Sou educadora e escritora

sábado, 7 de dezembro de 2013

VOU INDO



 Eu vou indo, dançando a canção da vida, permitindo-me amar sem pudor e sem culpa. Agora sou senhora de mim, permito-me as pequenas coisas que antes eram grandes, mas não permitidas.
Hoje me permito o banho de chuva, o correr desarrumado, o grito frenético, permito-me ficar na minha companhia, pintar o sol de rosa, parar diante de uma prosa, permito-me cantar sem ao menos saber a letra, subir no telhado, contar os grão de areia... E assim vou indo no caminho da prodigiosa permissão, sem medo do julgamento alheio.
Na valsa da vida, nem todos os passos são permitidos, os compositores vetam a liberdade do vir a ser, mas estou a me permitir fazer a minha própria composição, criar meu próprio ritmo, dançar sem nenhuma amarra, pois permito-me o direito de valsar sozinha, sem limites impostos a minha alma que não deságua nos desejos fora de meu ser.
Vou seguindo, a pular as leis dos infelizes, permitindo-me a respeitar o que brota dentro de mim. Permito minhas contradições, sem me pregar no pau madeira, as minhas suscetibilidades, sem me jogar na cova dos leões. Permito-me ser sem o jogo do parecer, sem querer entender tudo que envolve o viver, vou apenas sendo, a permitir o que me vem a sentir, sem me delinquir.
Hoje faço acordo de permissão com minha loucura, faço o que me faz feliz com muita fissura, sem me esconder em armadura. Permito-me entender que tudo com amor leva-me a cura.
Enfim, permito-me entender assim: que tudo que nasce de minha alma faz parte de mim. E vou indo, a permitir-me a seguir minhas liberdade antes que minha lucidez chegue ao fim.

Elany Morais


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