Sou educadora e escritora

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

SE ME DEIXARES

Se eu te deixar partir, minha saudade será uma estrada deserta e infinita. Resistirei eu a uma saudade imortal ? Ah! Não!! Meus olhos secariam. Veria meus passos se estreitarem. Não cantaria uma nota só. Meus voos seriam incertos. Tornar-me-ia galho seco no acaso do deserto. Como indesejosa eu seria vista. Eu seria visitada apenas pelos cantos dos pássaros. Ver-me-iam como sombra de descanso. Como árvore estéril, eu ocuparia o campo das inutilidades. Dispersar-me-ia nos solstícios de inverno qual ovelha errante.
Se me deixares, não entoarei mais um canto. Nunca deixarei de ser menina, tu terás que enxugar meu  último pranto. Não tomarei as cartas como faz o jogador afoito, sem o sossego de mim, meu espírito estará morto. Não seria barato ver a lua na solidão, a tua ausência enrugaria certamente meu coração.
 
Se fores embora, como hei de te esquecer? Se me julgas fria, minha alma há de padecer. Meu apego a ti é vasto e muito louco, ergo bandeiras do meu amor por ti que não é pouco. Sem teus afagos, como ficaria a minha vida? Minhas noites frias seriam intermináveis horas sofridas.

Elany Morais

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