e aceito. Muitos confundem sexualidade com gênero, enamora-se de pessoas e não de gêneros. É correto afirmar que não são os órgãos genitais que determinam a sexualidade do indivíduo, mas sim o psiquismo. Já produzi textos científicos e poéticos sobre essa temática, os interessados podem acessar meu blog.

Gilvaldo Quinzeiro - Você tem escrito algo relacionado à união homoafetiva e a religião? Há uma “nova religião”, a inclusiva, qual a sua opinião sobre?

Elany Morais: Ainda não escrevi. Na minha concepção, religião é corda. Nenhuma me convence de seus benefícios. Tudo aquilo é contra a natureza humana, não sou a favor. Quando falo de natureza, refiro-me à sexualidade, aos defeitos, às qualidades, à fraqueza, à coragem, ao medo, à tristeza, à raiva... Durante muitos e muitos anos, fui religiosa, conheci várias doutrinas e todas elas tinham como propósito repudiar, renegar, ignorar, matar o que é inerente a nós, coisa que é impossível.

Gilvaldo Quinzeiro – Você também é uma educadora. O Maranhão tem os piores índices educacionais. A quem você atribui os problemas na nossa educação?

Elany Morais: Há um conjunto de fatores que contribui para a situação da educação maranhense. Dentre esses fatores pode-se citar: descaso do poder público, a inércia e a desestrutura familiar, a falta de compromisso de muitos professores, a desvalorização dos docentes...

Gilvaldo Quinzeiro – Depois de toda esta nossa conversa, fique a vontade para deixar as considerações finais.

MORTALIDADE
Elany Morais

Tudo o que há deixará de ser um dia.
Levanto e sinto a dor que o corpo traz,
A vida quer de mim uma ecografia,...
Mas tudo para mim agora tanto faz!!

Não receberei a morte de riso largo
Nem a vejo como algo que tem que ser,
Ela me espera como um manso lago
E não há mais nada que eu possa fazer!

Quando a morte minha alma levar,
Ficarão minhas fotos e documentos,
Se houvesse como a todos a visar
Eu não perderia esse tal momento.
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