Sou educadora e escritora

domingo, 18 de maio de 2014

SEM TEMPO

SEM TEMPO
Elany Morais

Não sei se meus verbos possuem tempo certo de conjugação. Traçar uma linha entre a semente e a flor, não sou capaz, nem visionária serei do tempo em que nasce e agoniza o que todos chamam de amor. O meu vinho não te...m tempo, na minha taça não há limite. Todo tempo é tempo de bocas se cruzarem com a minha, sem pressa, sem medo, sem culpa e sem pudor. Meus dedos não envelhecerão, dedilharão e farfalharão as mais finas e secretas vestes, sem preconceito, sem frescura, sem escolher raça, origem, tamanho ou cor.

No meu mundo não há tempo para melodia. Ela brilhará nas noites majestosas, na companhia das lindas donzelas, sem pensar no fim do prazer, da alegria ou chegar o momento de temer a triunfal chegada da indesejada das gente- a impiedosa dor. No meu pulso, não há relógio para contar o tempo de minhas conquistas, ou minha mudança de Julieta para um sublime Romeu conquistador. Só quero um tempo, mas sem medida, um tempo onde todos permaneçam com o mais vivificador sentimento- o tão desejado por todas as gentes- o memorável amor.

Caxias- MA, 18 de maio de 2014.
Todos os direitos reservados a Elany Morais

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