Sou educadora e escritora

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

SONETO DA DESPEDIDA

Nas noites rumorosas meu silêncio padece!
Como quadros adormecidos fico a esperar!
Dentro de uma moldura meu corpo fenece!
Só resta a esperança do infortúnio passar!

Alguma coisa triste insiste em me dizer:
Que sou mar seco que ninguém conhece,
Sou árvore morta que jamais vai florescer,
Que serei húmus primitivo que hoje padece!

Sozinha meus olhos andam pelos recantos,
Tentando encontrar paz no mar das alturas,
Afogando-me nas dores vindas com pranto.

Na agonia, vejo o anjo na sua linda alvura,
Ergo os braços em gritos pedindo a santo:
Proteção a alma aflita com sua armadura.

Elany Morais

Todos os direitos reservados a Elany Morais




 

Um comentário:

  1. Boa noite Elany Morais, somos um poço de aflições, com pequenos intervalos de euforias, e são estes pequenos devaneios, que nos fazem viáveis, caso contrário sucumbiríamos paulatinamente pelo sufocamento dos nossos desenganos, parabéns pelo seu contundente soneto, um grande abraço deste seu fã de sempre, MJ.

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