Sou educadora e escritora

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

UM SER À REVELIA




Um amarelo desbotado.O sol entristecido.O dia lento.Vozes sombrias.Meu peito dormente.Mãos frias .Os poros dilatam-se.Gostas geladas brotam.Meu pensamento vaga.Meus olhos fixam-se na pedra fria.Palavras saem vazias. De minhas entranhas mais íntimas rebela-se um gemido.
Um ser assim!! Queria eu um decreto para existir.Por que deram a mim limitação para sorrir?
E ando na fogueira da existência.Meu olhar pede clemência.Num mundo assim,espero toda indiferença.
A força do desespero me abafa.A vil insegurança me assalta.O medo irracional me apalpa.
Quero voar.Quero fugir da ideia da dor.O grito do meu ser rasga-se de impaciência.Minha visão é cinzenta.Minha retina se exausta.
Dê-me licença para eu sentir minha dor? Alegria,dissimuladamente,é mortal.Debruço-me no gosto azedo,que não é mais azedo, é amargo.Preciso de mim.Meu céu está sem cor.Minha flor murchou.

Elany Morais
 
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