Sou educadora e escritora

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A MORTE DA ESPERANÇA

A MORTE DA ESPERANÇA
Elany Morais

Sucessões de dias, merecidos ao esquecimento. Com eles, vem minha suprema loucura: a esperança em seu aniquilamento. Em lágrimas, acendi a fogueira e pus fogo em minhas crenças. Em que ainda posso crer? No amor? Não! Este embota minha visão, fazendo-me vê as coisas, da forma como elas não são. Por isso, não me cabe mais suavizar nenhuma ilusão, pois vejo que a humanidade estagnou-se na evolução.
...
Parece-me que tudo já foi moldado à impureza e ao desgosto. Fazendo das lágrimas a evasão para a dor. É inútil acreditar que o mundo será salvo pela ilusão do amor, pois a terra encontra-se sobreposta de ódio, indiferença, fracasso e, sobretudo, de amargor.
Atarefo-me. Reúno meus pensamentos sobre o mundo. Meus passos desvanecem-se como o vapor febril do corpo em seu ardor. As veias enchem-se de desesperanças, desfazendo-se dos futuros, das fantasias, das alianças e das esperanças de qualquer bonança.
Com olhos resignados, vejo parques floridos de melancolia. O mundo ganha forma de pesadelo . O vazio se abre sob gritos, gemidos e apelos. O cenário se colore de palavras duvidosas, as almas imorais não conseguem se conter, corpos extenuador deixam de perceber que a vida de outra forma nunca há de ser.
Todos, com sua lacuna, correm, sem visões claras de sua falência, tentando uma cura impossível de sua eterna demência. Proclamam que querem o bem, mas se aconchegam nos braços do mal, fazendo deste algo imprescindível como se fosse uma atitude banal.

Caxias - MA, 20 de setembro de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

 

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