Sou educadora e escritora

quarta-feira, 30 de julho de 2014

POLITIZAÇÃO DO MAL

POLITIZAÇÃO DO MAL
Elany Morais

Vivemos na era da politização do mal. Ele evoluiu. Hoje para praticá-lo não precisa de muito "lero, lero", basta receber uma ordem expressa, em nome de uma organização social. Quando um policial mata um band...ido não é cumprindo seu dever? Quando os professores, em movimentos grevistas, são espancados não é para manter a ordem? Ordem repressora, é claro! Os noticiários todos os dias confirmam isso. Lembro-me bem do seguinte caso: em que um vigilante estava rolando no chão, a passar mal, mas o enfermeiro apenas o olhou e se retirou, alegando que não tinha autorização para socorrer a vítima. O homem morreu, não foi socorrido porque as pessoas que poderiam tê-lo ajudado estavam cumprindo seu dever: atender somente os pacientes que tivessem dinheiro para pagar o hospital.

Que o mal vem galopando na sua evolução é fato. E como combater essa prática malévola? Certamente, arrancando sua raiz que está sendo regada a cada instante. Mas onde se encontra essa raiz? Será que nascemos mal? Será que a ordem organizacional da sociedade não propicia a essas atitudes destruidoras dos semelhantes?

Há quem diz que " o mal não provém da malevolência ou do desejo de fazer mal e sim em razão da pessoa sucumbir a falhas de pensamento e julgamento". Que o "mal não é uma categoria ontológica, não é natureza, nem metafísica. É político e histórico: é produzido por homens e se manifesta apenas onde encontra espaço institucional para isso - em razão de uma escolha política."

Assim, só nos resta tentar a perfeiçoar nosso julgamento acerca do bem e do mal.

Caxias - MA, 28 de julho de 2014.
Todos os direitos reservados  a Elany Morais

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