Sou educadora e escritora

sexta-feira, 11 de julho de 2014

IN- RECIPROCIDADE

IN- RECIPROCIDADE
Elany Morais

Teu coração leviano pisoteia minhas crenças, levando-me a muitos enganos. Agora, meu sono magoado não apaga minhas cicatrizes, minando, assim, meu espírito sossegado. Tu te achegas a mim, com linhas sem limites, limpando minhas lembrança que na minha cama tu dormiste.

A treva lançou o véu sobre nós, quando fechaste teus braços para meu corpo em desalento. Minhas esperanças foi a deslizar sorrateiramente para o abismo sem fim. Foi então que a noite cresceu no nosso mundo. Meu olhar não invadiu tuas paredes. Minha luz estar a agonizar.

Quanto desejo meu! Mas não apertaste meu peito contra o teu. Minha vontade desvairada buscou teus gemidos, mas volteou em vão, palavras ,que provinham de tua boca, vinham sempre carregadas de nãos. Foi uma desventura, pois tornaste uma densa neblina, nessa minha vida de amargura.

Meu vigor agoniza. Minha espera em cinzas se torna. Tu não vens, tua indiferença ultrapassa o além. Nenhuma luz mostra teus desejos. Tua frieza desafortunou meu amor. Na solidão noturna, tu fechaste os caminhos que me levariam até a ti. Resta-me, apenas, lavar meus desejos nas águas correntes do rio.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

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