Elany Morais
Fui crescendo, no silêncio da dor. Minha esperança florescia na minha memória, a cada dia. O tempo me devorava, sim, mas com a cautela devida. Minha força seguia a se desfragilizar e eu ensaiava uma nova melodia da vida. Colecionar novas pedras de novo? Jamais.
Vou indo rumo a doce colheita de flores, pronta para tomar posse da parte que me cabe nessa existência. Aos poucos, fui sacudindo a lama que impedia minha ascensão, pacientemente, eu acendi a luz que havia se perdido na escuridão.
Quero assistir à última festa, de alma serena, pois minha alma está em crescimento e nenhuma amargura será mais a minha algema. Estou a plantar paz, sem as mudanças eu entender, mas estou a espera de chuva para fazê-la nascer.
Como raiz da terra regada por água corrente, seguirei nascendo e crescendo, à despeito das dores que brotam na gente.
Caxias - MA, 28 de março de 2014.
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