ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNAL "DIÁRIO DE CAXIAS
ENTREVISTA COM ELANY MORAIS
Por Gilvaldo Quinzeiro
Para além das curvas, uma mulher de letras, de palavras e atitude. Estou falando de Elany Morais, poeta, blogueira e educadora. Elany Morais é a nossa entrevistada de hoje do “Diário de ...Caxias”. Ao longo da nossa conversa, falamos de diversos assuntos: poesia, religião e a alma feminina. O que será que Elany pensa a respeito destes e outros assuntos? Leia a entrevista.
Gilvaldo Quinzeiro – Nós vamos iniciar a nossa conversa falando de um assunto muito profundo e complexo, a alma feminina. Sendo você mulher e poeta, que “ser” transcende em sua poesia?
Elany Morais: Levando em conta o aspecto psicológico, a alma humana é o ser que transcende em minha produção poética.
Gilvaldo Quinzeiro – Como é ser mulher e poeta “na terra dos homens poetas”?
Elany Morais: Sinceramente, nunca senti ou percebi algo diferenciado nesse sentido, pois não vejo a poesia como um elemento pertencente a um único gênero humano, apesar de saber que historicamente, a produção poética masculina sempre foi mais valorizada, como exemplo, temos Francisca Júlia, que foi fiel representante do Parnasianismo no Brasil, ilustrando o respeito à forma e à impassibilidade exigido pelo movimento, contudo o destaque foi dado somente para a tríade parnasiana: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
Gilvaldo Quinzeiro – A sua poesia fala de quê?
Elany Morais: Minha produção poética fala principalmente da condição humana. Condição essa que envolve a efemeridade da vida e o conflito existencial. Apesar de a maioria de meus poemas, contos, memórias e crônicas serem profundamente psicológicos, tratando de questões internas, da alma humana, também abordo questões sociais, erotismo, sexualidade etc.
Gilvaldo Quinzeiro – Nesta sociedade de coisas tão voláteis e descartáveis para que serve a poesia?
Elany Morais A poesia é o grito de socorro. Ainda é um meio de denúncia daquilo que não satisfaz as nossas expectativas, desejos... Além disso, ela é uma forma de brincar de ser feliz, de se libertar, de desenvolver, de despertar as emoções mais genuinamente humana que há em nós.
Gilvaldo Quinzeiro - Você teve algum poema musicado? Fale desta experiência. Quem musicou seus poemas?
Elany Morais Sim. Meus poemas ALMA VAGANTE e CÓDIGO DE ACESSO foram musicados pelo poeta, cantor e pintor português, residente na Suécia- João Leitão. Já o poema DESERTO ATRAVESSADO foi musicado por Milton Luna, cantor paulista. Além de musicados, já tive poemas que foram declamados pelo poeta Fábio Kerouac e João Leitão. Quanto à experiência, posso dizer que é muito gratificante, é bom saber que não sou uma voz solitária no deserto.
Gilvaldo Quinzeiro – Você também é blogueira. Qual o seu blog? O que você costuma postar nele?
Elany Morais: Sim. Meu blog: http://educadoraelanymorais.blogspot.com/, ele possui apenas um(01) ano, já está com 109.795 ( CENTO E NOVE MIL E SETECENTOS E NOVENTA E CINCO)visualizações. Costumo postar minhas produções, seja poética ou não. Nele, encontra-se textos dos mais vários temas.
Gilvaldo Quinzeiro – Você tem algum trabalho já publicado? Quais?
Elany Morais: Ainda não. Esse ano recebi propostas de duas editoras, mas perdi o prazo de entrega do material.
Gilvaldo Quinzeiro – Mudando um pouco de assunto. Qual a sua opinião sobre a união homoafetiva? Você também tem escrito sobre este assunto?
Elany Morais: Sou totalmente a favor. Pois a homossexualidade é uma condição humana, não uma escolha, dessa forma, jamais serei contrária àquilo que é inerente ao ser humano, apenas respeito e aceito. Muitos confundem sexualidade com gênero, enamora-se de pessoas e não de gêneros. É correto afirmar que não são os órgãos genitais que determinam a sexualidade do indivíduo, mas sim o psiquismo. Já produzi textos científicos e poéticos sobre essa temática, os interessados podem acessar meu blog.
