Sou educadora e escritora

domingo, 12 de janeiro de 2014

SONETO DA MALDIÇÃO


Ela andava por entre os roseirais
Como se fosse um tapete ao luar,
Tão branco era o ramo de florais,
Sob rumor do pássaros  a cantar!

Com a face amargurada pela vida,
Não percebia as belezas naturais,
Via as mãos calejadas pela lida!
E afagava os sonhos marginais!

Sentia-se maldita por ter nascido,
Pelas dores que vinha a padecer,
Amores e dádivas havia perdido!

E muitos anos vivia sem prazer.
Diferente, tudo poderia ter sido,
Pela vida que ela deixou de ser!

Elany Morais

Todos os direitos reservados a Elany Morais

Um comentário:

  1. SONETO:

    NUM JARDIM ENTRE ESPECIES.

    Contagiada pelas pétalas das belas flores,
    Ela ensejava-se num jardim entre espécies,
    E se maldizia da má sorte com os amores,
    E o horizonte olhava sempre como norte.

    Tantas angustias perfaziam os seus labores,
    Sentiu prazer mas não foi algo de relevante,
    Nos seus espelhos apareciam-lhe algo a dizer,
    Olhava os céus e seus contornos edificantes.

    Refez o avesso dos desgostos intolerantes,
    E se deu alegre a um pedinte do afeto puro,
    E teve o gozo, que antes fora muito distante.

    Sentiu na carne o que se diz ser alucinante,
    Prostrou-se em vida agradecida ao divinal,
    No amor constante edificou o novo instante.

    Boa noite Elany, seus versos narram uma personagem que se julga carta fora do jogo da felicidade, por ter amargado desde sempre as desventuras desta materialidade, parabéns pelo contundente soneto, um grande abraço deste seu fã de sempre, MJ.

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