Sou educadora e escritora

sábado, 24 de maio de 2014

NOS ABANDONAMOS

NOS ABANDONAMOS
Elany Morais

Onde foi exatamente  que te perdi? Esqueci teus passos nos caminhos cruzados. Retornei, mas não na mesma direção do meu achado que se encontrava dentro de teu frio coração.


Mas foi assim, abandonamo-nos nas vielas dos sonhos a duas. E agora, resta-nos aceitarmos os fatos. Esqueci  teu café, esqueci nossos planos, esqueci tuas rosas, esqueci nosso futuro. Nossos beijos ficaram amargos. Foram muitos enganos e desenganos. Não podemos negar que nossa história irá nos acompanharmos, com os doces dos risos e o sal de nossas lágrimas.

Digo a mim que já há cansaço de varar a madrugada entre os lençóis, contando as horas que se arrastava no peso da lama de meus pensamentos que me acertavam como flecha, com seu veneno para matar minhas alegrias.

Tuas estradas eram sem fim, agora é muito tarde para ainda te amar. Minha voz não te chama mais. Teu olhar não me faz prostrar-me e no meio de muita gente te perdi. Tua chegada era flecha e eu não sabia.

Caxias -MA, 24 de maio de 2014.

Todos os direitos reservados a Elany Morais

Um comentário:

  1. Boa noite Elany Morais, o pior suicida é que que permite que lhe sejam ministrado as doses homeopáticas de "Cicuta" para que morra sentindo todos os desconfortos do processo de falência dos seus órgãos vitais, mesmo assim acontece nas relações afetivas com os sado masoquistas, parabéns pelo contundente enredo poético, um forte abraço, MJ.

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