Gilvaldo Quinzeiro - Você tem escrito algo relacionado à união homoafetiva e a religião? Há uma “nova religião”, a inclusiva, qual a sua opinião sobre?
Elany Morais: Ainda não escrevi. Na minha concepção, religião é corda. Nenhuma me convence de seus benefícios. Tudo aquilo é contra a natureza humana, não sou a favor. Quando falo de natureza, refiro-me à sexualidade, aos defeitos, às qualidades, à fraqueza, à coragem, ao medo, à tristeza, à raiva... Durante muitos e muitos anos, fui religiosa, conheci várias doutrinas e todas elas tinham como propósito repudiar, renegar, ignorar, matar o que é inerente a nós, coisa que é impossível.
Gilvaldo Quinzeiro – Você também é uma educadora. O Maranhão tem os piores índices educacionais. A quem você atribui os problemas na nossa educação?
Elany Morais: Há um conjunto de fatores que contribui para a situação da educação maranhense. Dentre esses fatores pode-se citar: descaso do poder público, a inércia e a desestrutura familiar, a falta de compromisso de muitos professores, a desvalorização dos docentes...
Gilvaldo Quinzeiro – Depois de toda esta nossa conversa, fique a vontade para deixar as considerações finais.
MORTALIDADE
Elany Morais
Tudo o que há deixará de ser um dia.
Levanto e sinto a dor que o corpo traz,
A vida quer de mim uma ecografia,...
Mas tudo para mim agora tanto faz!!
Não receberei a morte de riso largo
Nem a vejo como algo que tem que ser,
Ela me espera como um manso lago
E não há mais nada que eu possa fazer!
Quando a morte minha alma levar,
Ficarão minhas fotos e documentos,
Se houvesse como a todos a visar
Eu não perderia esse tal momento. Ver mais
Por Gilvaldo Quinzeiro
Para além das curvas, uma mulher de letras, de palavras e atitude. Estou falando de Elany Morais, poeta, blogueira e educadora. Elany Morais é a nossa entrevistada de hoje do “Diário de ...Caxias”. Ao longo da nossa conversa, falamos de diversos assuntos: poesia, religião e a alma feminina. O que será que Elany pensa a respeito destes e outros assuntos? Leia a entrevista.
Gilvaldo Quinzeiro – Nós vamos iniciar a nossa conversa falando de um assunto muito profundo e complexo, a alma feminina. Sendo você mulher e poeta, que “ser” transcende em sua poesia?
Elany Morais: Levando em conta o aspecto psicológico, a alma humana é o ser que transcende em minha produção poética.
Gilvaldo Quinzeiro – Como é ser mulher e poeta “na terra dos homens poetas”?
Elany Morais: Sinceramente, nunca senti ou percebi algo diferenciado nesse sentido, pois não vejo a poesia como um elemento pertencente a um único gênero humano, apesar de saber que historicamente, a produção poética masculina sempre foi mais valorizada, como exemplo, temos Francisca Júlia, que foi fiel representante do Parnasianismo no Brasil, ilustrando o respeito à forma e à impassibilidade exigido pelo movimento, contudo o destaque foi dado somente para a tríade parnasiana: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.
Gilvaldo Quinzeiro – A sua poesia fala de quê?
Elany Morais: Minha produção poética fala principalmente da condição humana. Condição essa que envolve a efemeridade da vida e o conflito existencial. Apesar de a maioria de meus poemas, contos, memórias e crônicas serem profundamente psicológicos, tratando de questões internas, da alma humana, também abordo questões sociais, erotismo, sexualidade etc.
Gilvaldo Quinzeiro – Nesta sociedade de coisas tão voláteis e descartáveis para que serve a poesia?
