Não me apresse. Decidirei por onde partir! Se eu seguir pelos vales, lá encontrarei flores das mais variadas espécies. Lá serei rainha das cores, amiga de mim e ouvinte de cantos solenes. Seguindo os monte, avistarei as mais frondosas esperanças, com forças incansáveis. Lá me sentirei um ser com todas as potencias em ação. Se decido o caminho das águas, serei uma pescadora de olhos cativos, em êxtase crescente, serei presa das sereias viventes.
Solte-me, deixa-me: sei partir sozinha, posso acertar na solidão, sei errar comigo mesma. Se eu decidir ficar aqui, caso-me com meu eu, cruzo linhas vadias, pinto de branco o branco da casa, planto o que jamais nascerá, farei um pingo no ar e saltarei na imensidão do nada.
Posso escolher desfolhar as pétalas tristes, beber a última gota do néctar, dá cambalhotas na ilusão do saber, verificar meu ego bobo, dá sinal de alerta para meu coração distraído, posso cuidar das vidas pequenas, fazer o grande se dividir, acessar a senha das impossibilidades e dormir o sono ativo!!
Elany Morais
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