Sou educadora e escritora

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O TEMPO E O CRESCIMENTO



 Penso.

Não nasci direito. Os ponteiros do meu tempo foram desajustados. Minha luz chegou entardecida. Sempre foi libélula anoitecendo. Não aprendi esvoaçar.
Meus seios perderam o bonde das sete. Na ansiedade a...margurada, esperei-os. A chuva de rosas vermelhas esqueceram-me. Aguardei- a , temerosamente. No labirinto de meus pensamentos, minha vida estava atrasada. Todos partiam. Meu corpo mirrava sob o solo. O tempo alheio voava como flecha. Minhas funções paralisavam. Minhas pernas eram tímidas. O passar dos segundos, minutos, horas, dias, anos proibia-me de ser criança, porém, meu relógio tinha seu ritmo próprio. Ele não tinha pressa. Incompreendido por mim, tornava-se meu entrave.

Senhora de si, minhas formas infantis físicas enterraram-se, desapareceram ou transfiguraram-se. Todavia, minha mente ficou no estado inicial de nascimento. Agora, cabe a mim esperar o seu tempo de partir, crescer, evoluir, amadurecer, enquanto esse dia não chega, permanecerei sendo criança.

Elany Morais

Todos os direitos reservados a Elany Morais

Um comentário:

  1. Bom dia Elany Morais, cada ser tem o seu ritmo de desenvolvimento físico e mental, e não é prudente querer acelerar ou retardar o relógio de cada um, pois o universo sabe das suas necessidades, e vai produzindo os elementos que lhe sejam oportunos ao seu tempo, e nós por vezes chegamos a pensar que temos o nosso mando, mas é mera ilusão, somos fagulhas tocadas pelo vento, e iremos onde este nos levar, parabéns pelo seu contagiante poema, um grande abraço, MJ.

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