Elany Morais A poesia é o grito de socorro. Ainda é um meio de denúncia daquilo que não satisfaz as nossas expectativas, desejos... Além disso, ela é uma forma de brincar de ser feliz, de se libertar, de desenvolver, de despertar as emoções mais genuinamente humana que há em nós.
Gilvaldo Quinzeiro - Você teve algum poema musicado? Fale desta experiência. Quem musicou seus poemas?
Elany Morais Sim. Meus poemas ALMA VAGANTE e CÓDIGO DE ACESSO foram musicados pelo poeta, cantor e pintor português, residente na Suécia- João Leitão. Já o poema DESERTO ATRAVESSADO foi musicado por Milton Luna, cantor paulista. Além de musicados, já tive poemas que foram declamados pelo poeta Fábio Kerouac e João Leitão. Quanto à experiência, posso dizer que é muito gratificante, é bom saber que não sou uma voz solitária no deserto.
Gilvaldo Quinzeiro – Você também é blogueira. Qual o seu blog? O que você costuma postar nele?
Elany Morais: Sim. Meu blog: http://educadoraelanymorais.blogspot.com/, ele possui apenas um(01) ano, já está com 109.795 ( CENTO E NOVE MIL E SETECENTOS E NOVENTA E CINCO)visualizações. Costumo postar minhas produções, seja poética ou não. Nele, encontra-se textos dos mais vários temas.
Gilvaldo Quinzeiro – Você tem algum trabalho já publicado? Quais?
Elany Morais: Ainda não. Esse ano recebi propostas de duas editoras, mas perdi o prazo de entrega do material.
Gilvaldo Quinzeiro – Mudando um pouco de assunto. Qual a sua opinião sobre a união homoafetiva? Você também tem escrito sobre este assunto?
Elany Morais: Sou totalmente a favor. Pois a homossexualidade é uma condição humana, não uma escolha, dessa forma, jamais serei contrária àquilo que é inerente ao ser humano, apenas respeito e aceito. Muitos confundem sexualidade com gênero, enamora-se de pessoas e não de gêneros. É correto afirmar que não são os órgãos genitais que determinam a sexualidade do indivíduo, mas sim o psiquismo. Já produzi textos científicos e poéticos sobre essa temática, os interessados podem acessar meu blog.
Gilvaldo Quinzeiro - Você tem escrito algo relacionado à união homoafetiva e a religião? Há uma “nova religião”, a inclusiva, qual a sua opinião sobre?
Elany Morais: Ainda não escrevi. Na minha concepção, religião é corda. Nenhuma me convence de seus benefícios. Tudo aquilo é contra a natureza humana, não sou a favor. Quando falo de natureza, refiro-me à sexualidade, aos defeitos, às qualidades, à fraqueza, à coragem, ao medo, à tristeza, à raiva... Durante muitos e muitos anos, fui religiosa, conheci várias doutrinas e todas elas tinham como propósito repudiar, renegar, ignorar, matar o que é inerente a nós, coisa que é impossível.
Gilvaldo Quinzeiro – Você também é uma educadora. O Maranhão tem os piores índices educacionais. A quem você atribui os problemas na nossa educação?
Elany Morais: Há um conjunto de fatores que contribui para a situação da educação maranhense. Dentre esses fatores pode-se citar: descaso do poder público, a inércia e a desestrutura familiar, a falta de compromisso de muitos professores, a desvalorização dos docentes...
Gilvaldo Quinzeiro – Depois de toda esta nossa conversa, fique a vontade para deixar as considerações finais.
MORTALIDADE
Elany Morais
Tudo o que há deixará de ser um dia.
Levanto e sinto a dor que o corpo traz,
A vida quer de mim uma ecografia,...
Mas tudo para mim agora tanto faz!!
Não receberei a morte de riso largo
Nem a vejo como algo que tem que ser,
Ela me espera como um manso lago
E não há mais nada que eu possa fazer!
Quando a morte minha alma levar,
Ficarão minhas fotos e documentos,
Se houvesse como a todos a visar
Eu não perderia esse tal momento. Ver mais
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