ANÁLISE LITÉRÁRIA DO TEXTO "IMPOSSIBILIDADES", DE ELANY MORAIS, POR NÉA TAUIL SOB UMA PERSPECTIVA PSICOLÓGICA
IMPOSSIBILIDADESNeste imenso silêncio, impossível me perder no labirinto das horas. Mas o que posso saber eu do tempo? Meu tempo, meu ruído, eu mesma construo. Qualquer coisa ou coisa nenhuma pode me bastar. E se as horas soassem em meus ouvidos? Poderia eu captura-la? Nessa impossibilidade palpável, comporto-me com o pássaro descompromissado com o pouso.
O que é essa vida se não é o circulo da impossibilidade? É impossível eu ser o outro e o outro ser eu. É impossível eu construir o meu todo sem nenhuma parte, caber meu céu e meu paraíso no meu ser sem se digladiarem, tocar na sombra virgem das estrelas...Essas questões me confundem até as profundezas de minha exaustão.
Impossível, impossível...Eu não odiar qualquer tipo de contagem, não dissipar minha poupança de amor. Impossível não morrer pouco a pouco, impossível amar-se em nome de todos os tormentos,sentir iluminação na prisão, detestar fantasia em cauda de cometa...Impossível a terra não gemer e o verde não ser violado.
Elany Morais
ANÁLISE LITERÁRIA DE "IMPOSSIBILIDADES" POR NÉA TAUIL SOB UMA PERSPECTIVA PSICOLÓGICA
A leitura do texto "IMPOSSIBILIDADES", fez-me pensar no processo de autodescoberta, com qual nos deparamos com as impossilidades que a educação ocidental insensata e alienante fez questão de encobrir, afastando-nos da verdade sobre a condição humana que a todo momento nos empurra para a pergunta que não quer calar: "o que é essa vida se não é o círculo da IMPOSSIBILIDADE?" Um bom exemplo é o sentimento de posse, pois é ilusão pensar que se tem controle e poder sobre coisas e pessoas, ignorando a realidade de que nada do que existe fora de nós é nosso. Por definição, as ilusões são fantasias e por isso não representam a realidade da vida. Mas não pensamos nisso, queremos conservar a todo custo as coisas e pessoas, justamente porque não aprendemos desde os primeiros momentos de nossas vidas a desenvolver a aceitação e por isso, "essas questões me confundem". Sim, confundem porque enquanto mantemos a ilusão do controle, nos responsabilizando pelo o que está fora de nosso alcance, não poderemos viver a realidade da vida. Tendemos a usar a ilusão para evitar que a realidade da vida nos cause sofrimento. Mas há vida sem sofrimento? Não há vida sem sofrimento e o modelo de educação a que me referi anteriormente não nos ensina a aceitar a impossibilidade. Pelo contrário, mesmo sendo "impossível eu ser o outro e o outro ser eu", nos fazem acreditar que tudo é uma questão de fazer mais e melhor, que somos responsáveis pelo controle de tudo que está fora de nós, se sofremos é porque fizemos alguma coisa errada e tantos outros. Mas tudo isso só serve para nos manter presos ao irreal, as expectativas, mitos e desejos mesmo conscientes de que é " impossível não morrer pouco a pouco..."morremos na tentativa de evitar a vida devido a falta de preparo mental e emocional para viver um dia de cada vez.
A leitura do texto "IMPOSSIBILIDADES", fez-me pensar no processo de autodescoberta, com qual nos deparamos com as impossilidades que a educação ocidental insensata e alienante fez questão de encobrir, afastando-nos da verdade sobre a condição humana que a todo momento nos empurra para a pergunta que não quer calar: "o que é essa vida se não é o círculo da IMPOSSIBILIDADE?" Um bom exemplo é o sentimento de posse, pois é ilusão pensar que se tem controle e poder sobre coisas e pessoas, ignorando a realidade de que nada do que existe fora de nós é nosso. Por definição, as ilusões são fantasias e por isso não representam a realidade da vida. Mas não pensamos nisso, queremos conservar a todo custo as coisas e pessoas, justamente porque não aprendemos desde os primeiros momentos de nossas vidas a desenvolver a aceitação e por isso, "essas questões me confundem". Sim, confundem porque enquanto mantemos a ilusão do controle, nos responsabilizando pelo o que está fora de nosso alcance, não poderemos viver a realidade da vida. Tendemos a usar a ilusão para evitar que a realidade da vida nos cause sofrimento. Mas há vida sem sofrimento? Não há vida sem sofrimento e o modelo de educação a que me referi anteriormente não nos ensina a aceitar a impossibilidade. Pelo contrário, mesmo sendo "impossível eu ser o outro e o outro ser eu", nos fazem acreditar que tudo é uma questão de fazer mais e melhor, que somos responsáveis pelo controle de tudo que está fora de nós, se sofremos é porque fizemos alguma coisa errada e tantos outros. Mas tudo isso só serve para nos manter presos ao irreal, as expectativas, mitos e desejos mesmo conscientes de que é " impossível não morrer pouco a pouco..."morremos na tentativa de evitar a vida devido a falta de preparo mental e emocional para viver um dia de cada vez.
Néa Tauil
NÉA TAUIL-Especialista em Psicoterapias Dinâmicas pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Especialista em Psicoterapia de Técnicas Integradas (Psicodinâmica, Cognitivo Comportamental e Familiar) pelo Instituto Fernando Pessoa de Porto Alegre e recebeu o Título de Especialista em Psicologia Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia.
É autora do livro de Poesia Pérola Viva e coordenadora das Antologias Poética: Poetismo Brasileiro,
PSICOTERAPIA BENEFICIA AS PESSOAS!http://psicologaneatauil.blogspot.com
Todos os direitos reservados a Elany Morais e Néa Tauil
Um poema de cunho introspecto,
ResponderExcluirRelevando nossas dores abissais,
Onde o encaixo do côncavo e convexo,
Não tem sido nos moldes costumas,
Nossas alma cada vez mais inquietas,
E a busca incessante de alguma paz.
Na analise feita por Néa Tauil,
Fica patente a nossa má formação,
Para lidar com as coisas do coração,
E enfrentar o que antes não se viu,
Este mundo a cada dia mais hostil,
E o homem mais frágil, e demente,
Este ser até parece um dissidente,
Duma espécie que antes já sumiu.
Ola poetisas, o trabalho de vocês, está perfeito,
Parabéns para ambas, um grande abraço deste fã de vocês, MJ.